Capítulo XII - Além do alcance Parte 3

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Rex Valaesut - Astrory, vilarejo dos ritos, montanha gêmeas, na manhã dо dia 2 de janeiro dо ano de 702 D.D.

Inclinei um pouco minha cabeça para trás, apoiando-me contra a parede e olhando em sua direção com os olhos bem abertos. Com a mente cheia das informações que precisava, disse-lhe:

Rex Valaesut: - Hm, bem, azar o dela por se enfiar na minha área, e sorte a dele... Vou querer algo como recompensa por trazê-lo até aqui.

Ariely se levantou, virou de costas para mim e caminhou até uma gaveta. Procurando algo, puxou uma pequena caixa de madeira com várias runas gravadas. Com um simples toque, abriu-a e pegou um brasão de dentro, jogando-o na minha direção.

Ariely Elizabeth: - Uma recompensa pelas suas ações... Você pode pedir à Donzela Sharlott para curá-lo, Rex. Caso tenha qualquer ferimento, doença, ou até mesmo um membro amputado, mostre este brasão a Sharlott, e ela o curará de graça.

Pegando o brasão no ar, comecei a analisá-lo enquanto ouvia-a. Admirava seus detalhes: um cavalo-marinho branco no centro, o brasão com a forma de um escudo de ouro branco, adornado com pequenos cristais nas bordas, e inscrito "Princesa Ariely Elizabeth II". Olhei de canto para ela e disse:

Rex Valaesut: - Agradeço, mas eu pensava em outra coisa. Informações sobre uma cura para a minha maldição. Isso, sua Donzela sozinha não pode resolver.

Olhei fixamente para ela, esperando uma boa resposta. Ela ergueu a mão, tocando as costas e gesticulando para que eu repetisse o gesto, mas em outra mão. Hesitante, acabei fazendo o que ela pediu. Um tridente surgiu, parecendo rasgar minha pele, enquanto escrevia o nome da minha maldição: "Coração de Vidro".

Ela suspirou profundamente e se sentou novamente com uma expressão nada reconfortante. Disse algo que me deixou um pouco triste, embora eu já esperasse uma resposta assim.

Ariely Elizabeth: - Infelizmente, sua maldição é de nascença, mas estamos procurando uma maneira de removê-la. Por enquanto, use o brasão para obter porções grandes de poções. Isso é tudo que posso fazer como princesa.

Rex Valaesut: - Bem, pelo menos tentei.

De repente, senti uma suave flutuação de mana se aproximando. Virei-me e vi uma mulher abrindo as portas com força, passando por mim. Ela era um pouco mais baixa e tinha cabelos curtos e azul-escuros. Aproximou-se do garoto e o abraçou, enquanto uma aura envolvia seu corpo. Vários flocos de mana caíam ao redor, curando-o. Em sua mão esquerda, duas coroas azuis apareceram, revelando o nome de sua habilidade única: "Mão de Deus". Ela parecia angustiada e chorava, sem conseguir dizer uma palavra.

A princesa me puxou para fora daquele lugar, mas seus olhos continuavam fixos no garoto e naquela mulher. Sem desviar o olhar, disse-me:

Ariely Elizabeth: - Mesmo que não tenha muita chance, talvez isso seja uma dica valiosa para você. No Império, há uma ex-donzela. Talvez ela possa roubar essa maldição de você. O nome dela é Tya. Não recomendo ir para Ventroid e não dizer nada a Sharlott. Obrigada por tudo, Rito. A família real lhe agradece.

Rex Valaesut: - Tya... Bem, acho que vale a pena conferir.

Suspirei profundamente após ouvir aquilo. Ela parecia tensa, com os olhos voltados para a saída do palácio. Havia uma festa acontecendo ao fundo, mas continuei a segui-la e disse:

Rex Valaesut: - Eu só fiz o que parecia certo, não precisa agradecer.

Tocando minha asa esquerda, conferi meus atributos para verificar se estava tudo em ordem. Sem entender muito bem os símbolos, continuei:

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