Capítulo 2 - Ajude-me

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(Perdoem os erros)

Apresso meu passo ou vou acabar chegando atrasada no trabalho

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Apresso meu passo ou vou acabar chegando atrasada no trabalho. A semana passou tão rápido que quando pisquei o olho, já era final de semana e esse passou ainda mais rápido, mas dessa vez decidi aproveitar e passear pela cidade. O medo que permeava a minha mente quando cheguei já não é tão presente, sinto que posso caminhar livremente pelas ruas sem ficar preocupada de encontrar o Zack procurando por mim. Já faz quase um ano, a essa altura ele deve ter encontrado outra pobre mulher para torturar.

Balanço a cabeça deixando esse pensamento sombrio para trás, abro um pequeno sorriso ao pensar em rever aqueles pequenos pré-adolescentes rebeldes, James principalmente, ele tem mostrado melhora depois da nossa conversa. Ele ainda tem o pavio curto, rebate as provocações, mas tem evitado brigas físicas dentro da sala de aula. O que já não posso dizer o mesmo na recreação. Solto um suspiro pensativo, eu quero ajudar esse garoto e sinto que posso fazer isso, só preciso saber mais a respeito dele.

James me contou que o irmão foi preso, mas e a família provisória? Talvez eu deva conversar com os seus responsáveis, eles podem me dizer o que há de errado com ele, porque tanta revolta. Com a mente feita prendo o cabelo em um coque alto, alguns fios são curtos demais e acabam emoldurando o meu rosto. Coloco os óculos, pego meu casaco e a mochila com o material para o dia, ainda quero passar na minha cafeteria favorita antes de chegar na escola.

Minha casa não fica muito longe da escola, na verdade consegui alugar um apartamento bem bacana de um quarto, não é grande, mas é o bastante para mim e me dá a segurança necessária. Desço as escadas correndo, aceno para o zelador e saio para rua. O clima está quente hoje, mas há algumas nuvens de chuva permeando a cidade. Atravesso a rua e percorro as três quadras até a cafeteria, o cheiro de café me faz salivar assim que passo pelas portas.

- Bom dia Erin, como vai? – Amber sorri abertamente, ela é atendente da cafeteria e também mãe de uma das crianças que ficam comigo até mais tarde na escola.

- Estou bem e você? – Devolvo a pergunta pegando minha carteira de dentro da bolsa.

- Não posso reclamar, tem gente pior do que eu por aí – Diz ela, concordo afinal temos trabalho e um teto sobre as nossas cabeças.

- Pode fazer o especial para mim? – Peço, ela acena pegando o copo e começa a preparar a mistura.

- Como está indo o trabalho? – Pergunta curiosa.

- Dando trabalho – Respondo com um suspiro – Queria tanto poder fazer mais por algumas crianças, outro dia dei de cara com dois adolescentes vendendo drogas na esquina da escola.

- Oh, esses jovens desperdiçando a vida tão cedo – Diz baixinho com pesar.

- Pois é, mas esperança é a última que morre e tenho certeza que vou fazer a diferença na vida de pelo menos um deles – Aponto, ela sorri me entregando o copo.

Tudo ou nada - Série Laços do amor 03Onde histórias criam vida. Descubra agora