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E se eu... simplesmente fosse lá escondida ver o que eles tão aprontando? Dei um pequeno sorriso e pulei do banco indo até minha avó.

— Vovó, vovó! – Chamei pela mais velha que fazia um bolo de baunilha dentro da cozinha.

— O que houve, Pilar? – A mais velha perguntou a neta.

— Eu vou ir ali rapidinho e já volto pra te ajudar viu? – Avisei e antes mesmo que ela falasse algo, sai correndo, indo para fora da loja.

— Mas você prometeu.. – Ao se virar, a de cabelos brancos notou que já estava sozinha. — Pilar!

Sai da loja e caminhei em direção a casa abandonada, aquilo poderia dar muito errado pro meu lado caso eles me vissem mas iria arriscar desta vez.
Entrei bem devagarzinho no lugar porém vi apenas Adriano, era o único que ainda não tinha entrado na sala mas logo entrou também, caminhei na ponta dos pés e parei ao lado de um armário, eles estavam falando sobre um clube.. eles iriam fazer um clube? Um clube nessa casa? Várias dúvidas apareciam na minha cabeça mas ao ouvir a voz de Daniel falando "Clube dos Cuecas", tive certeza de tudo.

Eles iriam fazer um clube chamado Clube dos Cuecas na casa abandonada e só pelo nome, dava para saber que iriam excluir as meninas disso, o que era um absurdo mas já era de se esperar vindo desses selvagens como diz a Maria Joaquina, ela até tem razão quando fala isso!

Eu ainda ouvia as coisas que eles falavam, eles estavam jurando fidelidade ao clube dos cuecas e quando estavam comemorando, um barulho alto de vidros quebrando surgiu no lugar, na mesma hora, o silêncio reinou no lugar, eles estavam com medo, eles eram uns bobos mesmo, tava na cara que isso era coisa do Paulo e do Kokimoto, eles estavam querendo assustar os meninos e conseguiram ao fazer mais barulho. Rapidamente, me abaixei, me escondendo atrás do armário, conseguindo sentir os passos pesados dos quatro correndo para fora da casa.

— Mas são uns bobos mesmo.. – Sussurrei para mim mesma me levantando, já iria embora mas ao ouvir as risadas de satisfação da duplinha diabólica, não pude pensar em outra coisa a não ser vingar os outros de alguma forma.

Eles achavam aquilo engraçado mas será que se fosse com eles, eles iriam gostar? Bom, vamos testar agora. Me aproximei da porta, aproveitei a distração dos dois e corri para o outro lado, precisava ser rápida então, puxei uma das portas com tudo, fazendo um estrondo.. eles ficaram em silêncio porém, logo ouvi a voz do Kokimoto.

— Foi você que fez esse barulho? – O japonês perguntou pro amigo.

— Não.. foi você? – Paulo respondeu, ele parecia ser o que mais estava com medo.

— Não..

Assim que o Kokimoto afirmou que não foi ele quem fez aquele barulho, Paulo começou a gritar e desesperado, os dois saíram da casa.

— Como podem ser tão medrosos? – Falei finalmente soltando a risada que estava guardando para não me entregar.

Fiquei uns bons minutos ali sentada no chão rindo, minha barriga já estava começando a doer de tanto rir, aquilo tinha sido tão engraçado de se ver, quem diria que os pestinhas da escola tem medo de porta batendo, aiai, meninos..

[ . . . ]

A lua já brilhava no céu que de estrelado não tinha nada, havia poucas estrelas no céu, eu não entendia o porquê daquilo, na tv o céu é sempre tão estrelado que parece farinha espalhada mas pessoalmente, não é nada parecido!

Estava sentada na mesa jantando com os meus avós, estava comendo um prato de macarrão com molho de tomate, meu avô que tinha feito, o macarrão dele era o melhor do mundo inteirinho.

𝐌𝐄𝐔 𝐉𝐀𝐏𝐈𝐍𝐇𝐀 | 𝐊𝗼𝗸𝗶𝗺𝗼𝘁𝗼 𝐌𝗶𝘀𝗵𝗶𝗺𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora