Capitulo 08 "The call."

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Ato 02 - Velozes e furiosos 5: Operação Rio.

Beatriz Torreto
São Francisco
(Dois anos e seis meses depois)

"A ligação."

As pontas dos meus ficam esbranquiçadas com a força que uso contra o volante, para controlar o meu carro. Meu pé está firme no acelerador e meus olhos focados na pista.

Sinto meu coração disparado com adrenalina da velocidade, tudo à minha volta passa como vultos e o sorriso permanece em meu rosto a cada segundo.

Aperto o botão que fica no centro do volante e coloco mais força em minha mãos quando o carro aumenta ainda mais a velocidade.

Um grito animado escapa de meus lábios quando o outro carro que corria fica para trás. A multidão esperando na linha de chegada o vencedor e quando o meu carro passa pela linha recém desenhada no chão os gritos me receberam.

Os pneus do meu carro cantam quando eu paro ele de repente, assim que abro a porta do carro as pessoas vem ao monte à minha volta.

- O seu dinheiro, gata - Carter se aproxima. Ele é o responsável por organizar as corridas e cuidar da grana.

- Valeu, Carter - antes que eu pudesse pegar o dinheiro, ele esquivou sua mão. Cerrei meus olhos na sua direção, ele sorriu, aproximando sua mão e colocando o dinheiro dentro do bolso da minha saia.

- O que acha de comemorarmos lá no meu quarto? - Ele sussurrou perto do meu rosto.

Sorri, passando meus olhos pelo rosto bem esculpido do homem. Sua barba o deixa mil vezes mais atraente e os olhos escuros parecem sugar a minha alma.

- Vamos deixar para outro dia, gato - deslizei meu indicador pelo seu peitoral coberto com a blusa branca.

- Parece que esse dia não vai mais chegar, não é?

Carter era um grande de um gostoso e as noites que passamos juntos no seu pequeno quarto foram realmente incríveis, mas foram apenas isso, algumas noites e nada mais.

- Não pensei que você era do tipo emocionado.

- Eu sou o tipo louco por você - a cantada barata me fez sorrir.

- Quem gosta de louco é psicólogo, eu gosto da minha paz - o afastei. Carter fechou a cara, mas não insistiu.

Com o meu dinheiro no bolso, entrei no carro e decidi que já era a hora de ir embora. Deixando a multidão de pessoas para trás, corro com o meu carro até uma lanchonete, compro dois hambúrgueres e dois refrigerantes que seriam a janta de hoje.

No caminho para casa decidi andar com calma, enquanto escuto a minha música alta. Quando paro no sinaleiro, meus olhos são atraídos para o céu que está cheio de estrelas brilhando nele.

"É agora que você me mostra o céu, anjo?"

Como uma nuvem a memória passa por mim, mal percebo o sorriso mínimo que surge em meus lábios, quando encaro meu reflexo no retrovisor desfaço o sorriso e pisco várias vezes, tentando esquecer a maldita lembrança.

Running For Love ~Brian O'connerOnde histórias criam vida. Descubra agora