Do Ha-Na convive com a dor e a culpa de ter deixado seu amado naquela ilha, enquanto ele estava machucado, porém, ela sabia que só assim ela realmente conseguiria salvar ele da morte.
As coisas com seu tio não são fáceis, o inferno em sua vida pioro...
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O total de três anos se passaram desde que vi Mun pela última vez, minha vida se tornou uma desgraça desde então.
Suas últimas palavras direcionadas para mim a três anos atrás, ainda ecoavam na minha mente todos os dias, sinceramente, elas são minha única motivação para continuar me mantendo viva.
O desejo de reencontra-lo novamente a cada dia que passa fica mais forte.
Eu só estou aguentando passar por isso Mun, porque você existe.
Agora eu estou sentada no canto escuro, vazio, e frio do porão onde me deixam trancada todos os dias, eu havia ganhado a 23° cicatriz, já que eu recusei deixar eles me tocarem.
Todos os dias, diversos homens entram aqui apenas para; me dar comida duas vezes ao dia, me agredir e me abusar sexualmente.
Só que ninguém até hoje conseguiu me estrupar, eu nunca permiti, sempre lutei e me debati, e essa minha "ousadia", foi o motivo de eu ter ganhado cicatrizes.
Sempre que eu me recuso a fazer algo que eles querem, normalmente eles me agridem mais que o normal, porém, há casos como o de agora em que além de me baterem, ele me esfaqueiam.
Há algumas horas atrás, eu levei a 23° facada, dessa vez, esfaquearam minha coxa direita.
A porta do porão se abriu de imediato e um homem alto e gordo entrou segurando uma bandeja com um copo de água e arroz puro.
Ele colocou a bandeja no chão e se levantou, enfiando suas mãos no bolso da calça.
– Se você não fosse tão difícil, e fizesse menas cenas, você com certeza estaria comendo algo melhor enquanto te comemos.
Ele riu da minha cara e saiu do porão.
Eu olhei com desprezo para a bandeja e ignorei sua fala.
De fato eu havia emagrecido mais durante esses três anos, já que eu não estava comendo direito.
Passava a maior parte do dia trancada aqui, e quando não estou trancada, estou trabalhando como empregada.
Eu não sou a única mulher que está aqui a força, existem outras que são obrigadas a viverem aqui, assim como eu, mas diferente delas, eu não deixo eles me tocarem.
Elas recebem refeições decentes, entre outras coisas, só porque elas deixam que eles transem com elas.
Sinceramente, isso me dá nojo.
Prefiro morrer de fome do que deixar eles enfiarem aquela coisa nojenta dentro de mim.
Peguei o copo de água e o joguei no chão, fazendo com que ele se quebrasse.
Fechei os olhos com força e depois os abri, olhei para meu corpo e vi quantas cicatrizes horrorosas eu havia ganhado.
Eu sei que se não fosse por Mun, eu não estaria viva agora, eu já teria me matado a muito tempo, mas o que me garante que ele ainda vai me querer sendo que eu estou mais feia do que antes.
