Karolina Stevens

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Ela cravou suas garras no peitoral dele, que foi pego de surpresa com o ataque e grunhiu de dor, mesmo ferido, Alec agarrou seu pescoço, retirou a garra pálida com unhas grandes e imundas de dentro dele e a jogou contra a árvore.

Ela, de joelhos, começou a movimentar seu tronco para cima e para baixo como um ser louco e lunático e dava gemidos grotescos, olhando para o Alec.

– Oooh... Oooh... Oooh... – A mulher gemia com sons parecidos com o de um porco e começou a sorrir dele, de repente ela girou sua coluna, batendo a cabeça nas pernas e continuava rindo. Todos estavam paralisados de medo, nenhum ser conseguiria ficar naquela posição.

A mulher levantou as pernas e girou sua coluna de volta para o lugar, ficando em pé novamente de frente para o Alec, ele se posicionou esperando o ataque.

Ela deu um grito horrível desestabilizando todos, fazendo os ouvidos de alguns sangrarem.

O semblante de dor no Alec era mais perceptível, mas ele não baixou a guarda e continuou na posição de ataque, a mulher avançou nele e os dois começaram a lutar.

Era nítida a diferença de força, ele com certeza venceria se não estivesse ferido, por isso que aquela coisa o atacou, para ter vantagens.

Ele defendia seus ataques com os braços, em contrapartida dava socos e chutes, mas seus golpes estavam lentos e o Alec começou a se movimentar menos. A mulher começou a ter vantagens nos ataques. Paralisada no lugar, apertei as mãos com força, puxei a espada e saltei. A mulher estava com o braço esticado acertando-o no pescoço, mas antes que alcançasse sua pele, decapitei sua mão com a lâmina. Ela gritou de dor e mostrou seus dentes para mim. Em fração de segundos, fiz um movimento com as mãos, o reflexo da lâmina refletiu nossos rostos, acompanhado pelo som do aço afiado, até que tudo ficou em silêncio e a cabeça da mulher caiu ao lado ao seu corpo, já sem vida.

– Alec! – Passei seu braço em volta do meu pescoço, ele estava segurando a ferida que não parava de sangrar. – Por que não cicatriza? – Arregalei os olhos, apavorada. – Fo-foi no coração? – Sussurrei já com as lágrimas ameaçando jorrar pelo rosto.

Ele grunhiu de dor e caiu de joelhos.

– Alec, por favor, fica de pé! – Agarrei sua cintura tentando levantá-lo.

Meu desespero tomou de conta, minhas mãos tremiam, as lágrimas desciam sem permissão.

Era inútil tentar levantá-lo, perdi o controle, eu estava paralisada de medo, não sabia o que fazer, apenas fiquei ajoelhada na sua frente, agarrada na sua cintura com o queixo no seu ombro.

Ele vai morrer! Ele vai morrer!

Senti sua mão nas minhas costas fazendo movimentos para cima e para baixo. Alec estava me confortando.

– Tu-tudo bem, Karolina... – Ele murmurou. – Na-não foi no cora-ração. – Suspirei aliviada, segurei seu rosto e o olhei nos seus olhos. Ele estava sem cor, com os lábios roxos, suando, mas continuava acordado.

Funguei.

– Consegue se levantar? – Perguntei com a voz trêmula. Ele bancou a cabeça afirmando.

Escutei o Felipe e o Lucas correrem na nossa direção e me ajudou a levantá-lo.

Quando estávamos quase em pé, olhei para o lado e vi vários, dezenas daquelas criaturas sorrindo e caminhando em nossa direção.

Todos ficaram paralisados de medo.

– Tirem ele daqui agora! – Ordenei sussurrando sem tirar os olhos daqueles seres que se aproximavam. – Coloquem-no na minha carroça e mandem tocarem as trombetas! – Essas trombetas serviriam para avisar ao meu exército que estávamos sendo atacados, mas eu sabia que meus homens estavam exaustos da viagem, as criaturas começaram a nos encurralar.

Luz Dos Teus Olhos VermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora