13º Capitulo

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Harry- Bem eu vou tratar de uma coisa ao meu quarto.- disse enquanto se levantava.- Gemma podes vir comigo?
Gemma- Claro, vamos lá.

Todos estranhamos, mas como continuamos a conversa animados aquela "cena" passou-nos ao lado. Só voltamos a reparar nisso quando nos dirigimos para a sala para ir abrir as prendas, só Gemma tinha voltado para a nossa companhia.

Tia Anne- Harry! Filho, despacha-te estamos á tua espera.- disse no primeiro degrau das escadas.
Gemma- Mãe vamos começar a abrir, o Harry já aparece.- disse á mãe, piscando-lhe o olho, deixando-nos ainda mais confusos.

Os meus pais e a Tia Anne foram os primeiros a abrir, seguindo-se eu e a Gemma. Os meus como era hábito, deram-me algumas roupas e dinheiro. A Gemma deu-me uma mala para levar com as minhas coisas pessoais para as sessões, bem adorei tudo resumindo.
Agora pensam vocês, e a prenda do Harry? Será que ele não me deu? Pois bem, sobrava um pequeno saco debaixo da árvore.
Tia Anne- É para ti querida, abre.- disse dando-me o pequeno saco.

Retirei o laço que o fechava e abri, lá dentro encontrava-se uma pequena caixinha, como que uma caixa de Anel, e ela não me era nada estranha. Tirei e fiquei a observá-la.

Eu- Esta não é caixa do seu anel de namoro tia?- perguntei já sabendo a resposta.
Tia Anne- Parece que sim Samantha.- disse com um grande sorriso.

Já calculava o que estivesse lá dentro, abri mas acabei por me surpreender de novo, só neste impasse da caixa e do abrir ele já me tinha surpreendido bastante. Esperava estar la um anel mas pelo contrario um bilhete estava no seu lugar. Abri e tinha uma simples frase "Vem ter comigo á nossa casa da árvore. Harry".

Eu- Bem parece que ainda não foi agora que descobri a prenda que ele tinha para mim.
Gemma- Então o que disse?- disse curiosa.
Eu- Como se tu não soubesses. Foste a cúmplice dele que eu já percebi.- disse dando-lhe com o cotovelo no braço.
Gemma- Oh só tinha que o encobrir, não sei mais nada, juro.- disse fazendo uma jura.
Eu- Então eu já volto.- disse levantando-me.
Mãe- Tens a certeza que é isso que queres?
Eu- Tenho mãe, obrigada por tudo.

E assim agasalhei-me, e sai em direção á casa da arvore. Quando lá cheguei uma pequena luz iluminava aquele espaço cheio de árvores. Subi os degraus em silêncio e vi o Harry com as mãos nos bolsos a olhar o céu.

Eu- Aqui estou eu como pediste.- disse um pouco tímida.
Assim que ouviu a minha voz rapidamente se virou para mim e um sorriso cresceu no seu rosto.

Harry- Sabes onde estamos?- disse olhando á sua volta.
Eu- Uhmm não.- disse pensativa, de forma a enganá-lo.
Harry- Tenta lembrar-te. Num dia de chuva, depois de um beijo na pedra do bosque...
Eu- Tenho uma vaga ideia.
Harry- E assim?- disse colocando as mãos na minha cara, e dando-me um beijo, que me deu um arrepio delicioso, e depositou em seguida vários beijos na bochecha.
Eu- Assim já esta tudo mais claro, foi aqui que começamos a namorar certo?- disse ainda com cara de dúvida.
Harry- Assim fazes-me pensar que não te lembras.
Eu- É claro que me lembras, nunca me vou esquecer.
Harry- Bem mudando de assunto, trouxeste a caixa que te ofereci?
Eu- Sim está aqui, mas basicamente não me ofereces-te nada, visto que ela estava vazia.- disse tirando a caixa do bolso do casaco.
Harry- Não ofereci mas vou oferecer.- tira um anel do bolso.- Lembras-te?
Eu- O anel da tua mãe.- disse olhando o anel.
Harry- Devolveste-me este anel no dia em que acabamos, mas tudo o que é nosso sempre volta a nós.
Eu- Estás a querer dizer que queres que eu fique com ele de novo?- disse encarando-o.
Harry- Sim, sabes que eu sempre quis que tu ficasses com ele como forma do meu amor por ti.
Eu- Sabes que isso é uma decisão importante, não se toma de animo leve.
Harry- Eu sei, mas eu estou decidido, tu não?
Eu- Eu sei que é importante para ti e logo torna-se também importante para mim.
Harry- Acho que chegou a altura.
Eu- Altura de que?
Harry- san aceitas ser a minha princesa outra vez?- disse estendendo o anel com a mão.
Eu-Sabes que fazes sempre parte de mim, por isso sim.- disse dando-lhe a mão.

