Oi, queridos leitores!! E lá vamos nós com mais uma triste. Esse cap foi inspirado na música Casual da Chappell Roan, então já podem saber o que os aguarda. Mas sem a parte de se gabar pros amigos e ser um escroto, só insegurança mesmo. Se nunca ouviu, não vai dificultar o entendimento, mas eu sugiro, é genial e ajuda na experiência. Espero que gostem, lembrem de engajar!!!
[POSSÍVEIS GATILHOS: homofobia, agressão, insegurança, family issues, falas de baixo calão, citações de relações sexuais sem o mínimo de explicidade]
Martín se questionava o que seus pais achariam daquilo. Ele sempre fazia isso, era como se mantinha na linha. Aquilo, nesse contexto, era como estava pressionado contra a parede de um corredor vazio da sua faculdade. Pressionado por ele. Seus lábios nos dele. Ele era o ponto que o preocupava. Luciano da Silva. O cara que ele mais odiava na vida toda, mas também o que mais queria por perto.
O jeito como o brasileiro o domava com as mãos em sua cintura, como o deixava tão rendido. Era irritante e errado. Por que soava tão certo?
– Você é um perdedor – Francis riu.
De repente, não estavam mais no corredor, na parede, seus lábios não estavam nos do moreno. Era para ele mesmo que Francis dizia.
– O quê? Por quê? – questionou.
– Por ainda estar por aí – disse. – Achei que vocês dois já estivesse, sabe, juntos de verdade.
– Vocês dois? – questionou perdido.
O francês o fez seguir o olhar até argentino. Martín revirou os olhos, visivelmente estressado.
– Você está ficando maluco – disse.
– Aham, claro, nem eu acredito que vocês não têm nada – Catalina se meteu.
– Vou pra sala. – Argentina se levantou e saiu andando sem olhar para trás.
– O que deu nele?
– Nada! Vou só... ver se ele tá bem – Luciano disse, indo atrás do loiro. – Martín! – Nenhuma resposta.
Havia uma semana que não havia nenhuma resposta. Desde que se beijaram no corredor, bêbados e eufóricos, contando um segredo feio.
– Corazón!
– Não me chama assim! – pediu, se virando para encará-lo.
– Não pode fugir pra sempre.
– Eu posso sim, acredite.
– Eu não estou pedindo pra que você case comigo!
– Que bom que não - rebateu.
– Eu só quero saber o que você sente.
– Quer mesmo? – Luciano afirmou. – Nada, não sinto nada por você. Nem ódio, não mais, você é insignificante pra mim.
– Isso é o que você sente ou o que quer sentir? – pressionou. O argentino não respondeu. – Olha nos meus olhos e fala que não sentiu nada e nem vai.
– Eu não... – Tentou, mas não conseguia terminar a frase.
– Foi o que eu pensei.
Assim, em menos de cinco minutos, estavam numa sala vazia. Sempre em lugares vazios, escuros, sem uma alma de testemunha. Testemunha de um crime ou de um milagre? Não importava, ninguém poderia saber. Ninguém poderia saber dos arfares sôfregos do loiro quando a boca de Luciano descia por seu pescoço e tórax. Ninguém poderia saber de como suas bocas já se conheciam tão bem em tão pouco tempo. Seus corpos.
![](https://img.wattpad.com/cover/367677845-288-k585807.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
One Shots Braarg
Romansatítulo autoexplicativo, né ARTES E PERSONAGENS POR NIKKIYAN (ah e eu não uso twitter então espero poder mesmo usar essa imagem, se não puder, avisem pfv)