Cadeira elétrica: Ryan Wayne.

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— Gotham City: mansão do Coringa às 7:00 Am—. Na sala aonde ficava a cadeira elétrica, Coringa estava fazendo os últimos ajustes, as mangas da sua blusa dobradas e ele sem o casaco. Preenchendo o cômodo tocava uma antiga música em um antigo gramofone vitrola, a melodia sendo calma mas com traços sombrios nela, um toque charmoso para quem gosta. O palhaço de um lado para o outro arrumando tudo, recebendo algumas ajudas de um pessoal com jaleco branco.

Amarrado com os pulsos presos na cadeira em amarras de couro, estava Ryan, tanto os pulsos como tornozelos fortemente pregos. Sabia que implora seria inútil, nada o faria muita de ideia tão fácil, sua vida estava sem salvação. Só restava esperar pelo pior vindo daquele insano,

— Pai... — Sussurrou baixo, não querendo alerta enquanto sentia os olhos marejados. — Desculpas... Eu—

Não consegui falar em meio as lágrimas que escorria, uma solitária descendo no outro olho. Coringa somente gargalhou achando patético, como aquela criança poderia ser tão miserável, um verdadeiro idiota sentimental. Um inútil. A cadeira elétrica possuía o dobro de energia de uma normal, isso porque o palhaço pediu para fazer uma assim, só para esse momento tão maravilhoso.

— Não seja tão patético.

Ele riu como um doente, sua expressão era sem remorso, achando graça da situação enquanto caminhava ao redor dele. Colocando a mão em seu ombro, curvando um pouco para sussurra em seu ouvido:

— Irei adorar saborear seu paizinho, fazê-lo gemer como uma cadela no cio. Logo ele fará parte da nossa pequena família... Talvez mais alguém.

Ryan arregalou os olhos com medo, memórias do passado vieram a sua mente, o desespero tomando de conta. Lembrava de quando era feliz, sem dor ou problema, sem seus irmãos e irmãs machucados por um lunático. Mas então ele sentiu, Coringa havia ligado e a energia percorria todo o seu corpo. Estava sendo eletrocutado como um prisioneiro, como um maldito criminoso. Seus gritos altos abafavam o som da música, quase chegando a ser endurecedor quando suas cordas vocais pareciam prestes a explodir! Sua pele na reagir da boca e olhos, formando bolhas pela enorme descarga, começando a explodir, assim como o seu próprio corpo tremendo freneticamente.

Coringa sentou em uma cadeira branca de ferro, ao lado uma mesa do mesmo jeito, e uma cadeira reserva. Na mesa em seu canto o gramofone vitrola tocando, rodeando alguns pratos de docinhos, e uma chaleira com chá de frutas vermelhas. Deu um gole no líquido morno em sua xícara de porcelana branca, com detalhes em ouro de folhas. Mesmo quando as bolhas no corpo do Ryan começou a explodir, ele se manteve indiferente com a situação, não importando com os pedaços e vestígios de sangue caindo pelos gatos. Um bom momento para tomar chá.

— Um tempo antes —. Nos braços do seu pai estava Ryan, o mesmo recebia carinho em seus fios negros, uma tentativa de mantê-lo calmo e aliviar a tensão. Bruce ainda se sentia meio estranho após ter voltado, estava tonto ou simplesmente não tinha uma boa condenação motora, sua mente deixava tudo confuso. Damian andava pela sala trancada, seguindo de um lado para o outro enquanto os outros estavam apenas deitados ou sentados. O cômodo tinha apenas duas camas de solteiro, um guarda-roupa, banheiro pequeno, janela com grades para impedir fugas, e paredes em cinza-escuro.

A raiva de Damian era perceptível, ele nem tentava esconder sua frustração em relação a morte deles, cada membro da família sendo executados como animais no matadouro. Um após o outro, mal tendo uma refeição decente e agora seu pai estranho. Ele aguentou o bastante naquele inferno, às noites mortalmente gélidas naquele lugar eram de enlouquecer qualquer um.

— Maldito seja aquele palhaço!!

Gritou em pura raiva, Damian não podia perder o juízo, mas estava a cada momento naquele lugar. Deu um soco com força na parede, ignorando o leve lantejo de dor que se fazia presente. Ryan tentava ser otimista, talvez isso que o levasse a sua tão triste morte. Ele tentou mesmo que falhamente; alegre os outros.

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