Nossa, como eu queria acabar com esta cor. Como eu queria que ela deixasse de existir. Seu cheiro podre e seus alardes constantes me fazem sempre andar atribulado pelos cantos.
Se alguém me dissesse que tal cor não existia, eu faria um banquete real para o herói que ali estaria.
Não, não me serve essa cor. Nada dela me faz bem, e parece que a noite se intensifica. Como pode na escuridão sua cor ser enaltecida?
Por favor, afaste-a de mim tal cor sombria. Eu a vejo sempre me alertando, eu a vejo sempre implorando por toda minha vida. Onde está a borracha para que eu possa a apagar? Ou será que aos meus olhos terei que cegar?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vozes
PuisiEntre poemas e contos, espero que você encontre um lugar que externalize a sua ansiedade. Quando escrevi, eu queria muito dar voz - por isso o nome - as inquietações que vivi e ouvi de outras pessoas porque parece que a ansiedade é um mistério que g...