confronto de sentimentos

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Quais as chances do homem que você é apaixonada ser um herdeiro milionário de uma marca de joias de luxo? E aí vai outra questão, quais a possibilidade dele ter escondido isso se ele gosta taaanto de você?

Estou tentando entender a recém descoberta, mas nada mais parece fazer sentido. Cheguei a pesquisar no google ( sim, no google ) só para ter certeza se não estou confundindo as coisas e que na verdade a marca pertence a Oliver, mas, não, não houve engano algum. O dono da Güzel Jewelry se chama Oscar Güzel, um empresário turco. Pai de Oliver. Pai de Eris.

Parei para refletir. Eris tinha se declarado a pouco tempo, estamos nos aproximando de pouco em pouco, então era… ok. Ele não precisava ir puxando o próprio cpf para mim, porque aquilo ia acontecer no momento certo. Talvez quando ele ganhasse mais confiança em mim.

Eu esperei por uma semana sem nem tocar no assunto ou no nome de Oliver, até porque o próprio Eris não falou nada sobre o irmão. E um dia depois da descoberta, quando fui trabalhar, notei que Eris estava pensativo, com a mente distante em alguns momentos e não falava muito. Até aquela noite.

— Acredito que nos despedimos a uns trinta minutos.

— Vinte e oito. — Dei uma risada. Ele estava contando?

— E aí? Sentiu saudade da minha voz nesses vinte e oito minutos?

— Eu sinto saudade da sua voz até quando você está em silêncio. O que é bem raro.

— É, digamos que eu seja meio barulhenta.

Não o ouvir rir do outro lado, pelo contrário. O silêncio era muito grande, por isso que consegui ouvir seu suspiro pesado do outro lado.

— Eris? Tem alguma coisa acontecendo? — Silêncio mais uma vez. — Eris?

— Maria Tereza. — Sua voz estava baixa e cansada, meu peito se apertou em preocupação.

— Sim?

— Você pode me acompanhar em um evento?

— “Evento”?... Claro, eu vou, mas do que se trata?

Silêncio de novo.

— Eris?

— Vista algo elegante. Chego aí daqui a pouco.

Daqui a pouco? Ele era maluco?! Em que mundo eu iria conseguir me preparar para um evento tão depressa?!

Vou me lembrar de lhe dar uns tapas quando chegar.

Revirei meu guarda roupa. Eu tinha muitos vestidos compridos, mas nenhum para eventos, e eu ainda tinha que adivinhar que tipo de evento iríamos e onde seria.

Um tempo depois ouço a campainha do apartamento tocar, eu corro pela casa com os saltos nas mãos. Abri a porta e meu queixo caiu antes que eu fosse capaz de falar qualquer coisa. Eris estava de smoking preto.

Eris. Estava. De. Smoking.

Da cabeça aos pés tão perfeitamente lindo, tão perfeitamente arrumado e tão perfeitamente cheiroso com esse aroma de perfume masculino.

Meu coração estava disparado, tive uma imagem bem ilusória do dia de seu casamento, e pensar que talvez eu tivesse essa chance de poder chamá-lo de meu marido quase me fez perder o fôlego.

Seus olhos vagaram por meu corpo, analisando desde o vestido longo e justo dourado, meus cabelos soltos com os cachinhos definidos até o salto cor nude nas minhas mãos.

— Você está… — Uma pausa agora observando meu rosto, ou a maquiagem.

— Descalço?

— Maravilhosa. Deslumbrante. Perfeita. — Minhas bochechas queimaram e abri um sorriso tímido. — Eu… posso entrar?

𝐑𝐚𝐢́𝐳𝐞𝐬 𝐚𝐦𝐚𝐫𝐠𝐚𝐬, 𝐚𝐦𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐨𝐜𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora