Sabrina

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"Well, you were the one that I needWhen I found out the prisoners were goneAnd the ghosts were all freedThe walls that once held us all tightWere about to let goAbout to let goAbout to let goOh, the walls that once held us all tightWere about to l...

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"Well, you were the one that I need
When I found out the prisoners were gone
And the ghosts were all freed
The walls that once held us all tight
Were about to let go
About to let go
About to let go
Oh, the walls that once held us all tight
Were about to let go"
To let go- Jozy

{...}
Maio de 2015

Era por volta de 17 da tarde, o sol ameaçava começar a se pôr, por causa da primavera o sol ia embora mais cedo, o dia havia sido mais tranquilo do que eu imaginei, após eu e David termos chegado da caminhada, fui para o meu quarto, tomei um banho e coloquei um filme qualquer na televisão, saí para almoçar em um restaurante e não arrisquei mexer no telefone, tinha medo do que poderia encontrar ali.

Eu estava no hall da praia, aproveitando os últimos raios de sol e paz que reinava ali. O som do mar me acalmava e a leve brisa que bagunçava meu cabelo não dava frio algum.

Por ser quarta feira e estarmos no meio do ano não havia ninguém na praia, então o silêncio reinava e isso poderia ser uma ótima isca para os meus pensamentos instrutivos, mas por hoje, não deixaria que eles estragassem meu dia, então eu deixo meu pai de lado, deixo a gravadora, deixo Samuel. deixo os inúmeros problemas que me perseguiam e me concentro no pequeno caderno a minha frente, era como um pequeno diário, havia desde as anotações mais simples como a lista de super mercado, até meus pensamentos mais intrusivos e angustiantes. Quando mais nova, eu costumava os usar para escrever meus sentimentos, já que não havia ninguém a qual eu pudesse conversar, com o tempo viraram músicas, com mais tempo ainda, essas músicas tocavam nas rádios locais e quando vi, aos meus 20 anos, eu lotava estádios com pessoas que se identificavam e amavam as minhas músicas.

Agora, aos meus 26 me encontro na praia em plena 17 horas da tarde, encarando algumas palavras escritas no caderno brilhante, esperando que a letra de uma música magicamente caía do céu, o que obviamente não acontece, sentia como se eu estivesse decepcionando todas as pessoas ao meu redor e isso era totalmente frustante, eu não entendia como palavras como "Solidão" "Angústia "Medo" poderiam criar uma música -Um álbum- inteiro.

Suspiro totalmente frustrada e passo meus dedos pelas inúmeras páginas, algumas já mais gastas que as outras e é quando eu ouço passos rápidos atrás de mim e risadas altas, uma mais fina de criança e outra mais rouca, nitidamente de um adulto, sorrio ao reconhecer as duas, eram Helena e David.

David estava com um short Jeans bege e uma camiseta branca, uma câmera estava pendurada em seu pescoço e ele ria abertamente, enquanto corria carregando Helena no colo no "estilo noiva" a menina dava risada, seus cabelos ruivos faziam contraste contra a camiseta branca do pai, ela usava uma jardineira verde água e sapatos coloridos, um sorriso enorme também cobria seu rosto, as covinhas eram visíveis e os olhos da mesma fechavam conforme ela ria mais, era a cena mais linda que eu já havia visto, o amor presente entre os dois era nítido e a coisa mais linda do mundo de se ver, de se sentir.

Uma Segunda ChanceWhere stories live. Discover now