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Estava sentada na minha carteira com a cabeça apoiada na mesa, toda lágrima que caía dos meus olhos, eu secava imediatamente, não gostava de sentir que estava chorando.

— Que droga.. – Murmurei secando as lágrimas.

— Esther, Esther! – A voz do Daniel ecoou pela sala me fazendo tomar um susto, ele entrou na sala correndo, totalmente eufórico. — Eu preciso da sua aj.. calma, você tá chorando?

— Claro que não, eu não choro! – Neguei passando a mão no rosto. — Diz logo, o que foi?

— A Valéria rasgou o caderno todo do Jaime, ele ficou todo triste e chorando lá no pátio. Vem me ajudar a falar com a professora Helena, por favor! – Daniel disse rapidamente.

— Eu sabia que isso ia dar errado.. – Balancei a cabeça negativamente me levantando.

— Vem logo, Esther! – Daniel exclamou e agarrou meu braço, começando a correr para fora da sala.

— Daniel, pelo amor de Deus, se acalma, menino! – Gritei tentando acompanhar os passos dele sem acabar caindo.

Quando chegamos na sala dos professores, Daniel abriu a porta com tudo me puxando pra dentro e demos de cara com a professora Helena, naquele momento, pensei que ela até iria brigar conosco mas não.

— Professora Helena! – Ele disse eufórico e apoiou suas em uma cadeira, fazendo a professora rir.

— Bom dia, crianças. Que afobação é essa? – A professora perguntou rindo.

— Professora, o Daniel vai me deixar louca, eu juro! – Disse me apoiando no menino, recuperando o fôlego.

— A gente precisa te dizer uma coisa antes de você escolher um de nós para cerimônia da bandeira! – Daniel explicou.

— Pode falar.

— O Jaime passou a noite toda passando o caderno a limpo.

— Que bom, fico feliz, Daniel. Mas porque não deixou que ele mesmo contasse essa boa notícia? – A mais velha sorriu contente.

— Mas aí vem o problema, professora. A Valéria pegou o caderno dele, ele pegou também aí eles começaram a puxar pro lado e pro outro, e quando viram, o caderno voou e foi todo pisoteado. – Expliquei a situação.

— Ah não.. – A professora murmurou chateada.

— Ficou muito pior do que era antes. – Daniel complementou.

— Obrigado, crianças. Vocês fizeram muito bem em me contar. – Ela agradeceu então eu e o Daniel sorrimos e quando estávamos quase saindo de sala, o menino voltou.

— Professora, o Jaime é o mais esforçado entre todos nós! Licença. – E finalmente o espertinho saiu da sala junto comigo.

[ . . . ]

Tinha acabado de encontrar todas as meninas reunidas, sentadas nos dois bancos ao lado das lixeiras de reciclagem.

— Oi, meninas. – Acenei me sentando ao lado da Marcelina.

— Tá tudo bem, Esther? Você sumiu.. – Valéria perguntou desconfiada, o que me fez pensar se meus olhos estavam inchados.

— Eu fui andar um pouco pela escola e depois fui fazer uma coisinha com o Daniel. – Olhei de canto de olho para Bibi que estava de pé, era impressão minha ou ela me olhava com uma cara feia?..

— Com o Daniel? – Valéria falou em um tom meio malicioso e todas as meninas fizeram um: " ihhh "

— Parem de pensar bobagens, não tem chances de eu e o Daniel ter algo! – Cruzei os braços revirando os olhos.

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⏰ Última atualização: Oct 04 ⏰

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𝐌𝐄𝐔 𝐉𝐀𝐏𝐈𝐍𝐇𝐀 | 𝐊𝗼𝗸𝗶𝗺𝗼𝘁𝗼 𝐌𝗶𝘀𝗵𝗶𝗺𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora