Capítulo 09 - Anjos e Demônios

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Um clarão caiu do céu, numa linda noite de chuva, dois anjos foram enviados a Terra. A luz divina que irradiava o chão, logo chamou a atenção de pessoas próximas ali. Uma multidão correu para o local, mas os anjos logo apartaram. Todo mundo ficou meio que em choque e com medo. Azriel e Migrael chegaram assim no continente.

-Está louco? – Disse Azriel com raiva.

-Foi apenas erro de cálculo! – Migrael falava em tom irônico.

-Componha-se mulher! – Azriel disse com, mas raiva ainda

-Você e sua mania de ser certinho sempre. –Migrael agora debochava.

-Você sabe muito bem por que estamos aqui. Devia se comportar como anjo, se não vai passar a ser um caído no estalar de dedos.

-Você obedece a ordens, eu prefiro fazê-las. –Migrael disse em tom irônico.

-Sabe muito que Deus não permite que nós, nos revelássemos em público, por que fez isso a pouco? De que lado está?

Migrael era um anjo um tanto rebelde, estava numa cadeia decadente, ele perderá, o brilho prateados de suas asas, devido a sua desobediência. Seu corpo terrestre tinha forma feminina. Mas anjos não tem sexo definido. Azriel por sua vez, era um anjo puro, seguia com fidelidade a Deus, e não se desviava fácil do caminho. Seu corpo terrestre tinha forma masculina. Migrael olhou meio com raiva, dobrou os joelhos e pegou impulso, antes de decolar, virou a Azriel e falou:

-Faça o que Deus mandou você fazer, deixe-o fazer de idiota, como todos os que servem a ele. Otário.

Depois decolou, e seguiu seu rumo, suas asas emitiam luzes douradas. No Céu anjos com asas douradas significavam impurezas da alma, um anjo puro tinha asas prateadas. As asas não eram visíveis a olhos humanos, mas as luzes que emitiam, não as passavam despercebidas.

-Droga Migrael, agora vou ter que cuidar de você também.

O anjo ficou em silêncio, com seus pensamentos, e continuou andando na pista onde estava. Deus já tinha preparado tudo, Azriel entrou numa casa desabitada, e encontrou, seus documentos falsos, e o endereço da escola. Já era tarde e o anjo resolveu ficar em oração o resto da noite.

Na manhã que se ergueu, Diana e Ramon se arrumavam para ir para escola, enquanto Joel, o baderneiro da cidade observava Diana de um telhado da casa vizinha ao prédio, uma casa de dois andares. Ele ainda estava horrorizado, pensando no ocorrido do dia anterior, o que tinha lhe custado, dois danos agravados no peito, onde a olho nu só era visíveis garradas, mas a camiseta branca escondia, a calça rasgada, dava disfarce a hematomas nas pernas.

Azriel levantou, cansado de passar a noite de joelhos rezando se vestiu como adolescente meio hippie e saiu em direção ao colégio. Já eram sete da manhã quando, Ramon estacionou o carro na escola, e Diana vinha calada pensando em tudo que acontecerá.

Na sala de aula, tudo parecia normalmente calmo, se não fosse pelas pessoas ali envolvidas nessa história. Joel ocupava a ultima cadeira da terceira fileira, Migrael, sentada a seu lado, Azriel sentava na segunda cadeira da primeira fileira, ao lado direto de Joel, estava Miller, e ao lado oposto estava Megan. Era aula de Física, quando a porta se abriu, o professor falou o que já era de se esperar.

-Vejam só, quem é vivo sempre aparece, ainda mais, sempre original, não é Diana? Como sempre atrasada.

-Desculpe o atraso, e as faltas.

-Pode ficar tranquila, sua mãe ligou e avisou a diretora. O que é mas interessante, é que descobri que a senhorita é prima de segundo grau de Ramon, o sobrinho da diretora.

