Paixão Dupla - Draco, Fred e S/n

🍃Lágrimas de um lado, risadas do outro🍃

- S/n me perdoe mas você tem que me contar. Eu não posso ficar aqui sem saber nada. - A voz de Fred soava de maneira abafada no fundo da minha audição.

Na minha cabeça repasso o dia de ontem, como pude? Como assim eu tive um briga feia com meu namorado e simplesmente saí correndo para ficar com outra pessoa. Assim? Imediatamente? Como pude fazer isso comigo, como pude fazer isso com Fred? Eu estaria me sentindo... usada, no lugar dele.

Eu preciso resolver isso. Antes de tudo, eu preciso resolver isso. Não posso deixar Fred sem nenhuma explicação mas também não tenho oque explicar enquanto eu não resolver isso.

Enquanto eu já estava a um minuto congelada com meus pensamentos Fred tentava me chamar.

- S/n. S/n? S/N!- ele exclamou me fazendo o olhar na mesma hora

- Eu... eu, eu tenho que ir.

- Oque?! - ele diz indignado.

Com o olhar perdido me levanto para procurar minhas roupas.

- Como assim você tem que ir?

- Eu só... tenho que ir tipo... agora - falo com minha voz baixa enquanto o ruivo já estava quase gritando inconformado.

Vou abotoando minha camisa com uma mão enquanto visto uma meia com outra.

- S/n, porque não quer me explicar oque aconteceu?

- Minha saia. Cadê a merda da minha saia!! - procuro andando em círculos antes de Fred me entrega-la sutilmente com uma expressão chateada no rosto. - ah obrigada, querido.

- S/n... - ele se acalma e me implora pela última vez.

Suspiro olhando em seus belos olhos castanhos. Eu já estava saindo, estava com a mão na maçaneta pronta para abrir a porta.

- E.... Eu preciso ir. Não se preocupe, você não tem culpa em nada, eu apenas preciso ir agora. Você tem que me deixar ir só por agora. - coloco minha mão em sua bochecha e ele aconchega seu rosto nos meus dedos frios. - Tchau querido, até mais tarde.

Seu silêncio consentia e compreendia  minha situação. Com sua permissão saio do cômodo e fecho a porta.

Quando estou prestes a virar o corredor  ele reaparece.

- S/n! - me viro e o vejo apoiado na moldura da porta. Analiso seu corpo de baixo para cima até contemplar seus olhos receosos. - Não hesite em voltar. Seja lá oque você for resolver, se dependendo do resultado você precisar de amparo e quiser voltar para os meus braços, - e que braços meus amigos - eu não ficarei ofendido e não vou me sentir usado. Não hesite em voltar.

Apenas sorrio em gratidão com a mão no coração e espero ele entrar para o quarto novamente.

Assim que a pesada porta de madeira do seu quarto se fecha completamente, eu saio correndo pela comunal a fora. Por sorte não havia absolutamente ninguém na área, estavam todos em aula.

"Então ta tudo bem" pensei comigo mesma.

Antes de tudo precisava retomar as minhas aulas minha situação escolar ainda não ta 100%. Então passei no meu quarto para pegar meu material. Nem Draco nem Pansy estavam la. Não havia tempo para nada. Só peguei minhas coisas e corri para minha aula de História da Magia.

*Quebra de tempo*

Eu não havia encontrado nenhum amigo o dia todo. Achei muito estranho porque compartilhamos algumas aulas normalmente. Talvez seja o universo querendo que eu pense um pouco.

Abro a velha porta do meu quarto e para minha surpresa Pansy estava lá.

- Ah finalmente um rosto familiar - me jogo sobre minha cama e Pansy se deita ao meu lado.

- Eu não te vi o dia inteiro, queria tanto conversar com você - a menina de cabelos negros diz empática

- Ele te contou tudo?

- Não, não me contou nada, passou o dia todo calado. Hoje é sexta, você sabe né.

-  Claro que eu sei.

Toda sexta feira Draco e Pansy passam o dia todo juntos. Têm exatamente as mesmas aulas nos mesmos horários. Costumamos chamar de The big Friday. Draco costuma voltar sempre mais agradável dessas sextas feiras. Com certeza é porque aprendia muito com Pansy, sabe? Sobre como ser um homem menos escroto.

- Pois é, ele passou o dia todo andando ao meu lado sem falar, não o forcei a dizer nada, talvez precisasse só de companhia. - Pansy é realmente uma grande amiga para ele, se consideram muito - O máximo que eu arranquei dele foi um: "Meu pai... S/n". - conta ela imitando seu jeito indiferente de falar - Oque aconteceu me conta essa história?

- Ainda to vivendo a história Pans, depois eu conto.

No mesmo minuto a porta se abre e nós levantamos de supetão. Era ele mesmo.

Malfoy  entra olhando pro chão e eu o observo deitar virado para parede em sua cama. Sem dar desculpas Pansy se retira do quarto.

Ele deitou de lado de uma maneira meio encolhida. Deu uma olhada para traz e se virou. Olhando para o teto com as mãos atrás da cabeça solta um suspiro.

- Você não dormiu aqui hoje - afirma.

- Não... - confirmo

- Vai me dizer aonde dormiu? - pergunta

- Não - respondo

- Ok

O silêncio preenche o momente com aflição. Meu coração batia tão forte que fiquei com a sensação de que estava audível para qualquer um que não quebrasse o silêncio.

- Você não estava normal ontem - afirmo

- Não - confirma

- Vai me dizer porque está me tratando tão mal derrepente? - pergunto

- Não - responde.

- Ok - digo e me levanto.

Pego uma escova de dente extra que eu tinha, umas calcinhas, meu livro, minha varinha e minha capa do uniforme. Envolvo tudo em um feitiço de levitação e caminho à porta.

- Onde vai?! - se levanta.

- Da o fora Draco! - exclamo - Embora! Embora não só daqui. Não estou saindo só desse quarto, estou saindo de nós. Vou ficar longe até você voltar a ser o Malfoy que eu conheço. O Malfoy que partiu o coração de 20 meninas para ficar comigo. Que sacrificou toda a sua fama de pegador pra me chamar de sua. E eu, BURRA, me deixei pertencer a você. - me exalto sentindo meus olhos formarem lágrimas gordas. - Quando você voltar a ser o cara que sentou nessa cama e passou três minutos dizendo tudo que ama em mim... - pauso pois minha voz começou a ficar trêmulas - quando você voltar a ser esse cara eu vou estar te esperando. Pode ter certeza que vou estar te esperando de braços abertos.

E pela primeira vez  nesse ano todo vejo uma lagrima sincera se formar no rosto de Draco. Ele não estava chorando. Estava sério e com os punhos cerrados, porém... essa única e especial lágrima se formou no seu olho direito e sutilmente escorreu pelas suas bochechas até cair no chão.

*Quebra de tempo*

Bato na porta velha de madeira que se encontra em um corredor desconhecido.

- Como foi que eu decorei essa merda de  caminho? - murmuro comigo mesma com nojo da poeira e das teias de aranha que grudavam no meu volumoso cabelo.

Tento, o mais rápido possivel, tirar qualquer tipo de sujeira presente nos meus cabelos antes da porta se abrir.

- Oi... - digo acanhada e humilde.

Logo após uma risada nasal, se ouve.

- Eu sabia que você ia voltar pra mim, garota!

🍄Nem vem que eu nem sumi por tanto tempo assim.
Eu to trabalhando em uma outra história gente! Se voces quiserem saber mais sobre me diz ai nos comentários que eu conto pra vocês talvez eu até publique ela ein?🍄