Scarlett Lewis, uma jovem brasileira que perdeu o pai ainda na infância, vê sua vida virar de cabeça para baixo ao completar 18 anos. Ao ser informada de que sua mãe se casou novamente. Elas se mudam para a casa de Adams Miller e seu filho, Ocean Mi...
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As luzes da festa já estavam quase me deixando cego. Me aproximo de um dos bancos que estão rodeando o open bar. Me sento e apoio o cotovelo na bancada. A festa está mais lotada do que o normal. O barman se aproxima de mim.
- O de sempre, Ocean? - Ele pergunta, enquanto limpa alguns copos. - Sim. - Respondo.
Ele se afasta, pega a vodka na prateleira, coloca-a no balcão e, depois, abre o frigobar, pegando um energético. O observo colocando a vodka e, depois, o energético no copo. Logo em seguida, ele me entrega.
- Valeu. - Levo a borda do copo até os lábios.
A bebida desce queimando a minha garganta. Fecho os olhos e começo a pensar na ressaca que vou ter amanhã. Muito provavelmente, vou faltar aula. Abro os olhos e coloco o copo na bancada. Logo em seguida, escuto o barulho de uma pessoa sentando no banco ao meu lado.
Viro o rosto para ver quem é, mas não consigo. A parede perto dessa pessoa é como um escudo que não deixa as luzes da festa passarem.
- Vai querer alguma coisa? - O barman pergunta para ela. - O da casa. - A voz dessa pessoa é familiar, mas, devido ao álcool no meu corpo, não consigo me lembrar a quem essa voz pertence.
O barman vai preparar a bebida enquanto eu ainda tento identificar quem é.
- Precisa de alguma coisa? - Ela se vira e as luzes finalmente a iluminam. - O que você está fazendo aqui? - Pergunto após ver Scarlett.
- Eu que te pergunto. - Ela pega a bebida. - O que você está fazendo aqui?
Tiro o copo de bebida da mão dela.
- Vem, vamos embora. - Me levanto. - Você deve ter fumado se acha que eu vou te obedecer.
- Vamos. Agora. - Digo e ela me olha de cima a baixo. - E se eu não estiver afim? - Ela de levanta.
Suspiro forte e tiro minha jaqueta. Amarro-a na cintura de Scarlett e me abaixo, passo meus braços pelos joelhos dela e a coloco no meu ombro. Me levanto enquanto ela bate nas minhas costas.
- Me solta, Ocean! - Ela se debate enquanto vamos em direção à saída. - Ocean Miller, me solta! - Dá pra parar de se rebater? - Me solta, Ocean! É sério! - Ela continua batendo nas minhas costas.
Quando saímos da festa, a coloco em cima da moto e dou o capacete para ela.
- Nem fodendo. - Ela sai de cima da moto e se vira para voltar para a festa. - Vem logo. - Pego o braço dela. - Não quero ir para casa. Principalmente com você.
- E eu não quero que você fique na festa. - Puxo o braço dela, fazendo com que ela fique encostada na moto.
- Por quê? - Não é seguro. - Eu acho super seguro.
- Você deve estar louca então. Você ia beber e estava sozinha. Para algum cara chegar em você e te abusar é questão de segundos, ballerine.
- Eu não estava sozinha e sei muito bem me defender. - Cala a boca e sobe na moto. - Já disse que não quero ir. - Sobe. - Já disse que não...
Seguro firme a cintura dela e a coloco sentada. Logo em seguida, pego o capacete e ponho nela.
- Segura firme. - Dou um tapinha no capacete e me sento na frente dela.
Ligo a moto e ela passa as mãos pela minha cintura, me segurando. Acelero e o impacto faz com que ela segure mais forte. Solto uma risada nasal e vamos para casa.
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- Ocean. - Ouço a voz de Scarlett me chamando enquanto me cutuca. - O motorista já está nos esperando lá embaixo.
- Mhm. - Abro os olhos, minha cabeça está doendo para caralho por causa do álcool de ontem.
Não bebi o suficiente para ficar bêbado, mas, mesmo assim, minha cabeça dói como se estivesse sendo prensada. - Não vou hoje.
- Se você não for, seu pai vai vir ver se você está bem. - Não vai, ele já está na empresa com a sua mãe.
- Como você sabe? - Eu os vi saindo mais cedo. - Mhm, tá bom... Quanto você bebeu, hein?
- Uns quatro copos. - E você dirigiu?! Ficou louco?! - Por você, sim. - Sorrio.
- Idiota. - Ela dá um soco fraco em meu ombro, sai do quarto e fecha a porta.
Me viro e volto a dormir. Quando acordo, pego meu celular e vejo que já são duas da tarde. Bocejo e me levanto da cama. Saio do quarto e vou até a cozinha, enquanto passo a mão no meu cabelo bagunçado.
Quando chego lá, vejo Scarlett sentada na cadeira, com o antebraço na mesa, enquanto come algumas uvas roxas e assiste a alguma série no notebook. Me aproximo lentamente, fazendo o mínimo de barulho. Aproximo meu rosto do ouvido dela.
- Não foi para a faculdade e decidiu me fazer companhia? - Pergunto e ela treme com a minha aparição repentina.
- Filho da puta, quer me matar é? - Isso não responde a minha pergunta. - Sorrio. - Só não fui porque se você não vai, eu também não preciso ir.
- Traduzindo: quis ficar comigo. - Coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha dela. - Perfume novo, ballerine?
- Sim, o nome é: se afasta ou leva um soco. - Se for para você me tocar, eu fico até mais perto. - Roço meus lábios no pescoço dela e ela se arrepia.
- É sério, Ocean, se afasta. - Ela vira o rosto e nos encaramos.
Estamos tão perto que consigo sentir a respiração ofegante dela, e tenho certeza que ela consegue sentir a minha.
- Por quê, ballerine? - Molho os meus lábios, enquanto desejo os dela. - Ocean...
- Posso? - Coloco minha mão no pescoço dela. - Você sabe que não podemos. - Ela coloca a mão na minha nuca.
- Foda-se. - Rapidamente, a beijo ferozmente. Minha língua explora cada canto da boca dela, enquanto ela faz o mesmo.
Os lábios dela são os mais doces que eu já provei, e o seu toque é quente como fogo. Essa garota é simplesmente perfeita.
- Ocean. - Ela diz entre o beijo e tenta se afastar. - Não, ballerine. Por favor, agora não. - Murmuro entre o beijo e aprofundo.
Coloco minha mão na cintura dela, puxando-a para mim.
