Daylan estava sentado em uma das mesas do grande refeitório comendo o seu lanche, que era dois sanduíches e uma limonada. Algumas garotas da sua sala vinheram se apresentar e ele sabia que era um começo de um flerte, pois seus feromônios estavam fortes e elas sorriam sem parar.
Mas ele não gostava de meninas.
Foi quando notou um grupo de garotas pertubando o pequeno ômega que conheceu mais tarde, só havia ele e três garotas naquela mesa e o loiro parecia desconfortável. Sem pensar muito, ele pegou a bandeja e foi até as meninas.
- Ômega ridículo, nem é uma garota! - Uma morena falou.
- Sabe que é nojento usar essas roupas e mesmo que todos odeie você continua com elas. - A ruiva revirou os olhos.
- Eu as uso porque me sinto confortável. - Falou seco. - Se você não gosta de me ver com elas, arranque seus olhos, puta. - O ômega rosnou baixo.
- Eu concordo com isto. - Daylan colocou a bandeja encima da mesa e cruzou os braços. - Deixem ele quieto. - Rosnou.
As meninas bufaram de raiva e sairam murmurando.
- Tudo bem? - Sorriu sem mostrar os dentes enquanto se sentava do outro lado.
Os feromônios do ômega estava forte por estar na defensiva, era um aroma bom de pêssego que combinava com ele.
- Estou com ferimentos? - Perguntou.
- Não. - Daylan franziu o cenho.
- Então eu estou bem. - Continuou lanchando.
- Oh. - Riu sem mostrar os dentes e assentiu. Luis o olhou e cerrou os olhos.
- O quê? Quer que eu agradeça por ter expulsado elas?
- Não? Como assim? - E mais uma vez se sentiu confuso.
- Por que ainda está aqui? - Perguntou sério.
- Porque eu quero. - Respondeu simples.
O ômega negou com a cabeça e esperou engolir o pedaço de sanduíche.
- Não sou um ômega qualquer que se você for bonzinho te oferece um boquete. - Sorriu irônico.
Daylan sentiu suas bochechas queimarem e ele desviou o olhar, Luis ficou impressionado pelo fato de um alfa dominante como ele ficar vermelho com uma palavra boba.
- Eu não quero isso! - Falou. - Eu apenas senti vontade de vir até aqui, faz mal?
- Não, mas se você quiser ter uma reputação boa, faz. - Deu de ombros e mordeu o pão.
O alfa riu nasal e negou, este ômega era diferente e engraçado.
- Eu não quero reputação, não preciso disso pra me sentir melhor. - Mordeu o pão.
O ômega de deu ombros novamente e olhou para as garotas que estava lhe importunando, elas falavam algo que não era possível identificar enquanto olhava para ele com raiva.
- Então por quê? - Cerrou os olhos ao voltar sua atenção para aquele alfa.
- "Por quê"? - Lembrou. - Oh! Oras, não tem motivo, gostei de você e quero tentar uma amizade. - Deu de ombros.
- Há mais de trezentos estudantes nessa universidade, você quer que eu, seja seu amigo? - Questionou.
- Mas você é difícil ein? - Suspirou.
- Se não gosta, dorme e não acorde mais. - Mordeu outra vez.
- Você tem uma língua afiada. - Soltou uma risada nasal.
- E você fala e pergunta coisas idiotas. - Respondeu.
- Tudo bem, vou tentar não fazer isso. - Levantou as mãos em rendição. - Descobri que você é líder da sala, pelo visto é um bom aluno.
- Apenas estudo, isso não é ser um bom aluno. - Bebeu o suco.
- Você é da família Monteiro não é? Aquela...
- Aquela mulher loira dos olhos azuis que é diretora de marketing e apareceu em várias entervistas. Sim. - Afastou a bandeja e cruzou os braços. - Eu não vou te dar dinheiro se é isso o que quer.
O alfa suspirou frustrado e passou a mão nos cabelos.
- Por que você fica na defensiva?
- Porquê qualquer gracinha que eu não gostar, eu posso me afastar de você sem problema nenhum.
- Eu não vou fazer nada. - Disse.
- Mas pode fazer futuramente, palavras são apenas palavras, nem todos cumprem o que diz ou promete. - Sorriu ladino.
- Mas eu não sou esse "nem todos". - Suspirou novamente. - Olhe, eu sou Daylan, me transferi de Miller's School para cá.
- O que quer que eu diga? - Arqueou uma sobrancelha.
- Quero que ouça, quero que me conheça e me permita te conhecer também. Acha que planejo algo contra você mas eu de fato só quero sua amizade. - Persistiu.
Luis revirou os olhos e respirou fundo, ele se ajeitou na cadeira o observou o alfa atentamente, como um sinal de que ele deveria prosseguir.
- Bom, eu não sou estudioso como você mas vou bem nas provas e atividades, tenho dificuldade em matemática e química.
- Sou ruim em história e educação física. - Continuou.
- Você é ruim em educação física?! - O alfa arregalou os olhos castanhos e Luis assentiu. - Quem diabos é ruim em educação física?
- Eu. - Levantou a mão. - Sou ruim tanto em teórica, como prática. - Lamentou. - Mas eu sou som bom em química e matemática. - Se gabou.
- E eu sou bom em educação física e história. - Afastou a bandeja ao terminar. - Mas você tira notas boas em todas as matérias, não?
- Tirou em quase todas, em EDF e história eu tiro notas médias. - Falou. - Mesmo assim, ainda estou no posto de líder. - Revirou os olhos.
- Isso não é bom? - Daylan perguntou.
- É bom quando você gosta de ser. Eu não gosto.
- Oh, entendi. - Assentiu.
O sinal tocou, fazendo Daylan resmungar. Eles levantaram e foram entregar as bandejas, depois caminharam juntos até a sala.
- Deixa eu sentar atrás de você? - O alfa perguntou.
- Tanto faz. - Respondeu e sentou no mesmo lugar que as primeiras aulas.
O alfa ignorou o jeito do garoto e apenas se sentou atrás dele, e assim passaram as aulas, conversando escondido do professor mesmo que Luis o respondesse com ignorância e cortasse assunto.
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My Sunshine
Novela JuvenilDaylan e Luis🕊 DayLuh Está fic foi feita em homenagem a uma pessoa especial da autora. Foi criada a três anos atrás por mim e por ela, entretanto depois que perdemos o contato eu acabei esquecendo alguns detalhes dela, mas reescrevi a história com...