Capítulo III - O encontro no Píer

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Frost Rethyl - Astrory, nas proximidades de Autrora, floresta esverdeada, na manhã do dia 11 de novembro do ano de 701 D.D.

Indo por aquele caminho, pisando na terra e adentrando ainda mais na floresta esverdeada, que era diferente da floresta escura, cheguei ao lago de água verde cristalina. Ali havia um píer de madeira feita das árvores da floresta esverdeada. A cor da madeira lembrava uma esmeralda. Não havia casas ao redor, apenas as árvores de esmeralda, que refletiam um pouco de luz, tornando aquele lugar ainda mais bonito.

Subindo na ponte de madeira verde, caminhei em direção à borda e me apoiei na proteção, colocando meus pés na água verde cristalina. Consegui ver vários peixes diferentes no fundo, um deles era verde com olhos azuis.

Segurando firme a lança com a mão esquerda, apertei o cabo com os dedos. Em pé na proteção da ponte, fechei os olhos e me equilibrei com os pés de lado, dizendo a mim mesmo:

Frost Rethyl: - Calma, Frost, você não chegou até aqui só para voltar de mãos vazias... E pela mamãe, você vai conseguir fazer isso!

Ao terminar de falar, imaginei a reação da minha mãe ao ver o que eu fiz, minha conquista ao pegar um peixe que ela amava comer. Cheio de força e coragem, dei um pequeno pulo para dentro do lago, mergulhando com a lança na mão esquerda.

Com as bochechas cheias de ar, mergulhei profundamente, sem medo, com os olhos abertos. Era um ambiente vivo e cheio de peixes de todos os tipos. No fundo, havia vários cristais verdes luminescentes. Segurei a respiração, nadando em direção aos peixes que se afastavam de mim. Um peixe de ossos bateu nas minhas costas, me fazendo gritar de susto debaixo d'água e perder oxigênio. Abri os braços e comecei a nadar em direção à superfície para recuperar o fôlego.

Mergulhando novamente, meus olhos estavam ardendo, mas os mantive bem abertos. Fui até o fundo, onde havia uma pequena passagem para uma caverna de cristais verdes. Dentro dela, encontrei um pequeno lugar cheio de corais e esponjas do mar. Nadando cuidadosamente e virando de lado, passei por um grupo de caranguejos vermelhos andando de lado.

Parando no meio da caverna, um pequeno cardume de peixes pequenos e médios passou por mim sem encostar, indo em direção à saída da caverna submersa. Segurando a lança, mesmo ela estando um pouco escorregadia, fiquei imóvel e segurando o fôlego o máximo que conseguia. Com os olhos abertos, mirei em um peixe azul que nadava em minha direção para sair pela entrada pela qual eu havia passado antes. Quando aquele peixe chegou bem perto de mim, puxei a lança com toda a força e consegui apunhalá-lo.

Sentindo o oxigênio acabar, comecei a nadar para fora, sem soltar a lança com o peixe que ainda se debatia tentando fugir. Para o azar dele, a lâmina estava bem presa na sua carne. Saindo da caverna, comecei a sufocar, com os pulmões apertados e uma dor surgindo pelo esforço. Um certo desespero tomou conta de mim, minha visão ficou turva, mas saí da água erguendo a lança com o peixe e dei um grito de vitória.

Me agarrei ao pilar de madeira do píer, ofegante e com o coração acelerado. Joguei a lança no piso de madeira e subi lentamente. Deitei no chão de barriga para cima, recuperando o fôlego e quase desmaiando por ficar tanto tempo sem oxigênio.

Virando a cabeça para o lado, mesmo exausto, fixei os olhos no peixe que tinha pescado. Um brilho surgiu em meus olhos, junto com um sorriso enorme de felicidade ao ver que o peixe era maior que o pão que Íris tinha me dado aquele dia. Mesmo ofegante, balancei minhas pernas e braços de felicidade, mesmo sentindo um pouco de frio por estar molhado, já que o lugar ventava muito, acabei falando com euforia crescente:

Frost Rethyl: - Obrigadooooo, muitoooo obrigado por esse grande peixe!

Meu corpo parecia ficar mais pesado, com o vento gélido passando pelos meus ouvidos, fazendo um som doce e calmo, me deixando relaxado. Era uma mistura perfeita com aquele ambiente silencioso. Mantendo os olhos abertos e ouvindo alguns passos sobre o píer, mesmo exausto, apoiei a mão sobre a madeira molhada e olhei em direção ao sol, ficando surpreso. Era uma mulher que parecia ter a idade da minha mãe. Ela tinha cabelo curto azul escuro, olhos azul claro e usava um vestido branco elegante com bordados que combinavam perfeitamente com sua aparência delicada. Seu rosto era belo e seus lábios eram claros e pareciam macios. Suas bochechas tinham um leve rosado natural que realçava sua aparência jovem.

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