Capítulo 2

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— Preciso encontrá-la!

Viggo grita aos quatro ventos em sua base depois de revirar cada casa.

— Ela deve ter sido morta por aqueles dragões dos Cavaleiros ou um dos que estavam aqui — Ryker tenta convencê-lo — Precisamos ir atrás dos Cavaleiros para fazer uma revanche.

— Não antes de eu encontrar s/n.

Viggo deixou Ryker para trás e mandou alguns homens prepararem um barco. Ryker está mais furioso do que quando s/n estava na base. Ele devia tê-la matado com as próprias mãos e deixado o corpo largado em algum canto para Viggo encontrar e largar essa paixonite pela garota que é bem mais nova que ele. Não entende como o irmão pode se envolver com alguém dessa forma sendo que havia jurado lutar pelos ideais da família Grimborn.
Foi até o porto, onde Viggo esperava impacientemente montarem as velas.

— Viggo, você só vai perder tempo. Precisamos nos armar contra os Cavaleiros. Se eles perceberem que estamos com a guarda baixa vão pegar vantagem — o Grimborn caçula não mexeu um músculo — Ela deve estar morta, Viggo — ele o olhou por cima do ombro — O ataque foi violento. Ela pode já estar no fundo do mar descansando em paz.

Disse de forma fria. Viggo suspirou.

— Não quero pensar que ela morreu, Ryker. Eu a amo.

— Ama nada, Viggo, você gosta. Nós amamos a caça aos dragões. Monte o navio para caçar. Volte ao seu lugar e faça o que sabe fazer melh...

Viggo se virou rápido e agarrou o irmão pelo pescoço.

— Você não me dá ordens. Eu mando aqui. Lembre-se disso.

Ryker foi solto e massageou a garganta. Viggo deu as costas indo para casa. Por hora desistiu de ir atrás de s/n. Não quer pensar na possibilidade do irmão esteja certo, não quer pensar na ideia de s/n ter morrido. Entrou no quarto que dividiu noites com a garota e se sentou na cama alisando o travesseiro que ela usava para dormir. Cobriu o rosto com a mão esquerda respirando fundo para não chorar. Viggo não vai ser o mesmo depois dessa perda.

Patrulhando o mar, está Soluço e Astrid em um momento sozinhos.

— Atacamos há dois dias a base do Viggo, ele não vai estar por aí caçando de novo tão rápido.

Astrid diz sentir um certo cansaço por estar voando desde cedo em patrulha. Soluço ignora e continua voando. De longe, ele avistou algo no mar. Pegou a luneta e olhou o pequeno barco com uma vela à deriva.

— Tem certeza?

Jogou a luneta para Astrid conseguir ver. Enquanto ela olhava, Banguela já havia acelerado o voo e pousado no barco. Astrid pousou alguns segundo depois, desceu de Tempestade e observou Soluço mexer em algo na proa.

— Olha esses machucados. Parece ter sido um choque e tanto.

— Quem é ela?

Astrid observou a garota que continuava desacordada.

— Há quanto tempo será que ela está assim?

Soluço a virou para cima com intenção de pegá-la no colo para levar para o Domínio do dragão.

— Nem pensa nisso, Soluço — a loira disse ao perceber a intenção dele.

— Não podemos deixá-la aqui. E ela parece ser inofensiva. Não tem nem brasão na vela do barco.

Astrid olhou para a vela em branco.

— Ela pode ser uma ameaça.

— Se ela for, pode me responsabilizar.

A Senhora Grimborn - Imagine Viggo Grimborn - Como Treinar O Seu DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora