13. nós dois

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1998

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1998

CERTA VEZ LI EM UM LIVRO QUALQUER que as pessoas que puxam conversa sobre se chove ou não chove jamais poderão ir para o céu, pois lá sempre faz tempo bom.

Isso me fez pensar. Será que não estou destinada ao céu por simplesmente apreciar a chuva? Sua vivacidade molhada e refrescante? Ao mesmo tempo em que seu barulho calmo e acolhedor ilumina minha mente?

A falsa crença sobre a chuva me faz revirar os olhos com força suficiente para vislumbrar os mistérios de meu cérebro.

Pois, agora, estou em baixo de um dilúvio — juntamente com Sinan — a fim de provarmos nosso ponto de vista para Isik.

Talvez nós dois não sejamos dignos de ir para o céu.

No qual diz que o namorado da professora Burcu é um completo babaca.

— Você está pálida. — Sinan diz ao olhar para mim.

Ele está com a fina camiseta do colégio encharcada, assim como a minha. A água molha nossos cabelos e nos deixa com um ar melancólico.

Sinto frio, por isso, coloco as mãos em volta dos braços em um tentativa inútil de me aquecer.

— Eu tô bem. — rebato tentando parecer descontraída. — O doente aqui é você, Sinan.

— Eu não sou doente, só tenho a imunidade baixa. — ele respondeu com um leve sorriso.

— Isso é a mesma coisa. — olho para a nossa frente e avisto nosso alvo do dia, o professor Kemal. — Ele está lá, vamos.

E assim nos aproximamos em passos largos até nosso professor de educação física, estranhamente bonito. De início, ele nos encara como se fôssemos dois burros por estarmos na chuva intensa.

Na verdade, acho que não estamos muito longe de ser. Pois só estamos aqui para provar uma hipótese que nem pode ser verdadeira.

— Olá professor Kemal, a professora Burcu pediu para nós esperarmos por ela.

— Nós três? — Kemal nos encara desconfiado. — Por quê?

— Não sabemos, ela só pediu para você esperar com a gente. — forcei um sorriso simpático.

Vi a expressão dele mudar, como se soubesse o assunto do qual Burcu gostaria de conversar com ele, mas não entendesse o motivo de dois alunos estarem presentes.

Kemal queria falar com Burcu, e isso era o trunfo que precisávamos para não sermos expulsos do colégio assim que a professora fosse transferida.

— Vocês são idiotas? Vão congelar nessa chuva. — Kemal suspirou antes de entregar sua linda jaqueta para Sinan e seu guarda-chuva para mim.

— Desse jeito você vai ficar na chuva, professor. — constatei o óbvio. — Podemos ficar todos em baixo do guarda-chuva.

𝐄𝐍𝐄𝐌𝐈𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄     ̶  ̶   love 101Onde histórias criam vida. Descubra agora