Lexa Woods
Acordo sentindo sangue escorrendo em minha testa. Minha cabeça latejava forte, como se uma montanha tivesse desabado em cima da mim. No entanto, não foi uma montanha que desabou e sim inúmeros blocos de concreto, que uma vez, formaram uma construção.
Resmunguei pela dor persistente que eu sentia por todo o meu corpo e fecho os olhos com força ao inalar a poeira do local, na qual parecia atrapalhar minha respiração ofegante.
Foi quando eu me lembrei que não estava sozinha. Meu coração disparou e eu toquei no corpo mole caído sobre o meu. Rapidamente, abri os meus olhos e encarei, com certa dificuldade, a loira, vendo-a apagada em cima de mim.
- Clarke? Acorde - peço, sentindo meu coração acelerar ao ver que Wanheda permanecia de olhos fechados - Clarke! Vamos! Acorde!
Ao perceber que havia pedras em cima das suas costas, eu comecei a arranca-las rapidamente. Elas pesavam kilos, mas não fez diferença nenhuma quando fiquei desesperada demais em pensar no peso. Eu apenas queria tentar livrar a Clarke de todos os destroços.
Consegui me sentar e me apoiar em uma grande pedra caída. Trouxe a mulher para mim, verificando seus batimentos cardíacos com meu ouvido em seu peito, e ao ouvir seu coração bater, um suspiro de alívio foi solto por mim.
Aliviada em vê-la viva, eu abracei seu corpo o mais forte que pude, apoiando minha cabeça em seu pescoço enquanto a sacudia suavemente. Minhas mãos agarradas ao seu corpo a impediam de cair, como se eu estivesse com medo de solta-la e perde-la para sempre. Eu comecei a tremer e meus olhos começaram a lacrimejar.
- Beja... - peço com a voz falha - Ge kom ai "fique comigo"
- Heda!! Heda!! - ouço uma voz gritar ao longe de nós, e pela distância eu não soube de quem se tratava.
- Aqui! - grito, tentando encontrar uma saída, mas tudo parecia ter sido destruído. Estávamos encurraladas - Ai gaf fisa in!
- Está ferida, Heda!? - sua voz soa preocupação, mas eu não respondo, continuando a tentar acordar Clake.
Ouvesse um tumulto perto de nós e eu consegui ouvir o barulho de pedras sendo arrancadas. Foi quando a mulher em meus braços começou a tossir pela poeira que habitava ao nosso redor. Um sorriso surgiu em meus lábios e eu toquei em seu rosto enquanto a Griffin tossia sem parar.
- Ei... Tudo bem, está tudo bem. Eu estou aqui, ai hodnes "meu amor" - sussurro abraçando seu corpo ferido, e os seus olhos azuis brilham ao me ouvir.
- Moba, Lexa - nego rapidamente ao ouvir seus pedidos de desculpas.
- Clarke...
- Me perdoe por ter a matado - se refere a Costia, mas antes de interrompe-la; a Azgeda continua - Eu fiquei com medo de você me esquecer e matei a mulher que você amava, porque lá no fundo... Eu não queria pensar que eu posso ser substituível pela pessoa que eu amo.
- Você nunca falou tanta bobagem como está falando agora - digo discordando em cada palavra que a mulher soltou - Você não é substituível, Clarke, nunca será. Eu precisava de você, apenas de você.
- Você não precisava de mim, Lex - vejo seus olhos pesaram - Sou eu que preciso...
- Então por que você foi embora? - faço a pergunta que mais carrego desde quando Wanheda fugiu para a Nação do Gelo.
A mulher não me respondeu e seus olhos se fecharam. O desaforo voltou e eu chacoalhei seu corpo quando sua cabeça tombou em meu ombro. Por sorte, foi no mesmo segundo que os Gonakru entraram por cima dos destroços.
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DESTRUCTION | Clexa
RomanceDestruição é a palavra que descreveria Clarke Griffin, sendo capaz de matar qualquer um que cruzasse seu caminho em um piscar de olhos. Com seu ego forte e uma raiva descontroladora, Wanheda matou meu amor de uma forma insensível e cruel. Eu queria...