12. escolha difícil

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1998

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1998

CERTA VEZ LI EM UM LIVRO QUALQUER que o amor é como a guerra, fácil de começar e muito difícil de terminar.

Espero que isso não seja verdade, pois temos que acabar com o namoro da professora Burcu antes que ela se envolva cada vez mais com o homem que vimos buscá-la no colégio.

Assim que vesti minha saia xadrez e minha camisa social branca — não sei onde está minha gravata —, abri a porta de casa e me deparei com um céu chuvoso e enevoado.

Adoro esse clima.

— Ainda bem que o ginásio tem telhado. — Aslam disse atrás de mim enquanto observávamos a chuva lá fora.

Ele vai treinar no ginásio da cidade hoje e amanhã, as eliminatórias estão chegando e tenho certeza de que eles serão campeões. Afinal, As é o capitão.

— Sorte sua. — fechei a porta e fui em busca de meu guarda-chuva.

Eu poderia ficar em casa hoje e matar aula como qualquer estudante comum, mas tenho certeza de que Necdet adoraria ter um pretexto a mais para me levar a conselho.

Segundo ele eu sou um desperdício de espaço. Se é isso o que ele pensa fico feliz em fazer o possível para atormentá-lo, começando com o prazer da minha presença.

— Pode me ligar se acontecer alguma coisa. — ele falou enquanto terminava de tomar seu café. — Qualquer coisa.

— Até se eu precisar de um esmalte novo? — brinquei.

— Eu quis dizer se acontecer alguma coisa importante.

Olhei indignada para ele como se estivesse realmente com os sentimentos feridos.

— Isso é importante. — abri a porta novamente após lhe dar um beijo na bochecha. — Seu insensível.

A chuva está caindo como lindas gotículas cristalizadas, é relaxante e... lindo. Com muito esforço saio de casa e caminho em direção ao colégio.

[...]

Assim que cheguei na escola fui puxada por Eda para uma sala deserta, exceto por nosso pessoal.

— Por que demorou tanto? — Eda perguntou enquanto subíamos as escadas.

— Eu não tenho um motorista particular como você, gata. — pisquei em sua direção.

Somos tão diferentes. Eda pode ter tudo o que quer na palma de sua mão, basta um estalar de dedos. Eu, por outro lado, tenho que lutar por cada mínimo espaço conquistado.

Não estou dizendo que a vida dela é fácil, sei que Eda enfrenta seus próprios problemas, e é isso que me faz gostar dela. Sinto que poderíamos ter sido grandes amigas no passado.

𝐄𝐍𝐄𝐌𝐈𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄     ̶  ̶   love 101Onde histórias criam vida. Descubra agora