Advertência

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Uma dor de cabeça assustadora possuiu seu corpo quando abriu seus olhos, a parte de cima do lugar onde estava não era azul como o céu, presumiu então que não estava mais na quadra e sim na enfermaria. Alguém se importou em levá-lo?

Virou a cabeça para o lado sentindo a mesma doer absurdamente, era como um martelo batendo nela repetidas vezes. Sentado em uma cadeira, estava um garoto de cabelos pretos, seus olhos estavam fechados e sua borca semiaberta indicava que ele dormia profundamente, o aroma de canela ainda estava forte naquele ambiente e Luis respirou fundo aproveitando dele.

O ômega tentou se levantar, sentando-se na maca enquanto colocava a mão sobre sua têmpora e franzia o cenho em dor, um baixo barulho do seu movimento fez com que o alfa acordasse assustado e se levantasse bruscamente da cadeira de ferro e se aproximasse.

- Luh... Sente alguma dor? — Perguntou com preocupação evidente em sua voz.

- Minha cabeça parece querer explodir a qualquer momento. — Suspirou.

Daylan rapidamente foi até uma gaveta e pegou uma cartela de remédio, retirou um comprimido branco e entregou ao ômega, depois encheu um copo de água natural no bebedouro da sala e entregou.

O loirinho pôs o remédio amargo na boca e engoliu com o auxílio da água, ele colocou o copo no criado-mudo ao lado e olhou para o alfa preocupado.

- O que é? Nunca viu alguém desmaiar? — Perguntou.

- Já. — Respondeu. — Desculpe... tudo isso aconteceu por minha culpa. — Suspirou.

- Cala a boca e não se culpe. — Resmungou.  — Mas não quer dizer que você não foi um idiota.

- Desculpe...

- Onde estava com a cabeça pra me defender assim ein? Sabe que não vou me rebaixar para pessoas desse tipo! O que você fez foi pura idiotisse, não faça mais isso. — Repreendeu e deu um soco fraco no peitoral do alfa.

Lentamente o aroma de canela se suavizou e passou ser meio amargo, Luis olhou o alfa que estava com a cabeça baixa e piscou algumas vezes sentindo-se estranho.

- Daylan? — Chamou.

- Desculpe, isso não vai mais acontecer... — Falou com a voz embargada.

Ele se levantou e se virou, impossibilitando Luis de ver seu rosto, o alfa fungou e limpou o rosto discretamente enquanto caminhava em direção a um armário e voltou com um band-aid simples.

O ômega ficou em silêncio enquanto o alfa rasgava o plástico com delicadeza e retirava o curativo de outro papel, Daylan se aproximou e pôs o band-aid na testa de Luis com cuidado.

Neste momento, o loirinho observou bem o rosto do alfa, seus olhinhos castanhos brilhavam, suas bochechas estavam úmidas e a esquerda havia ficado inchada por causa do soco.

- Eu não vou vir amanhã, nem segunda e terça. — Falou cortando o silêncio. — Me desculpe.

- Pare de pedir tantas desculpas assim. — Respondeu. — Levou advertência?

- Sim. — Assentiu.

O moreno se afastou um pouco e o olhou ainda preocupado.

- Não vai ficar pra sempre, só feriu por conta da queda. — Analisou.

- Pelo menos meu rosto não vai ficar com uma cicatriz ridícula por conta de uma bola. — Suspirou aliviado.

- Não descobriram quem jogou a bola em você. — Lembrou. — Provavelmente foi alguém que estava atrás, mas tinha muita gente e ninguém se arriscou a dizer o culpado. 

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