"O mundo só seria perfeito se todo dia fizesse sol, o mar fizesse onda e se toda fumaça fizesse sua cabeça, tragando a vida e soprando a morte"🌊
.
Jeon Jungook.
Acordo cedo naquela manhã, e a primeira coisa que vejo é o Jimin dormindo profundamente ao meu lado. O rosto dele é tão sereno, mesmo depois de tudo que ele passou. Fico ali um tempo, só observando, lembrando de tudo que ele me contou na noite anterior. Uma raiva sobe dentro de mim. Não consigo aceitar que alguém possa ter machucado ele tanto assim, ainda mais aquele monstro.
Me humilhar, falar coisas ruins, que se foda. Agora... Brincar com os sentimentos do meu namorado? Tentar comprar ele daquela forma? Sinto muito senhor Jeon, não é assim que a banda toca.
Decido que as coisas não podem ficar daquele jeito. Vou fazer alguma coisa. Me levanto devagar pra não acordar o Jimin, mas ele se mexe um pouco e abre os olhinhos, ainda sonolento.
— Jungo, você vai sair cedo hoje? — Ele pergunta, com a voz rouca de sono.
— Vou, loirinho. Preciso resolver umas coisas. Talvez eu me atrase pro trabalho. — Respondo, tentando não deixar transparecer a raiva que tô sentindo.
— Hum... — ele fala ainda sonolento — Abraço... — pede esticando os bracinhos e eu abraço ele, beijando seu rosto e fazendo carinho em seus fios.
São raros os momentos que ele não está nervosinho, amo quando ele fica dengoso de sono, tenho vontade de agarrar e morder as bochechas dele de tão fofo.
— Te vejo mais tarde, loirinho. — falo
Ele assente, ainda meio perdido no sono, e volta a fechar os olhos. Saio do quarto em silêncio e vou direto pra casa. Chegando lá, tomo um banho quente, tentando clarear as ideias. Preciso estar calmo, preciso ser firme. Visto um terno, porque hoje vai ser um dia diferente.
Depois do banho, pego o carro e dirijo até a casa do senhor Jeon. Hoje, ele vai entender que o Jungkook de agora não é mais aquele moleque de cinco anos que ele podia controlar. Hoje, ele vai ter que me encarar como um adulto.
Eu pensei seriamente em tirar o nome Jeon do nome, mas não vou, minha mãe tem esse nome registrado, meu irmão mais velho tem, e a única pessoa que não presta da família dele, é ele. Então vou continuar com o Jeon no nome.
Quando chego lá, estaciono o carro e respiro fundo antes de sair. A raiva ainda tá queimando dentro de mim, mas tento manter a calma. Toco a campainha, e não demora muito até que minha mãe apareça. O semblante dela mostra surpresa, mas logo se recupera.— Neném, não é uma boa hora, seu pai e eu estamos discutindo o termo de divórcio.— Ele fala preocupada
— Precisamos conversar. — Respondo, direto e sem rodeios.
Ela me encara por um momento, mas acaba assentindo e me deixa entrar. Sentamos na sala, e eu sinto o peso do olhar dele sobre mim. Mas não me deixo intimidar.
— Mamãe, você e o Namjoon, saiam, por favor. — peço cruzando os braços olhando fixamente pra ele.
O homem que causou meu sofrimento, o homem que me espancou cinco vezes porque tentei brincar com meninos que não tinham dinheiro, o homem que fez o Jimin chorar.
— Jungo? — Namjoon falou saindo do quarto com a cara de sono, mas seu semblante logo mudou quando viu o pai dele ali sentado, ele foi direto pra cima dele, mas eu me levantei e segurei seu ombro.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Fim de semana no Rio.
Fanfic{ Concluída } Na ensolarada Copacabana do Rio de Janeiro, um improvável encontro entre dois mundos opostos aconteceu. Enquanto Jimin cresceu na vibrante comunidade carioca, cercado por laços familiares e cultura local, Jungkook é o herdeiro de um im...