1 capítulo

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Acordo com os raios solares batendo no meu rosto; uma brisa de ar fresco entra pela janela

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Acordo com os raios solares batendo no meu rosto; uma brisa de ar fresco entra pela janela. Pego meu celular e vejo o horário: 8:39. Droga! Já estou atrasada para a faculdade. Levanto-me rapidamente e vou direto para o banheiro.

Lavo o rosto, escovo os dentes, faço skincare e penteio o cabelo. Saio do banheiro e vou até o guarda-roupa no canto do quarto. Abro as portas, olho o seu interior e pego uma calça wide leg preta e um corset preto. Penso na hipótese de pegar uma jaqueta, mas com certeza passaria calor, já que o Rio de Janeiro está mais quente do que nunca.

Visto a roupa e pego um tênis. Faço uma maquiagem básica e pego minha mochila no canto do quarto, perto da cama, que ainda está bagunçada. Fecho a porta atrás de mim e passo pelo quarto da minha mãe, que está com a porta aberta, mas não havia ninguém lá. Achei estranho, já que a essa hora ela ainda deveria estar em casa.

Continuei meu caminho e fui até a porta. Peguei a chave e saí, tranquei a porta e fui em direção à faculdade, que é perto da minha casa, então vou andando. A essa hora, a rua já está bem movimentada, com carros passando, algumas pessoas caminhando com cachorros e outras fazendo uma corrida matinal, diferente do horário em que eu costumo sair de casa, quando a rua está deserta.

Chego à frente da faculdade, subo as escadas e abro a porta. À minha frente, vejo todas as salas de diferentes cursos. Vou até a segunda sala, paro na frente dela e vejo a placa com a inscrição "Curso de Artes". Respiro antes de bater na porta e pedir para entrar. Bato duas vezes seguidas, puxo a maçaneta para baixo e abro a porta, colocando a cabeça para dentro da sala. Todos olham para mim.

– Desculpa o atraso, professor. Posso entrar? – Olho para o professor com os óculos desajeitados, alguns fios de cabelos brancos na parte da frente do topete e uma ruga no canto do olho esquerdo.

– Pode entrar, Scarlett. – Ele faz um pequeno gesto com a mão.

Assinto e entro, fechando a porta atrás de mim. Sento-me ao lado da minha amiga, Molly.

– Por que você se atrasou? – Ela murmurou para mim.

– Eu dormi demais.

– Mhm, o Oliver estava procurando por você. – Diz enquanto faz anotações no caderno.

– Oliver? Seu primo? – Franzo o cenho. – O que ele está fazendo aqui?

– Se esqueceu? Ele veio fazer o curso de Direito, eu te contei isso na semana passada.

– Mhm, depois eu falo com ele, então. – Pego meu caderno e minha caneta para começar a fazer as anotações.

Abro meu caderno e começo a folhear as páginas, procurando uma em branco. Após encontrar, começo a fazer as anotações sobre o assunto que o professor estava explicando. Não sei por quê, mas eu estava angustiada, com um nó na garganta, um aperto no peito; eu estava inquieta. Minha perna já estava fazendo movimentos repetitivos.

Começo a mexer no pingente do colar que meu pai me deu no meu aniversário de 8 anos, antes de ele morrer em um acidente de avião... Minha mãe não sabe que eu ainda guardo esse colar... Ela acha que eu o joguei fora... De repente, escuto Molly me chamando. Ela estava em pé na frente da sua cadeira.

– Hum?

– Já está na hora do intervalo, vamos.

– Ah, tá bom.

Levanto-me e pego meu celular. Eu e Molly andamos pela sala, indo até a porta. Vejo outras pessoas saindo de suas salas, lotando o corredor. No meio da multidão, vejo Oliver distraído no celular; de repente, ele me liga. Solto uma risada nasal e atendo a ligação.

– Alô?
– Oi, você está na faculdade? – Ele pergunta enquanto o vejo me procurando entre as pessoas.

– Olha para a segunda sala.

Ele me acha e sorri, desliga a ligação e vem até mim.

– E aí, Oliver! – Molly acena para ele. Ele chega até nós.

– E aí, Molly. – Ele olha para ela, mas logo em seguida olha para mim. – E aí, Scarlett.

– E aí – Sorrio.

– Você não estava aqui mais cedo, fiquei preocupado. Aconteceu alguma coisa?

– Ah, não foi nada demais. Eu só acabei dormindo demais.

– Hum, mas e aí, vocês querem ir a algum lugar depois?

– Ah, por mim pode ser. – Molly olha para mim. – Você quer?

– Foi mal, hoje não vai dar. Minha mãe disse que vamos ter visitas.

– Ah, que pena então... – Oliver diz, e pelo seu tom de voz parece estar um pouco chateado.

– É, mas qualquer dia marcamos de sair juntos.

– Enfim, vamos para a lanchonete porque estou morrendo de fome. – Molly se vira.

Eu, Molly e Oliver vamos para a lanchonete. Enquanto caminhamos, sinto o olhar de Oliver nas minhas costas, como se fosse a lâmina fria de uma faca. Quando chegamos à lanchonete, Molly entra na fila.

– Você quer alguma coisa? – Oliver pergunta para mim.

– Ah, não, obrigada.

– Você saiu de casa atrasada, não deve ter nem comido. – Ele diz.

– Mas eu não quero nada, é sério.

Oliver suspira forte e entra na fila junto com Molly. Passam-se uns cinco minutos e a vez deles está cada vez mais perto. Quando chega a vez de Molly, ela pede um suco de laranja e uma fatia de bolo. Oliver também pede um suco de laranja. Eles andam até mim e Oliver me dá o suco.

– Beba pelo menos isso, não quero que você desmaie por aí. – Ele diz.

– Ah, não precisa. – Tento devolver o suco para Oliver, mas ele recusa.

– Eu comprei para você.

Mordo o interior da minha bochecha e me forço a beber. O líquido desce amargo pela minha garganta; eu odeio laranja, e ele devia saber. Conheço-o desde os 10 anos de idade.

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