Ramon entrou olhou fixamente para o professor e falou:

-Acho que já atrapalhamos demais sua aula né, vamos nos sentar e ficar calados. – Ramon disse isso puxando Diana pela mão. Puxou uma cadeira pra ela, ela sentou e ele sentou atrás dela, ao lado de Joel. Ele encarou Joel de um jeito e depois soltou um sorriso de deboche se lembrando de como Diana tinha acabado com ele. Megan saiu de onde estava e foi em direção a cadeira a lado de Diana.

O professor olhou em protesto a Megan, mas nada falou e continuou a aula normalmente. Miller ficou fitando Ramon a aula toda, e olhando com inveja para Diana. Migrael olhava fixamente para Joel, sentindo um desejo. Suas asas eram invisíveis a olho nu, mas o bater delas, traziam ventos possíveis de se senti a distancia.

Megan mandou um bilhete para Diana.

"Você sumiu, achei que sua mãe tivesse te posto em um colégio interno por causa daquele dia em que você foi pra diretoria. Liguei muito pra senhorita, e você nem me deu sinal de vida, não me aguentei e terminei vendo Bleach todinho sozinha."

Diana leu o bilhete, e um frio correu sua espinha, alguém lhe observava, só não sabia quem. Ela levantou a cabeça pra ver se era o professor, e confirmou que não era, sentiu-se meio nauseada, passou a mão na cabeça, e viu outro bilhete.

"Aii não me deixe morrendo de curiosidade, pra onde você viajou, e que história é essa de você ser prima distante do sobrinho da bruxa?"

Diana riu pra si, e respondeu:

"Calma, uma pergunta de cada vez. Nossa você terminou Bleach sem mim? Maldade, eu te esperei pra ver Naruto e Nana. Não faça spolier por favor. Me conte antes o que aconteceu enquanto estive fora."

"Bem tem um psicopata a solta, matando mulheres, e sumindo com elas. Mas isso você já sabe, é só o que passa na TV local. Fora isso, eu quase morro de saudades de você, sim, amei a blusa, em que site você comprou? Aqui é horrível achar essas camisas Geeks. Mas me conta, não me deixa curiosa."

"Um psicopata solto? Nossa! Bem, vou te contar, mas não por bilhete, e nem aqui. Tou sentindo alguém de olho em mim, acho melhor a gente cesar um pouco os bilhetes e arrumar outro jeito!"

Megan leu o bilhete, ficou chateada, mas compreendeu a amiga. Ramon não parava de olhar pra Diana, e percebeu que outras pessoas também a olhavam. Seu olhar cruzou com o de Miller, onde ela soltou de leve um suspiro, balançou o cabelo, e deu aquela básica piscadela.

Miller deixou cair seu lápis no chão, onde o lápis rodou e foi parar aos pés de Ramon. Onde Azriel se esticou e pegou o lápis. Os olhos de Miller ficaram impressionados com o que virá. Um garoto, lindo, de olhos verdes, como esmeraldas e um cabelo cacheado loiro caído aos olhos. Esboçava um sorriso lindo, quando se aproximou e lhe entregou o lápis, falou:

-Devia prestar mais atenção .

Aqueles olhos verdes esmeralda, deixaram- a em choque, onde só se ouvia saindo da sua boca, um tímido:

-Obrigado.

Aquilo tirou atenção da aula, e o professor pediu silêncio a turma. As meninas olhavam fixamente para o novato.

-Qual e seu nome meu jovem? – O professor perguntou a Azriel

-John senhor, John Mark. – Disse Azriel indo cumprimentar o professor e apertando a sua mão.

-Senhor Mark o que estava fazendo em pé na cadeira da senhorita Miller?

-Ela deixou cair um lápis apenas entreguei.

-Ok, volte ao seu canto.

O professor apagou o quadro, e falou:

-Vocês estão muito agitados hoje, faltam 5 minutos para o intervalo, vou dispensá-los mais cedo, mas na próxima vou descontar os 5 minutos ouviram? Podem sair.

O arrastar de cadeiras era obvio, adolescentes são mesmo barulhentos. Uns corriam em direção a cantina, outros demoravam mais, pra tirar livros ou fones de ouvidos das bolsas.

O Silêncio de DianaOnde histórias criam vida. Descubra agora