14. destrutivos

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1998

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1998

CERTA VEZ LI EM UM LIVRO QUALQUER que não sou boa em demonstrar sentimentos, mas sou cheia deles… que sofro em silêncio, amo com o olhar e falo com sorrisos. Quem olha nos meus olhos e sorri com a minha essência está conhecendo minha verdadeira alma.

Aslam me entende dessa forma, me compreende e me apoia sempre que necessário.

Ele é minha metade, meu irmão e meu confidente. Podemos não ser verdadeiros gêmeos, mas tenho certeza que somos ligados por algo maior.

E é esse laço invisível que faz com que ele leia meus sentimentos com uma clareza impressionante. As sempre sabe de tudo.

— Por que Kerem está dormindo no nosso sofá, Esme? — Aslam perguntou em um tom baixo assim que entrou em meu quarto e acendeu as luzes de forma brusca.

Enquanto tento me acostumar com a claridade repentina começo a lembrar dos acontecimentos da noite passada, e com isso recordo que Kerem passou a noite aqui porque eu pedi para que ele ficasse. 

A única coisa que não levei em consideração foi o questionamento de Aslam. Droga.

— Estava chovendo muito, eu passei mal, você não tinha voltado... — me sentei na cama e encarei meu irmão anciosa por sua reação. — E acabei pedindo para ele ficar.

— Como assim você passou mal? — ele se sentou ao meu lado.

— Eu tô bem, Kerem me ajudou. — sem perceber um mínimo sorriso surgiu em meu rosto. — Ele fez até o jantar, acredita?

Para a minha surpresa Aslam me olhou com aquele olhar de quem já entendeu tudo.

— Desde quando vocês são próximos assim? — o sorriso malicioso dele aumentou e imediatamente quis socar seu rosto.

— Desde nunca, eca. — fiz careta antes de depositar um peteleco no braço de meu irmão. — Ele ficou aqui pelas circunstâncias infelizes. Nada demais.

Sinto uma pontada no peito toda vez que nego meus sentimentos pelo idiota cujo nome é Kerem. E odeio pensar que talvez eles estejam mais fortes do que eu gostaria de admitir.

— Você sabe que não há problemas em admitir que está gostando del...

— Eu não gosto dele. Como pode dizer isso? — confesso que estou desesperada para provar que odeio aquele ogro dos olhos mais lindos que já vi. — Consegue me imaginar namorando aquele cretino? Prefiro parar de atuar e nunca mais pisar em um palco outra vez.

— Se você está dizendo. — Aslam ergueu as mãos em rendição, mas sei que ele não vai mais me deixar em paz. — Só quero que saiba que reprimir sentimentos é mais doloroso do que aceitá-los de fato, pense nisso, Esme.

Queria que as coisas fossem tão fáceis quanto as palavras que soltamos. Queria poder ser livre para fazer o que quisesse, por mais que isso significasse um arrependimento profundo no minuto seguinte.

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⏰ Última atualização: Jul 20 ⏰

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𝐄𝐍𝐄𝐌𝐈𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄     ̶  ̶   love 101Onde histórias criam vida. Descubra agora