YOU TASTED {BOOKSMUT L.S.}

monnaie.

"Onde Harry Styles é dado a Louis Tomlinson como moeda de garantia entre a máfia italiana e a francesa".

{harry!bottom; louis!tops; harry!italiano; louis!francês; máfia; sadismo (leve); hoplofilia; raptofilia; salirofilia; desuso de preservativo; sexo gay}.

HARRY STYLES'
POINT OF THE VIEW.

Meus olhos corriam por cada rosto presente na enorme sala de reunião do meu pai. Alguns eram conhecidos por mim, outros já nem tanto. Os sotaques se misturavam e em alguns momentos se tornava difícil entender palavras longas por conta do timbre marcado e francês que escorregava pela boca de alguns ali presente.

Meu pai entretanto parecia lidar bem com tudo isso, seu sorriso presunçoso escondido parcialmente pelo seu bigode marrom e cinza aparecia a cada aperto de mão que ele trocava.

Eu não costumava acompanhar o meu pai em suas reuniões sujas, antes de mim Henri mexia com toda essa podridão que era os negócios do nosso pai e meu irmão se saia muito bem com isso, talvez por conta da sua personalidade ser tão escrota quanto a do mais velho da família. Mas, desde que viajou a negócios para tentar resolver alguma merda que fedia por debaixo dos panos, não tivemos mais notícias dele e logo fará oito meses desde a última mensagem enviada por Henri.

Na melhora das hipóteses, Henri estaria morto, na pior delas ele estaria sendo mantido sobre o comando de algum inimigo de nosso pai, esse que tremia da cabeça aos pés em pensar que o seu filho considerado seu braço direito estava sendo mantido em cárcere, mas não pela tortura e sim pela possibilidade do meu irmão abrir a boca.

Eu sabia que eu era um estorvo pro meu pai, eu não sabia comandar como ele gostaria, eu não era o Henri. Meu pai sempre me encarava da cabeça aos pés cada vez que eu entrava na sala de reunião, me sentando em seu lado, ele odiava que eu ficasse ali, não era meu lugar, era de meu irmão mais velho, mas pouca coisa ele poderia fazer ao se seguir a linha de sucessão.

Quer dizer, Henri não era o filho mais velho de meu pai, antes de nós dois, meu pai teve dois outros casamento, onde no segundo casamento foram somente filhas mulheres, que meu pai fazia questão de manter o mais longe que todo seu machismo e sexismo permitiam, mas, o mais pesaroso para ele era falar que sua ex-esposa do primeiro casamento, a mãe de seu primeiro filho homem, morreu durante o parto e anos depois, seu primogênito adolescente fugiu de casa pois, segundo o que meu pai e os outros dizem, ele havia se apaixonado por uma prostitua e decidiu fugir para viver o seu romance com ela. Ninguém sabe até onde isso é verdade ou deixa de ser, não que alguém se importe afinal isso aconteceu há longos vinte e cinco anos.

Meus olhos foram atraídos para uma figura imponente sentada nas cadeiras mais distantes da enorme mesa de carvalho, eu já havia o visto em outras reuniões, mas ele pouco falava. Observei como seus dedos deslizavam sobre seu anel de prata que estava em seu dedo mindinho, o outro observava cada palavra que saia da boca do meu pai, ele o analisava como um predador, por outro lado meu pai parecia o cervo prestes a ser atacado.

A figura imponente se levantou sendo seguido por mais quatro homens que se colocaram em seu lado, provavelmente seus guarda-costas, apoiando ambas as suas mãos contra a madeira, o outro inclinou o seu tronco para frente, seus olhos azuis continuavam a analisar o meu pai friamente.

E em um momento todos naquela sala de reunião se calaram.

Eu conseguia ver como alguns pomos de Adão subiam e desciam conforme engoliam seco, era notável o quão tenso todos se tornaram. A pose do outro era invejável e inabalável, nem se comparando a do meu pai que mesmo tentando não conseguia sustentar a mesma postura.