WE DANCE IN THE DARK OF NIGHT (Livro I)

CAPÍTULO 03 - ᴜɴᴋɴᴏᴡɴ

ᴄᴀʟɪғóʀɴɪᴀ | 4 ᴀɴᴏs ᴀᴛʀás
Sexta-feira

LEONITA O'BRIEN

Mais um dia sozinha, isolada naquela sala de aula enorme. Eu já deveria ter me acostumado com isso, sempre fui sozinha, agora seria diferente?

As aulas mal começou, e eu já quero férias. Pelo menos os professores são bons, explicam bem, por um lado.

O problema sou eu. Não consegui interragir com ninguém, além de Kayo.

Tem tantas garotas na minha sala. Porém, nenhuma delas vai com a minha cara. Tento ser simpática, mas não adianta muita coisa. Então, o melhor é ficar sozinha. Por um curto período de tempo.

Espero conseguir interagir com alguém, até o final do ano. Tento não ficar pensando nisto. Mas, sempre fica martelando em minha mente.

Na intenção de não ficar com pensamentos negativos, resolvi fazer as minhas atividades, enquanto o professor não chega.

Por um pequeno descuido meu, deixei a minha caneta cair no chão.

- Merda! - me abaixei tentando pegar a caneta.

Com um pouquinho de esforço consegui pegar a caneta. Assim que a peguei, ergui a minha cabeça, logo o meu olhar se fixou totalmente em um rosto reconhecido por mim.

Era ele. O mesmo garoto que vi na segunda, agora pude o ver com clareza.

Me recordo bem, daqueles olhos. Que chamam minha atenção de forma inexplicável.

O jeito, que me perco em seus olhos cor de mel misteriosos. A curiosidade que bate em mim, tentando sempre decifrar o que ele escondia.

Mas, me arrependo de ter tentado o decifrar. Porque, eu encontrei a resposta. Porém, ela não era nada boa.

Eu havia o encontrado novamente. Ele estava bem ali, em um ângulo que eu podia totalmente o ver, por completo. Observa-lo, sem ele perceber a minha presença. Afinal, eu era praticamente invisível naquela sala.

Era o que eu pensava.

Ele se encontrava na mesma turma que a minha. Aquilo era só uma pequena coincidência? Ou era o destino me pregando peças?

De alguma forma, a sua beleza peculiar me chama muita atenção. Era como se ele conseguisse me puxar, de uma forma intensa e sobrenatural, em meio todos aqueles alunos.

Em questão de segundos, fui tirada de meus pensamentos. O moreno, havia me notado em meio todas aquelas meninas. Que se encontrava ao seu redor.

Nesse exato momento, ele estava me encarando. Olhando no fundo de meus olhos.

Senti o nervosismo percorrer por todo o meu corpo. Nossos olhares haviam se encontrado. Só consegui sentir o clima tenso entre nós. Nenhum dos dois desviou o olhar, continuávamos nos encarando, como se os nossos olhares conversassem.

Aquela troca de olhares que ocorreu acidentalmente. A troca de olhares, que causa agitação, arrepios, que acelera o coração de forma surpreendente.

Por mim, eu passaria o dia todo ali. olhando para ele feito uma boba.

Tive a certeza, eu estava no local certo, na hora certa. Mas, não com a pessoa certa.

- Ei! - o chamou. - O que foi? - perguntou, logo olhando em minha direção.