Scarlett Lewis, uma jovem brasileira que perdeu o pai ainda na infância, vê sua vida virar de cabeça para baixo ao completar 18 anos. Ao ser informada de que sua mãe se casou novamente. Elas se mudam para a casa de Adams Miller e seu filho, Ocean Mi...
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Bato na porta do quarto de Scarlett. Já são 12:38, e meu pai marcou na casa do Jason — o irmão dele — as 13:00. Nem consegui dormir, passei a noite inteira pensando em Scarlett. Não conseguir tirar ela da minha mente.
A porta se abre. Meus lábios se curvam em um pequeno sorriso quando a vejo. Ela veste um vestido solto, que vai até acima do joelho, estampado com algumas rosas vermelha e um fundo preto. E uma salto, também preto.
— Eai, bora? — Ela se inclina e pega sua bolsa. Depois sai e fecha a porta atrás de si.
— Por que você tem que ser tão linda?
Ela comprime um sorriso e seus olhos ficaram menores.
— Besta. — Ela diz envergonhada e põe a bolsa no ombro. — Minha mãe e seu pai já estão lá embaixo?
— Já. — Me inclino para a mesma e seguro seu queixo, fazendo ela levantar o rosto.
Junto nossos lábios. Eu estava necessitando sentir os lábios dela nos meus. Ela põe seu antebraço no meu ombro e sua mão na minha nuca. Seguro sua cintura e preciono Scarlett contra a porta, aprofundando o beijo. Minha língua explora sua boca, e a dela a minha. Seus lábios são tão doces, viciantes, insaciáveis... Ela em si é.
Sinto meu corpo arrepiar quando Scarlett acaricia minha nuca passando suas unhas levemente. Ela afasta seus lábios dos meus, mas antes que eu possa puxa-la novamente, ela diz:
— A gente precisa ir.
Suspiro e cravo os dentes superiores no lábio inferior. Paro de sentir o antebraço de Scarlett no meu ombro. Ela coloca sua mão no meu peito, me empurrando levemente. Dou um passo pra trás e fomos até o elevador.
Aberto o botão e alguns segundos depois as portas se abrem. Ninguem. Entramos em silêncio e depois aperto no botão para descer e assim que as portas se fecham, prendo ela contra a parede e volto a beija-lá. Passo minha mão pelo seu pescoço e afago meus dedos pelo seus fios de cabelos.
Minha mão que estava na sua cintura, agora passa pela sua coxa e depois, passeia por baixo do seu vestido. Ela mesma levanta e a põe no meu quadril. Subo mais, até encontrar o tecido da sua calcinha, mas antes que eu possa continuar, ouço as portas se abrindo e Scarlett me empurra.
— Ainda tínhamos um tempinho. — Brinco, colocando a mão no sensor da porta, para que ela pudesse passar.
— Aham. — Ela olha por cima e suspira forte. — Droga...
Ela sai e logo após sigo-a. A mesma puxa minha blusa.
— O que foi? — Me abaixo. — Câmera, imbecil.– Ela sussurra no meu ouvido.
Mordo o interior da minha bochecha e olho em direção a saída, na qual está meu pai e Abigail.
— Vai na frente e diz que eu esqueci uma coisa no quarto. Vou resolver. — Tá. — Ela passa o dedo abaixo do lábio inferior, limpando o batom que havia borrado e depois sai.
Vou até a recepção e o gerente já está lá. Ele sorri.
— Boa tarde, Ocean. — Ele me cumprimenta. — Boa tarde. Quero falar com o responsável de segurança.
— Ele não está no momento, mas posso ajudá-lo de alguma forma? — Quero apagar uma imagem das câmeras. — Infelizmente não é permitido. — Não perguntei se era. — Entendo, mas realmente não é possível.
— Não pude escolher a suíte pois estavam praticamente lotados e não avisaram no site, serviço de quarto lento, e não estão respeitando a privacidade dos próprios clientes? Uma avaliação dessa e o hotel pode pegar uma má reputação, não acha?
Tá bom, posso ter exagerado um pouco, mas foda-se.
— Me acompanhe. — Ele sai da recepção e entra em uma sala que fica ao lado da escada de serviço. O sigo.
Quando entro, vejo a equipe de segurança das câmeras. Olham para mim. O gerente vai até o cara na última mesa. O acompanho.
— Câmera do elevador principal, as 13:02 da tarde. – Digo. — Apague-a.
Rapidamente ele abre a imagem e faz o que eu mandei. Logo em seguida, apagando do histórico. Pego um papel em branco e uma caneta, que estavam na mesa e escrevo:
Data: 17/10/24 Motivo do pagamento: pagamento de serviço. Quantia: 100.000$ E minha assinatura.
Coloco a caneta no mesmo lugar onde peguei e dou o cash ao gerente.
— Cem mil dólares é o suficiente para ficar calado? – Ah, sim, sim senhor. — Mhm. — Saio.
Ando com passos mais longos e chego rapidamente na saída, onde eles estão. Meu pai parece estar calmo, Abigail por outro lado, impaciente. E Scarlett está com o cenho franzido enquanto olha na direção na qual vim.
Ele sai na frente, indo em direção ao carro e Abigail o acompanha. Eu e Scarlett vamos atrás, mas ainda um pouco afastados deles.
— Eai? — Nada que uma ameaça e dinheiro não resolva, ma ballerine. — Viu ele apagando? — Uhrum. — Aproximo meu rosto do seu ouvido. — Mas não me importaria que soubessem que eu te amo.
— Eu te mato. — Ela me dá um tapa fraco, na braço. — Vou considerar isso como um: eu também te amo, Ocean. — Brinco.
— Para. — Ela diz entre dentes e levanta as sobrancelhas.
Sorrio e abro a porta do carro para ela entrar. A mesma semi-cerra os olhos nos meus e entra, acomodando-se. Depois colocando o cinto. Faço o mesmo e fecho a porta.
Meu pai da partida no carro e vamos. Olho para a rua, atrávez do vidro da janela. O céu da cidade está nublado, com um frio aconchegante. Apoio minha cabeça e depois desvio meu olhar para Scarlett. Arqueio uma sobrancelha. Ela está mexendo no celular, com um sorriso sutil nos lábios.
— Qui est l'idiot? — Murmuro, mas foi o suficiente para ela levantar o olhar. Ela franze o cenho e depois volta a encarar o celular. Segundos depois, sinto meu celular vibrando no meu bolso.
O pego e vejo que é uma mensagem dela.
Ma ballerine: Qual foi a merda que você disse em francês?
Eu: Com quem estava falando?
Ma ballerine: Perguntei primeiro.
Eu: Foda-se.
Ma ballerine: Com minha amiga, Ocean! Meu Deus. E para de ficar me olhando.
Eu: Como vou tirar os olhos de uma obra-prima?
Ma ballerine: Arranca, então.
Eu: E nunca mais poder ver sua beleza?
Ma ballerine: Cheio de gracinha hoje, né?
Eu: Jamais.
Notas da autora: Oi, amores! Me desculpem pela demora pra soltar o capítulo. Estava corrido, mas vou voltar a postar mais frequentemente. Lembrando que o capítulo não está revisado, então me perdoem pelos erros ortográficos. Beijos. Lembrem-se de votar e comentar, não sejam leitores fantasmas.
