12º capitulo

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Um bilhete para Paris, ele nessa semana ia estar de férias uns dias e tinha feito uma paragem por Paris e pelo que percebi da carta tinha reservado um quarto de Hotel para nós pois não aguentava estar sem me ver mais 3 semanas até ao Natal.

Gemma- Já tens as malas prontas? Não te esqueces de nada?- disse a Gemma com as minhas malas na mão.
Eu- Não Gemma, descansa. Eu só vou a Paris e volto num instante.
Gemma- Mas eu fico nervosa o que é que queres?
Eu- Quero que te acalmes sim.- disse abraçando-a.
Gemma- Só quero que fiquem bem desta vez.

------------------3 horas depois --------------------------
Peguei nas malas e percorri aquela multidão á procura da saída, iria de táxi até ao hotel, se não as fãs não nos iam largar.
Entrei no táxi e absorvi toda aquela paisagem linda, vi a Torre Eiffel ainda era mais perfeita e grandiosa ao vivo.
Paguei ao motorista e vi-me á frente de um grande hotel de luxo pelo que percebi.


Eu- Harry Styles? – gaguejei ao porteiro assim que parei em frente ao balcão, e ele imediatamente assentiu uma única vez, discando alguns números num telefone.
Porteiro- Vigésimo terceiro andar, senhorita – o senhor sorriu, após anunciar minha chegada a alguém do outro lado da linha, que só podia ser uma pessoa, e eu retribuí seu sorriso, caminhando até ao elevador que ele havia me indicado. Enquanto eu o esperava descer do décimo sétimo andar, observei o lindo hall do hotel, maravilhada com a decoração. Tudo ali parecia custar mais que minha casa, até as canetas da recepção.
O som do elevador a abrir me arrancou de meus devaneios, e eu entrei rapidamente no mesmo, apertando o botão do número 23.
Demorou uma eternidade, mas finalmente o elevador chegou ao vigésimo terceiro andar. Respirei fundo ao ver o número no painel luminoso, e a porta automática deslizou para o lado logo em seguida, revelando o apartamento incrivelmente grande, lindo e claro aquele em que eu ia ficar hospedada. Fiquei paralisada durante alguns segundos, apenas reunindo forças para sair do elevador, até que um par de olhos verdes entrou no meu campo de visão, acompanhado de um charmoso sorriso.

Harry- Com medo de quê? - sorriu após alguns segundos, erguendo uma sobrancelha, e por um momento, esqueci como se respirava. Engoli em seco, ainda desnorteada, e forcei meus pés a se moverem, levando-me até ele tremulamente. De onde havia surgido todo aquele nervosismo mesmo?
Eu- Medo de nada – respondi indo até ele.

Harry soltou uma gargalhada alta, vencendo a curta distância entre nós e passando uma de suas mãos por minha cintura, arrepiando-me por completo com um simples toque. Pode parecer mentira, mas ele realmente me dava choques elétricos com apenas aquele contato. – Parece que sou mesmo péssimo em decifrar o que pensas.
Eu- Desculpa por ser um enigma – falei, finalmente olhando-o nos olhos, e ele sorriu, aproximando os seus lábios dos meus e beijando-me calmamente, numa expressão física de boas-vindas. O seu perfume, tão forte e viciante fez o meu coração bater com uma força assustadora, e sem sequer perceber, eu me empolguei, abraçando-o pelo pescoço. O Harry me abraçou apertado pela cintura, erguendo-me do chão, e sorriu ainda mais ao perceber minha empolgação.

Eu- Tinha muitas saudades – sussurrei, incapaz de conter minhas palavras, e imediatamente senti meu rosto corar. Merda, por que eu ainda me sentia tão vulnerável com ele?
Harry- Eu entendo perfeitamente – ele disse, pondo-me no chão e deslizando suas mãos tranquilamente até ao fim das minhas costas – Também ficaria com saudades de mim mesmo se fosse outra pessoa.
Eu- Convencido! – exclamei, rindo de sua postura superior, e lhe dei uma leve chapada no braço.

Harry riu baixinho, e eu colei meus lábios aos dele, deixando que nossas línguas se encontrassem sem demora e iniciassem mais um de nossos beijos eletrizantes. Ele pôs uma de suas mãos na minha cabeça, aprofundando o beijo, e eu revirei seus cabelos com vontade, sentindo-o sorrir e puxar a minha cintura para mais perto de si.

Harry- Queres ir ver o apartamento?- perguntou afastando-se um pouco de mim.
Eu- Se for lindo como o que vi até agora, já o adorei – confessei, deixando que ele me guiasse pela casa impecavelmente limpa e perfeita.
Harry- Se adoras esta divisão, vais amar a próxima – ele murmurou perto de meu ouvido.

Caminhamos em silêncio até á escada e subimos rapidamente os poucos degraus. Assim que chegamos ao segundo andar, a primeira coisa que observei foi uma enorme parede branca e vazia, a alguns metros de distância de um grande e visivelmente confortável sofá.

