— Bom dia... — Crystal abriu a porta do quarto se deparando com uma cena que em sua visão era muito fofa. — Ai meu Deus...
A ômega sorriu sapeca e pegou seu celular registrando o momento. Luis estava abraçando Daylan, que fazia o mesmo e mantinha uma mão em seu cabelo, como se tivesse acariciado os fios loiros do menor a noite inteira.
Ela coçou a garganta e bateu palmas o mais alto que pôde, acordando apenas o alfa que murmurou e abriu os olhos assustado.
— Está tudo bem Daylan! — se aproximou. — Sou eu — sorriu.
— Bom dia... — sussurrou.
—.Bom dia querido! Levante e acorde Luis, Stella já preparou o café da manhã
— Tudo bem. — respondeu.
A ômega saiu do cômodo quase saltitando deixando os meninos a sós. Daylan ainda estava preso sobre o aperto de Luis, ele bocejou e se espreguiçou com cuidado pois suas costas ainda doía.
Havia sido uma noite calma e gostosa, o leve aroma que o ômega tinha, também o auxiliou a ter um bom sono e ele admitia que não estava nem um pouco afim de sair daquele conforto.
Luis tinha um rosto angelical, sua pele era macia como algodão e delicada como uma flor, os lábios vermelhinhos semiaberto e seus cílios eram grandes, o ômega respirava suavemente totalmente confortável em seu sono profundo.
Tudo nele chamava a atenção do alfa, não podia negar...
Após alguns minutos admirando o garoto dormir, que de fato parecia um anjo, Daylan se levantou com cuidado e foi até o banheiro, fez suas higienes utilizando uma escova nova que encontrou dentro da gaveta da pia. Voltou para o quarto e decidiu não acordar o garoto que parecia estar tendo um sonho bom.
O alfa desceu as escadas e foi para a cozinha, na mesa estava sentada uma menina loira, Crystal e uma linda mulher negra de cabelos cacheados.
— Bom dia. — disse, estranhando sua própria voz rouca.
A garota que deveria ser a tal 'Luanny' olhou para o alfa suspresa e sorriu para ele, seu feromônio foi liberado e o garoto sentiu o aroma de lavanda se misturar com o de mel.
— Bom dia! — respondeu sorridente.
— Luanny, controle-se. — Crystal disse ríspida, logo olhou para o outro a sua frente. — Sente-se meu querido.
Daylan assentiu, notou a expressão da garota mudar para uma séria e ele ignorou, sentando-se na cadeira e observando — um pouco constrangido — a outra mulher começar a servi-lo.
— Senhorita Crys...
— Pode me chamar de tia se quiser. — sorriu.
— Tia... — sorriu igualmente. — Muito obrigado por me trazer ontem, mais tarde irei me retirar.
— Oh meu amor, fique mais um pouco — pediu. — Cadê Luis?
— Deixei ele dormindo. — respondeu.
— Ele provavelmemte acordará por volta das dez. — disse.
— Que horas são? — arqueou as sobrancelhas.
— São oito e quatorze. — respondeu.
— Nossa, achei que acordaria mais tarde... — riu.
O aroma de pêssego pareceu ficar um pouco mais forte e Daylan respirou fundo disfarçadamente.
— Bom dia filhote! — Crystal acenou sorridente.
— Bom dia — o ômega se sentou na mesa e coçou os olhos.
— Bom dia. — o alfa respondeu.
Luis sentiu seu corpo se arrepiar ao escutar a voz rouca de Daylan, ele bocejou ignorando a própria reação e o encarou.
— Por que não me acordou?
— Você parecia estar em um sono tão bom e profundo, se eu acordei com o barulho da sua mãe como você acordaria comigo?
Luis ficou em silêncio. Não podia dizer que pensou coisas obscenas neste instante.
— Meu filhote, seu amigo acabou de dizer que vai embora daqui a pouco
— O que posso fazer? É o que ele quer. — deu de ombros.
A mulher revirou os olhos e negou com a cabeça levemente.
— Não queria que fosse tão cedo! — olhou feio para o loiro. — Fique até a hora do almoço meu bem.
— Não tia, não precisa. — sorriu.
— Precisa! Por favor... — sussurrou. Daylan riu baixo e assentiu devagar.
— Tudo bem, eu fico até o almoço.
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Os meninos passaram o dia conversando e jogando na sala de estar, não tinha muito o que fazer — dizia Luis — então esses foram um meio de entretenimento para eles.
No finalzinho da manhã, quase chegando ao meio dia, Luis chamou Daylan para irem até a piscina do seu quintal, ambos se sentaram na borda e deixaram apenas os pés dentro da água morna. Os lobos pareciam satisfeitos com aquela companhia adorável, mesmo em silêncio.
O leve aroma de pêssego ofuscava o ar, permitindo Daylan fechar seus olhos e respirar fundo para aproveitar daquele cheiro doce e gostoso. Luis notou a forma como o alfa sorria bobo de olhos fechados, então se virou para ele o observando com atenção.
— No que você está pensando? — perguntou com a voz baixa.
— No momento em nada, estou no meu mundo. — sorriu ainda de olhos fechados.
— No seu mundo é? — sorriu ladino. O alfa murmurou um sim e Luis olhou para a água novamente. — Como é o seu mundo? — se atreveu a perguntar.
— Como é o meu mundo? — desta vez, ele olhou para o ômega e desviou os olhos. — Nele há várias flores, é um campo onde tem várias margaridas. — sorriu fraco e voltou a fechar os olhos. — O céu tá sempre nublado, mas ainda dá pra ver o brilho do sol por trás das nuvens! Tem uma cerejeira enorme também, é onde eu sempre paro pra descansar.
O ômega observou como o garoto falava tudo abertamente e calmo, Daylan era realmente um alfa bastante diferenciado.
Por um momento, flashs do dia anterior veio de repente e ele não pôde deixar de ficar novamente desconfiado.
— Daylan — chamou.
— Sim?
— Por que você mentiu? Ainda não acredito que você foi assaltado. — Daylan abriu os olhos e se ajeitou, incomodado com a volta do assunto da noite anterior.
— Eu realmente fui vítima de assalto
— Ser assaltado, deixaria a pessoa assustada. Você estava chorando e desmaiou no carro.
O alfa liberou seus feromônios e respirou fundo.
— Luis por favor, vamos parar com esse tipo de pergunta, hm?
— Então você está mentindo. — cruzou os braços. Daylan se levantou com um pouco de dificuldade e olhou para o ômega de olhos azuis.
— Eu vou pra casa.
— Minha mãe pediu pra você ir depois do almoço — resmungou.
— Vou falar com ela, não tô com fome.
O alfa deixou Luis sozinho na beirada na piscina, o ômega franziu o cenho e deu de ombros, ele sabia que algo estava errado e não deixaria de investigar sobre isso.
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My Sunshine
Teen FictionDaylan e Luis🕊 DayLuh Está fic foi feita em homenagem a uma pessoa especial da autora. Foi criada a três anos atrás por mim e por ela, entretanto depois que perdemos o contato eu acabei esquecendo alguns detalhes dela, mas reescrevi a história com...