One Shots Braarg

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Oii!!! Eu falei que ia trazer uma mais tristinha, não falei?? Eu demorei um pouco, eu sei (três semanas SOS), mas cheguei aqui com essa! É que eu sempre vejo eles como esse casal lindo, muitas brigas, mas nada sério, então foi um pouco difícil pensar em alguma coisa realmente triste que poderia acontecer entre eles, sabe? Eu preferi focar aqui na saúde mental e ex relacionamentos do Ticho, porque nas fics a gente acaba sempre colocando ele com esses problemas, né. Enfim, aproveite a leitura...

ESSA ONE VAI TRATAR UM POUCO SOBRE: transtorno alimentar, autoestima baixa, relacionamentos tóxicos, violência, suicídio e abuso s*xual (não necessariamente nessa ordem). Então se você não se sentir confortável com isso, tenta passar quando notar que vai aparecer nas cenas! Não se force, eu tenho outras histórias mais bonitinhas, você não vai ficar prejudicado!

O amor é uma coisa estranha de se pensar, de se sentir. Martín sempre achou que ninguém conseguiria um dia amá-lo por completo, que ninguém poderia vê-lo e pensar "É com ele que quero me casar!" e nada no mundo poderia convencê-lo do contrário. Nem ninguém. E olha que tentaram. Uma pessoa tentou, na verdade, a pessoa que ele menos esperava. Luciano. Brasil, para os mais próximos. Francis sempre brincou sobre os dois, mas não era verdade, nada real.

- Martín, querido - seu namorado chamou-o.

O loiro podia não acreditar que alguém o amaria por completo, mas com Chile parecia que... ao menos uma parte, ao menos um pouco, era possível. Não, Chile não era o problema, ele demonstrava amor por Martín, mas... por que nunca parecia o suficiente?

- ¿Sí?

- Vai sair com aquele seu amigo de novo? - perguntou.

O loiro não soube, a princípio, de qual deles ele estava falando, depois que entendeu preferiu não saber. Não era surpresa que Chile era um tantinho ciumento, mas Tina também era, então qual seria o problema? Luciano era o problema? Os dois tinham uma amizade estranha, no início se odiavam demais, agora eram um tipo de amigos que se ofendem. Ver os dois brigando, depois caindo na risada era muito comum. Só que as risadas, que acabavam levando a um pedido de desculpas, também levavam a um toque. Um abraço, um beijo carinhoso no topo da cabeça, um segurar de mãos. Seu namorado odiava isso.

- Luci? - Ele afirmou. - É o aniversário dele - riu. - Mas não vai ser nada demais, nenhuma festa, só uma reunião com nossos amigos mais próximos...

- Por um tempo, eu achei que fosse um desses amigos mais próximos - murmurou, irritado.

No início, Chile tinha se tornado parte do grupo, mas os outros não gostavam de seu jeito meio possessivo e ele não gostava de como todos faziam brincadeiras demais. Depois que ele e Luciano se meteram em um briga, ele nunca mais voltou a sair junto com o resto do grupo. Martín também adquiriu certa fobia social, mesmo com os melhores amigos, depois daquele dia. A briga havia sido por conta dele, afinal. Chile acusou o Brasil de estar dando em cima de Martín (ele realmente estava, em uma de suas brincadeiras, mas não era de verdade, ele tinha muito respeito pelos dois), este se defendeu, então os dois saíram na mão.

Luciano saiu mais machucado naquela vez, mas não porque Chile era mais forte, porque preferiu mostrar a Martín qual dos dois estava se segurando e qual estava realmente indo pra cima.

- Me desculpa, Luciano, por favor, me desculpa - implorava em sua casa quando a noite caiu. - Ele não é violento, só...

- Olha, não fala dele, por favor - pediu. - Martín, você merece alguém melhor, sabe disso. Eu não posso ser a pessoa a te tirar da foça, você tem que sair sozinho.

- Eu posso até merecer alguém melhor, mas nunca vou achar! - confessou o que sentia. - Se ninguém pode me amar por completo, que eu fique com alguém que me ame pelo menos um pouco!