10º Capitulo

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Na sala o Harry começou a procurar por as minhas chaves, até que lhe vêm á mão uma coisa dura, ele tira-a da mala e fica a olhar, oh não o meu teste de gravidez. Ele ficou tipo estátua a olhar para o teste, até que veio até á cozinha, nós ainda estávamos á mesa quando o vimos a entrar com o teste na mão, ele parou e olhou para mim.

Harry- O que é isto Samantha? -disse levantando o teste para eu ver.
Eu- Oh não! Esqueci-me que tinha isso dentro da mala.- disse jogando as mãos á boca.
Gemma- Está na altura de falarem.- olhou séria para mim.
Eu- Vamos para o meu quarto Harry.- levantei-me. Subimos as escadas e entramos.

Harry- Já percebei isto é um teste mas estes traços é o que? Positivo ou negativo?-disse super curioso.
Eu- É positivo.
Harry- Ahhh.-disse vindo até mim abraçando-me e tentando dar-me um beijo.
Eu- Pára, isso não quer dizer que estamos juntos entendes?- afastei-o um pouco.
Harry- O que? - disse incrédulo.-Mas nós vamos ter um filho ou ele não é meu?
Eu- Claro que é teu, achas que eu ando para aí com outros.
Harry- Não, mas sei lá... estou tão feliz.
Eu- Calma sim.- fiz sinal de calma com as mãos, estava bastante entusiasmado.
Harry- Olha para mim não mintas, eu sei que queres estar tanto comigo como eu contigo e este bebé pode ser uma maneira de ficarmos juntos de novo.
Eu- Eu não quero isso, não para já. Deixa as coisas acontecerem naturalmente.
Harry- Há quanto tempo sabes?
Eu- Há 3 meses.
Harry- O que? Não me contaste porque?
Eu- Eu tinha as minhas razões, sabia que querias ficar comigo e eu não te quero de volta.
Harry- Eu nunca pensei que me fizesses isto.- levou as mãos ao cabelo, um tique.
Eu- Não foi por mal.
Harry- Cá para mim nunca quiseste ter esse filho.
Eu- Não digas isso Harry eu amo-o.- disse agarrando no seu braço.
Harry- E como vão ser as coisas agora?
Eu- Vão ser normais, nada vai mudar.
Harry- Nós vamos ter um filho, o nosso sonho.
Eu- Diz antes o teu sonho, sabes bem que eu não queria um bebé já.
Harry- Estás a ser insensível San !
Eu- É melhor parar-mos por aqui para não discutirmos mais.
Harry- Posso ver?- perguntou aproximando-se de mim.

Eu despi a camisola de lã que tinha ficando só com uma blusa de alças, puxei-a um pouco para cima para se poder ver a barriga.
Harry- Está tão grande, já sabes o sexo?- disse enquanto fazia festas.
Eu- Não.
Harry- Ficas perfeita assim, podes dar-me um abraço?
Eu abraçeio-o assim como ele quis. Descemos as escadas e já eles estavam na sala.

Danielle- Então?
Harry- Já sei, eu vou ser paaaaiii.- disse a gritar.
Os rapazes agarraram-se a ele dando os parabéns. Ainda estivemos um pouco á conversa, até que fomos dormir e o Harry quis ir dar uma volta para espairecer depois de tudo.
No outro dia de manhã acordei, com elas a falarem no quarto.

Eu- Bom dia.- disse espreguiçando-me.
Eleanor- Então como estás?
Eu- Estou bem, agora que ele sabe estou mais aliviada.
Gemma- Vês nós tínhamos razão.
Danielle- Ele não quis voltar?
Eu- Quis, disse que isto nos podia ajudar a voltar.
Eleanor- Porque não quiseste?- perguntou curiosa.
Eu- Não sei, sinceramente não sei. Mas vamos comer que eu estou esfomeada. -disse tentando mudar de assunto.
Fomos para a cozinha já o Harry estava lá a prepara o pequeno almoço.

Eu- uhhhmm que cheirinho.- disse deliciando-me so com o cheiro.
Harry- Bom dia.- disse dando-me um beijinho na barriga.- Olha vai para o sofá que eu levo-te lá o pequeno almoço.
Eu- Não Harry, nem penses.- disse sentando-me numa cadeira.
Harry- Meninas, levem-na para lá.

Elas foram comigo para a sala, arrastada por assim dizer.

Eu- Eu não quero pá, não sou nenhum bebé.
Gemma- Cala-te e aproveita.
Elas saíram e o Harry veio com um tabuleiro com o pequeno almoço.
Harry- Aqui está o pequeno almoço para o meu bebezinho.

Eu- Obrigada Harry, mas não achas...pronto que isto tudo é demais?- disse ajeitando-me no sofá.
Harry- Demais? como assim?- perguntou confuso.
Eu- Os mimos.
Harry- Então mimos é bom nunca é demais.- disse fazendo um sorriso adorável.
Eu- É e eu estou a ficar um bocado irritada.
Harry- Com o que?