Harry- É neste andar que fica minha parte favorita do apartamento... Mas só te levo lá se fechares os olhos. E não vale fazer batota ouviste?
Lancei-lhe um olhar desconfiado, ansiosa com todo aquele mistério, e ele apenas ergueu as sobrancelhas, num incentivo mudo. Respirei fundo, derrotada por minha curiosidade, e fechei os olhos, sentindo-o entrelaçar nossos dedos e me conduzir.
Uns vinte passos depois, ele parou de andar, e colocou-me na sua frente, segurando os meus ombros de um jeito que me arrepiou involuntariamente. Apesar de não estar vendo nada, percebi que uma certa claridade emanava do local onde estávamos prestes a entrar, mas quando ia abrir a boca para perguntar se havíamos chegado, Harry colocou o rosto bem perto de meu ouvido e respondeu à minha pergunta:
Harry- Espero que goste de contar estrelas.

Sem precisar de maiores incentivos, abri lentamente os meus olhos, deparando-me com uma larga porta de vidro, através do qual tudo que se via era o céu nublado e o chão de pedra, que levava até um deck de madeira. Levei alguns segundos para absorver aquela descoberta, e tudo o que consegui fazer foi sorrir, admirada, e olhar para ele, sem saber o que dizer. Além de todo o luxo e perfeição, ainda havia uma área externa... Sendo a adoradora do céu que eu era, como ele sabia, agora sim podia afirmar que aquele era o apartamento mais perfeito do universo.

Harry- Não está um dia exatamente bonito, mas esta tua visita vai compensar as nuvens escuras – ele murmurou, fazendo um discreto sinal para que eu prosseguisse, e assim eu o fiz.
Fui com a mão até á maçaneta da imponente e grossa porta de vidro à minha frente e a abri, revelando a parte externa da cobertura. Andei devagar pelo piso de pedra e olhei ao redor da extensa área, notando a presença de detalhes que eu ainda não havia conseguido ver: uma mesa redonda de vidro cercada de cadeiras, algumas espreguiçadeiras, uma duche e um pequeno jardim. Subi os degraus do deck, encontrando sobre ele, um pequeno jacúzi. Aquele apartamento era tudo o que eu sempre havia sonhado, e ter as imagens da minha mente transformadas em realidade era demais para mim.
Fiquei encarando o meu reflexo na água, sem reação diante de toda aquela beleza, e logo um outro reflexo surgiu ao lado do meu. Harry não me tocou, apenas esperou pacientemente que eu recuperasse a voz, o que levou alguns segundos.
Eu- Eu... Harry... isto é... Um sonho – finalmente falei, sem fôlego, e olhei para ele, que sorria de um jeito tímido.
Harry- Escolhi este a pensar em ti – ele murmurou, colocando as mãos nos bolsos das calças– Prometo te trazer muitas outras vezes aqui, se esse brilho nos teus olhos aparecer em todas elas.

Baixei o meu olhar do dele, envergonhada por minha reação um tanto intensa demais, mas logo voltei a encará-lo.

Eu- Eu não preciso de nada disso para que os meus olhos brilhem – falei baixinho.- Por que eu? – pensei alto demais, erguendo meus olhos até os dele- Depois de tudo e com tantas miúdas atrás de ti, por que é que me escolheste?
Harry apenas retribuiu o meu olhar pensativo por alguns segundos, até que um sorriso contornou os seus lábios.
Harry- Não te sei responder – ele disse, aproximando-se lentamente de mim – Mas posso te mostrar um pouco do que eu sei.
Olhei para os seus olhos, agora tão próximos, e senti as suas mãos quentes envolverem meu rosto, sendo seguidas por os seus lábios tocarem nos meus lábios.
Harry- Arrepias-te quando eu chego perto... Assim? – ele sussurrou, ainda me olhando com intensidade, e eu assenti fracamente. - E se eu te tocar aqui... – ele continuou, deslizando uma das suas mãos até á minha cintura - E te abraçar assim... – seu braço envolveu meu corpo e me puxou para perto dele – Consegues sentir o teu coração acelerar?

Assenti novamente, hipnotizada por seu olhar. Assim como eu, ele estava sério, como se cada efeito que ele surtia em mim refletisse nele da mesma maneira e com a mesma intensidade.
Harry- E se eu te beijar assim... – ele disse unindo os nossos lábios delicadamente e acariciando minha língua com a sua de um jeito totalmente íntimo e calmo, partindo o beijo não muito tempo depois – O que sentes?

Abri os meus olhos assim que ele terminou a pergunta, e por um segundo. Meu coração batia com muita força.
Eu- Eu sinto... Como se estivesse caindo de um sitio muito alto... Sem nada nem ninguém para me salvar... E a última coisa que eu quero é que alguém me salve.

Harry sorriu, intensificando ainda mais nossa intensidade de olhares, e uniu as nossas testas.
Harry- É bom saber que nos sentimos da mesma forma – ele murmurou, acariciando meu rosto com seu polegar e sorrindo - Agora pergunta a ti mesma... Por que eu te escolhi?

Completamente perdida nos seus olhos, eu deixei a pergunta no ar, sem saber como respondê-la. Depois daquele momento tão intenso, a resposta para a minha dúvida agora me parecia simplesmente óbvia: era impossível descrever porque havíamos nos escolhido. Tudo que conseguíamos era sentir, como se o efeito entre os nossos corpos fosse puramente químico, afetando a minha consciência e sentidos de maneira avassaladora. Nada que palavras pudessem descrever.

Never Too Late /h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora