cry baby.

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"Onde Louis Tomlinson é guarda costa de Harry Styles, filho do dono do cartel mais influente da Suíça, e começa a duvidar da sua própria sanidade quando o cacheado chorão começa a se insinuar para ele."

{harry!bottom; louis!tops; louis!dom; diferença de idades; desuso de preservativo; shibari (leve); negação de orgasmo; sexo gay}.

LOUIS TOMLINSON's
POINT OF THE VIEW.

Desde sempre eu fui treinado para ser o que eu sou. Enquanto as crianças da minha idade se formavam no ensino fundamental, depois no médio e finalizavam a faculdade, eu era moldado de outra forma.

O meu primeiro tiro foi dado quando eu completei onze anos, minha primeira escolta aos dezesseis e aos dezoito recém completos fui designado como o guarda costa do primogênito dos Styles.

Sendo considerado uma maldição familiar ou algo do tipo pra quem olhasse de fora, minha família toda pertencia ao cartel dos Styles. Obviamente era um dos trabalhos mais arriscados, mas ainda sim eu adorava, isso se dava por talvez não saber fazer outra coisa além disso.

Mas, agora eu estava cogitando que essa adoração estava se tornando ódio, porra, e eu ainda queria entender em que momento eu fui rebaixado e levado ao nível de babá.

Observei um amontoado de cachos marrons sacudirem assim como os ombros largos por debaixo o terno rosa bordado, os soluços escapavam constantemente pelos lábios cheios e avermelhados. Apertei meu pulso tentando inutilmente bloquear o som das lamúrias de garoto chorão mais à frente.

Harry Styles estava chorando a quase duas horas ininterruptas.

Apoiando a sua bochecha vermelha e molhada em seu pulso, o cacheado lidava de forma muito ruim e exagerada com o seu primeiro término.

Eu podia considerar como ossos do ofício o tanto que eu me tornei observador com o mais novo dos Styles. Eu sabia ele havia terminado o seu relacionamento estranho de dois anos. Ele não, na verdade o cara havia terminado por ligação e pela forma como o sorriso grande e de covinhas de Harry se transformaram em sobrancelhas franzidas e xingamentos, que vazavam da sua boca na mesma velocidade que as suas lágrimas por suas bochechas, deixava claro pra mim que ele não esperava por isso.

Eu estou sendo o guarda de Harry desde que ele foi apresentando ao conselho com seus doze anos recém completos e começou a frequentar as reuniões semestrais.

Eu acompanhei de perto e vi o cacheado sair de um garoto assustado com olhos verdes redondos para um adolescente que começou a trocar beijos escondidos durante as reuniões, que trocou os ternos de cores comuns por ternos coloridos, floridos e justos demais assim que completou os seus dezessete anos e em seguida começou a se interessar por unhas pintadas, maquiagens leves e por meninos.

E agora quase dez anos após o Harry de doze anos ter me perguntado se eu ficaria com ele a todo momento, até mesmo quando ele chorasse, eu entendi que me tornei babá há anos atrás.

Suspirei olhando para o relógio em meu pulso. Faltavam apenas trinta minutos para que o meu turno acabasse e eu pudesse tomar um banho e me livrar das lamúrias do Styles.

Quando Harry estava acordado, eu precisava estar e isso era durante seis dias por semana. Havia apenas uma única folga por semana, era raro ter mais do que uma, férias eram a cada seis meses, mas não me lembro a única vez que fiquei afastado da mansão do Styles.

E então quando Harry iria para a cama, outro guarda ocupava o meu posto e eu podia finalmente descansar até que ele acordasse novamente.

Mas, Harry estava dificultando o meu trabalho hoje. O cacheado tinha uma rotina ótima e regrada, poucas vezes eu o vi fazendo diferente. Ele ia para a cama às dez horas da noite e acordava sempre às seis da manhã, mas não hoje. Hoje ele acredita que ficar no bar da sua mansão depois das nove e meia da noite é uma ótima pedida para uma terça-feira.

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