Eu colocou o anel no meu dedo, e abraçou-me, um abraço forte, cheio de sentimento e logo de seguida os nossos narizes se juntaram e a sua boca se aproximou da minha dando inicio a um beijo, as nossas línguas estavam sedentas uma da outra, aquele beijo não se tinha comparado aos dados outrora, pois agora sabíamos que pertencíamos um ao outro de novo.
Deitámos se num sofá grande que lá estava, como forma de adormecermos, ele acariciava a minha cara, como ela sabia que eu adorava.
A lua iluminava aquela pequena casa, estava alta e redonda, parecia que as nuvens se tinham sumido.

Eu- Não consigo dormir.- disse enrolando-me mais na manta.
Harry- Eu também não.- admitiu Harry com um sorriso.- Não consigo deixar de estar feliz por estarmos juntos de novo.

Eu não disse nada, pois a razão para não conseguir dormir era a mesma.
Levantei-me , calcei as botas e peguei-lhe na mão.
Eu- Anda lá.- disse puxando-o para o pequeno alpendre da casa.- É melhor termos insónias juntos.

Sentámos se em cima da madeira, com os pés já para fora do alpendre, enroladas na manta. Ele envolveu-me com um braço e olhou para mim.

Harry- Lembras-te quando me empurraste daqui para baixo e tive que levar pontos?
A minha mão tocou ás cegas no seu maxilar, ainda encontrado o local onde fora cozido.
Eu- Tens 18 anos.- disse secamente.- E ainda não me perdoaste?
Harry- Oh, eu perdoei- disse Harry tranquilizando-me. Só que não me esqueci.
Eu- Está bem.- disse eu abrindo os braços.- Empurra-me também, para ficarmos quites.

Harry lançou-se, fazendo-me cair de costas enquanto eu ria e dava pontapés com os calcanhares nas canelas dele. Ele fazia-me cocegas e rebolávamos como fazíamos em criança. E de repente as mãos de Harry imobilizaram-se por cima do meu peito e a sua boca pairava sobre a minha no espaço de uma respiração.

Harry- Admite a derrota.- sussurrou ele, apertando ligeiramente.
Eu- Ad...- a sua língua entrou na minha boca, não me deixando acabar, as suas mãos deslizaram para a minha anca, num jogo completamente diferente. Eu fechei os olhos ouvindo a respiração de Harry e os sons de algumas corujas que por ali haviam.
Tão depressa como começara, Harry saiu de cima de mim. Fez sentar-me e colocou o braço a minha volta.

Harry- Acho que já basta.- disse ele tentando ser sério.

Eu- De repente consegues esperar.- disse olhando para ele de boca aberta.
Harry- Oh era uma forma de dizer que podíamos ir lá para dentro, só estava á espera que tomasses a iniciativa.- disse rindo.
Eu- Sendo assim.- peguei na sua mão fazendo-o levantar encaminhando-o lá para dentro.

Dei um pequeno salto ficando ao seu colo com as pernas enroladas no seu tronco e beijei-o, um beijo forte, cheio de paixão. Ele inclinou a cabeça para trás de olhos fechados pensando que se viria mesmo ali. Há meses que não fazíamos amor. Ele teria delirado com um simples convite de partilhar a cama comigo, mas isto saberia muito melhor. Fomos até ao sofá, tirando as roupas pelo caminho, deitei-me por cima dele, subindo com a minha mão sobre o seu peito até enrolar o seu cabelo beijando-o. Senti-o ficar petrificado.

Eu- Tu.- disse junto ao seu ouvido.- Estás a pensar de mais.
Ele sorriu junto ao meu pescoço, pois não esperava que eu tomasse o controle dessa fez, pois desde que tínhamos acabado todas as vezes que o fizemos foi com mais entusiasmo e prontidão da parte dele do que propriamente da minha, eu simplesmente não conseguia resistir, mas desta vez era feito ainda com mais amor.

Harry- Talvez devêssemos apenas sentir e aproveitar o momento não é?- perguntou olhando-me nos olhos com um enorme sorriso.

Senti a sua mão descer até ao fim das minhas costas, senti os meus músculos se contraírem em resposta. E assim entre beijos e caricias ele penetrou-me. Ele colocou-se em cima de mim, dentro de mim. Eu apenas respirei fundo, sem pensar em absolutamente nada.
Depois de nos cobrirmos com a manta, só a luz da lua e das estrelas nos fazia companhia, tudo estava em silêncio lá fora.

Harry- Somos muito maus a tentar não nos amar-mos.- disse olhando para mim.
Eu- Eu tentei, mas não consegui.
Harry- A vida voltou a juntar-nos. O resto, está nas nossas mãos.
Eu- Vamos esforçar-nos para que dê certo desta vez. Tu fazes-me tanta falta Harry.- disse acariciando a tua cara.
Harry- Teremos que trabalhar nisto todos os dias, não vai ser fácil, mas eu quero-te agora, daqui a 30, 40 anos.
Eu- Amo-te tanto Harry, és o Homem da minha vida.- disse inclinando-me e beijando-lhe suavemente os lábios.

Enrosquei-me nele e fechei os olhos.
Harry- És o meu mundo, agora sim estou feliz.
E um sorriso apareceu tanto na minha como na cara dele.

Never Too Late /h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora