capitulo 19

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Terça-feira
07:30 AM
Emily

Acordei com o som irritante do meu despertador. Meu corpo estava cansado, mas minha mente estava ainda no encontro da noite passada com Thurzin. Desci para a cozinha, onde minha mãe, Patrícia, já estava de pé, tomando seu café matinal.

Patrícia: Bom dia, Emily.

Emily: Bom dia, mãe.

Patrícia: Dormiu bem?

Emily: Sim, dormi. E você?

Patrícia: Normal. Não se atrase para a escola.

Emily: Pode deixar.

Peguei uma maçã e minha mochila, pronta para encarar mais um dia de aulas. No caminho para a escola, encontrei Isabela e Gabriela esperando por mim na esquina de sempre.

Isabela: Bom dia, Emily! Como foi o encontro?

Gabriela: Queremos todos os detalhes!

Emily: Foi ótimo. Ele me deu flores e me levou a um restaurante incrível.

Isabela: Awn, que romântico! E vocês se beijaram?

Emily: Não, não chegamos a tanto. Mas foi especial, de qualquer jeito.

Gabriela: Esse Thurzin é um fofo. Mas cuidado, ele é cheio de surpresas.

Chegamos à escola e nos dirigimos para nossas salas. No corredor, avistamos Lucas e Arthur conversando.

Lucas: Olha só, se não é a nossa dama de honra!

Emily: Dama de honra? Desde quando?

Lucas: Desde que você teve um encontro todo romântico com o Thurzin.

Arthur: É, Emily, fiquei sabendo que você quase derreteu com as minhas flores.

Emily: Ah, não exagera. Foi um gesto bonito, mas não precisa se gabar tanto.

Arthur: Não estou me gabando, só estou constatando um fato.

Emily: Fato é que você ainda precisa melhorar suas piadas.

Arthur: Ah, lá vem você de novo com isso. Você só não admite que gosta das minhas piadas.

Emily: Admitir? Nunca!

Isabela e Gabriela riram, enquanto Lucas apenas balançava a cabeça.

Lucas: Vocês dois não têm jeito mesmo. Quando vão admitir que se gostam?

Emily: Primeiro, o Thurzin precisa parar de ser irritante.

Arthur: E a Emily precisa parar de ser tão teimosa.

Gabriela: Acho que isso não vai acontecer tão cedo.

O sinal tocou, e fomos para nossas respectivas aulas. Durante a manhã, trocávamos mensagens rápidas pelo celular, sempre com uma pitada de provocação.

Arthur: Preparada para perder na aula de matemática?

Emily: Preparada para ver você se enrolar na frente de todos.

Arthur: Aposto que eu tiro uma nota melhor que a sua.

Emily: Aceito o desafio. Vamos ver quem ri por último.

Arthur: Prepare-se para me aplaudir, então.

Emily: Em seus sonhos.

O dia passou rápido, e quando finalmente o sinal de fim de aula tocou, nos encontramos novamente no corredor.

Lucas: E então, quem ganhou a aposta?

Emily: Não sabemos ainda. Mas estou confiante.

Arthur: Veremos. Quem perder paga o almoço amanhã?

Emily: Combinado.

Enquanto saíamos da escola, senti uma mistura de excitação e diversão. A provocação com Arthur era constante, mas por trás de cada palavra afiada havia um carinho que ambos não queriam admitir. E isso tornava cada dia mais interessante.

Ao chegar em casa, minha mãe já estava lá, como sempre, fria e distante.

Patrícia: Como foi a escola?

Emily: Normal. Nada de novo.

Patrícia: Certo. Vou estar no meu escritório se precisar de algo.

Emily: Ok, mãe.

Subi para o meu quarto e me joguei na cama, pensando no dia cheio de provocações e risos. A vida com Thurzin nunca era monótona, e isso, de certa forma, me fazia sentir viva. Sabia que um dia, talvez, nós dois pararíamos de nos provocar e admitiríamos o que realmente sentíamos. Mas até lá, as implicações e provocações eram o que mantinha a chama acesa.

Continua

Custe o que custa-Loud ThurzinOnde histórias criam vida. Descubra agora