Eu- Oh Harry sei lá, acho que está a ser um bocado de mais.- disse já um pouco chateada.
Harry- Espera, eu estou a fazer aquilo que tu gostas, estou a tentar.- disse também já visivelmente irritado com a minha conversa.
Eu- Ta bem mas não podes ser mais normal?- perguntei olhando para ele.
Harry- Impressionante, tu nunca estás contente com nada.- disse levantando-se irritado.
Eu- Não fiques assim.
Harry- Como é que queres que eu fique?- perguntou virando-se para mim de braços cruzados.
Eu- Oh Harry, eu só queria dizer que as coisas podiam ser mais normais só isso.- disse de forma sincera.
Harry- Tu estás grávida.- disse sentando-se de novo.
Eu- Pois eu estou grávida não estou doente, pois não?
Harry- Não.- disse baixo.
Eu- Então estás me a stressar, andas sempre atrás de mim a fazer tudo e mais alguma coisa, isso stressa-me. Isso não é bom para a gravidez. Deixa as coisas fluírem, com mais calma.- disse colocando a minha mão sobre a dele.
Harry- Vá como um bocadinho de queijo que faz bem ao bebé.- disse dando-me o queijo á boca.
Eu- Ai que chato eu disse para parares.- disse a rir.

Nesse mesmo dia partimos para Londres, passamos por a casa da Molly para a apanhar, jantamos no caminho e de seguida fomos a um pequeno bar.
Lá fomos até um bar ali da zona, eu e as raparigas fomos a pé, eles foram no carro do Harry para não dar muito nas vistas. Chegamos lá, sentámos-se numa mesa e pedimos umas bebidas, a maior parte pediu com álcool e eu também. Comecei a beber e a fumar, o que fazia sempre, andava a fumar menos o que já era bom. E uma bebida das mais fracas e só um cigarro não tem mal.

Gemma- San não devias estar a beber nem a fumar.
Eu- Gemma não vás começar por favor, é só um, sabes que eu ando a conter-me- disse dando um bafo.- vou á casa de banho.
Pus a beata no cinzeiro e ia-me levantar.
Eu- Aaauuuu.- gemi de dor sentando-me de novo.
Eleanor- O que é que foi?- disse colocando a minha cabeça no seu colo.
Eu- Está a doer aaaaahhhh muito.- disse curvando-me sobre mim mesma.
Gemma- Tens que ir já ás urgências.- disse aflita.
Louis- Mas não deve ser nada de mais, já passa.
Danielle- Não digas asneiras Louis, é melhor ires.
Molly- Harry leva-a.
Harry- Vamos lá, rápido.

Eles ajudaram-me a entrar no carro e o Harry lá me levou ás urgências.
Eu contorcia-me no banco com dores.
Harry- Calma San estamos quase a chegar.- disse ele bastante nervoso.

Chegamos ele ajudou-me a entrar nas urgências.
Harry- Um médico por favor.- disse a gritar.
Enfermeiro- O que aconteceu?- perguntou um enfermeiro novo que se aproximou rapidamente de nós.
Harry- Ela começou a ter umas dores fortes na barriga.- explicou apertando a minha mão com força como que a me ajudar com as dores.
Enfermeiro- Sente-se aqui.- ajudou-me a deitar numa maca.- Vamos tratar de si.
Harry- Eu fico aqui, vai tudo correr bem.- disse ele agarrando-me na mão.
Enfermeiro- O senhor fica aqui, tome a mala dela e vá tratar dos papéis, já lhe damos noticias.- tirou-me a mala e deu-lha a ele, e levou-me lá para dentro.

Enfermeiro- Então o que sente?- disse apalpando-me a barriga.
Eu- Eu estou grávida de 3 meses e senti uma dor muito forte.
Enfermeiro- Vamos lá fazer uma ecografia.- disse indo chamar a médica de serviço.

Comecei a sentir-me estranha, sentia-me húmida.
Eu- Doutora eu acho que fiz xixi.- disse um pouco envergonhada.
Médica- A menina está a perder sangue.- disse enquanto me ajudava a tirar as calças.- Eu acho que a menina está a sofrer um aborto espontâneo.
Eu- Aaahhh está a dor muito. -disse agarrando-me aos lençóis.
Médica- Rápido, para o bloco já.- disse a empurrar rápido a maca.
Entrei num bloco operatório e senti levar uma injeção, a médica pediu que eu fizesse força, como num parto normal pois o bebé já estava grande e as contrações eram cada vez mais, eu gritava, nunca tinha sentido uma dor assim, suava por todos os lados e sentia-me fraca.

----Na sala de espera---
O Harry estava sentado numa cadeira, com as mãos entrelaçados e bastante nervoso.

Enfermeiro- A menina foi operada de urgência, ela sofreu um aborto.
Harry- Como é que é possível?- perguntou chocado.
Enfermeiro- Pode acontecer a qualquer mulher durantes os primeiros meses de gravidez.

----Na enfermaria----
Médica- A menina já se sente melhor?
Eu- Estou um pouco tonta.- disse tentando sentar-me na cama.
Médica- A menina sofreu um aborto, houve um descolamento da placenta, lamento mas perdeu o bebé.
Eu- Não me diga uma coisa dessas, é mentira não é?-perguntei a chorar.
Médica- Lamento mais uma vez.- disse sentando-se ao meu lado.- Agora acalme-se, tenha cuidado não pode fazer esforços, e vai para casa mas prometa-me que vai descansar.
Eu- Eu tive cuidados, quer dizer eu bebi álcool e fumei um cigarro acha que foi disso?- perguntei preocupada por medo de a culpa ter sido minha.
Médica- É claro que devia ter evitado mas a razão não é essa, isto pode acontecer a qualquer mulher nos primeiros três meses, não se culpe. Agora quero-a em repouso durante uns dias, se sentir dores de novo venha logo ao hospital.
Eu- Eu prometo, obrigada.- levantei-me a médica ajudou-me a vestira a minha roupa.

Caminhei muito lentamente até á entrada, estava cheia de dores mal conseguia andar, assim que Harry me viu caminhou até mim ajudando-me a andar, mas estava com uma cara estranha, parecia chateado.

Never Too Late /h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora