Parceiro

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Oieee!! Crises vão, crises vem, mas eu volto! Esse capítulo é inspirado em séries policiais porque eu simplesmente AMO! Tipo b99, Lúcifer etc etc... Vou tentar trazer uma vibe mais séria mesmo, menos da parte de comédia, mas ainda ter essa parte. Que ódio 😭 enfim, aproveitem e espero que gostem!!!

Martín tomava uma bebida amarga e forte, escorado no balcão velho de um bar. Não fazia seu estilo, mas não queria tirar a parte do seu disfarce que mostrava ser um cara frio e machão. Seu trabalho quase nunca requeria disfarces, mas ele tinha que admitir que adorava. Era uma adrenalina deliciosa, como quase toda parte de ser policial.

Olhou para os lados do local que há uma semana havia sido o último lugar onde Gilberto Soares tinha sido visto antes de morrer. Era seu atual caso, um homem que foi assassinado em seu carro sem sinal de luta ou arrombamento do veículo. O problema era que os suspeitos eram conhecidos por serem um tanto quanto complicados com a polícia, por isso o disfarce era necessário.

Depois de uma última pessoa sair, sobraram apenas ele e o bartender, um homem que parecia ser da sua idade.

– Procurando por alguém? – perguntou de repente. – Está aqui a bastante tempo, esperando?

– Ah, não, só aproveitando minha própria companhia. – Se apedrejou pelas falas melancólicas, isso com certeza não era machão.

O homem riu um pouco, voltando a secar copos. Martín se levantou e andou até o banheiro do bar, continuando a observar os detalhes do local, procurando pistas de longe. Procurou nas cabines por sinais de sangue, nada. Voltou a pia, estava escuro demais para ver algo, procurou o celular no bolso, mas ouviu passos antes.

Tinha apenas uma luz amarela fraca em cima de cada cabine e uma central acima dos espelhos, mas esta estava quebrada. Ficou paralisado, tentando ouvir o que aconteceria em seguida. Nada, nenhum passo a mais. Sua mão estava na cintura, apertando o revólver escondido no cinto.

Sentiu uma mão no ombro, se virando rapidamente, tirou a arma do cinto e apontou para o possível agressor. Tentou virá-lo para o imobilizar na pia, mas o sujeito levantou o celular com a lanterna ligada e riu.

– Seu boludo de mierda! Está louco?! – gritou com o moreno.

Luciano, também conhecido como Brasil, era o policial mais irritante e inadequado que ele já havia conhecido. Trabalhavam junto há cinco anos e sempre eram vistos brigando um com o outro.

– Foi mal. Te assustei, loirinho?

– Eu podia ter te dado um tiro! Quer saber?! Eu queria muito que eu tivesse tido tempo pra isso!

– Não queria não, laranja não é a sua cor. – Fez referência à cor dos uniformes da prisão.

– O que caralhos você tá fazendo aqui, Brasil?

– O mesmo que você. Trabalhando.

– Esse caso é meu.

– Nosso – falou com um sorriso malandro. – Sou seu mais novo parceiro, corazón.

– Não!

– Sim!

Martín continuou murmurando negações enquanto saia do banheiro, andando rápido até o balcão onde estava antes. Luciano respirou fundo e seguiu o loiro, estava se segurando para não se irritar tão cedo. Era um cara brincalhão, que não levava nada a sério, mas ele... ele o fazia querer dar tiros pra cima.

Se sentou ao seu lado, pedindo um copo de whisky. Ficou encarando o loiro, a cabeça apoiada na mão, esperando ele falar algo.

– Qual é, não é como se já não tivéssemos trabalhados juntos no mesmo caso antes – perdeu a paciência. – Vai ser rápido, prometo.

One Shots BraargOnde histórias criam vida. Descubra agora