Aberração

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Eles estavam num shopping sentados em uma das mesas do McDonald's esperando Crystal terminar o pedido e o pagamento, o silêncio reinava entre os garotos, que observavam o local como seu nunca tivessem pisado ali.

- Por que estamos em silêncio? — Daylan perguntou.

- Não estamos mais a partir do momento em que você abriu a boca.

- Oh, desculpe. — desviou o olhar.

O ômega suspirou disfarçadamente se sentindo incomodado e pisou no próprio orgulho tentando puxar assunto.

- Terminou de ler aquele livro infantil?

- Ah, ainda não. — negou. — Não tive tempo.

- Não teve tempo? O que você faz da vida? Tava sem aula esses últimos dias.

- Eu trabalho! Não sou desempregado. — revirou os olhos.

- Pensei que era um mendigo. — debochou.

- Pensou errado. — respondeu. Crystal chegou até a mesa e se sentou.

- Voltei garotos, pedi dois x-burguer, um hambúrguer comum, batata frita e guaraná.

- Obrigado Sra. Crystal.

- Pedi para que não me chamasse de senhora.

- Perdão. — coçou a nuca. — Crys.

- Crys é ótimo!

Os três começaram a conversar sobre coisas banais e sobre a universidade, Crystal perguntou sobre a mãe de  Daylan e pediu desculpas pela inconveniência, eles se conheceram mais um pouco até que chegou os pedidos. Luis pegou o seu x-burguer, assim como sua mãe e Daylan pegou seu hambúrguer.

- Então você trabalha com informática?

- É... Não é nada tão grande. — respondeu.

- Você deve ser bem inteligente.

Luis observou os dois conversarem como se sua existência fosse igual ao vento, invisível.

- Luh, veja como esse garoto é bom. — a mulher sussurrou.

- Nem inventa, tudo o que menos quero é alguém de grude comigo. — revirou os olhos.

- Eu juro garoto, que vou arrancar seus olhos. — reclamou.

Daylan riu baixinho e Luis o olhou mortalmente.

- Bem querido. — sorriu. — O que pensa sobre seu futuro?

- Ah. — Daylan coçou a nuca. — Eu quero comprar uma casa pra mim o quanto antes e me formar em administração.

- Oh, uma boa escolha! Vai tomar o rumo do seu pai. — p alfa assentiu um pouco desconfortável e bebeu um pouco do refri. — Luis quer ser o quê? — olhou para o loirinho.

- Rico. — deu de ombros e sua mãe revirou os olhos. — Tá, quero me formar em pedagogia. — disse simples.

- Nunca vou conseguir imaginar você sendo professor. — o alfa riu.

- Fica quieto. — rosnou baixo. Crys riu também.

- Filho, é capaz de você morder uma criança ou adolescente.

- É só falar que acontece! Vai dizer que os pais nunca fizeram isso?

- Eu nunca mordi você! — riu alto.

- Mas pode ser que exista alguém que já tenha feito isso. — feu de ombros.

- Diga não a Luis professor. — Daylan levantou o punho.

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