Já estava chegando a noite, na caverna segura. O senhor Jonas, o cozinheiro chefe do castelo dos gnomos, grita para todos:
— Tá pronto o rango pessoal, podem chegar... Tem sopa de cogumelo para todo mundo!
Aos poucos formou-se uma fila, cada um com uma tigelinha para servir. Depois da janta, todos se juntaram em volta da fogueira para ouvir o Senhor Alfredo, o mais velho dos gnomos, contar suas histórias. Eldrin e Elara se ajeitam em volta da fogueira para se aquecer e ouvir uma das famosas histórias do Senhor Alfredo, que se ajeita em uma grande pedra, dá uma tossidinha e começa a contar:
— Ah, meus queridos jovens, hoje vou contar uma história que aconteceu muitos anos atrás, quando eu ainda era um jovem gnomo aventureiro. Naquela época, eu e meus amigos estávamos explorando uma floresta encantada, cheia de mistérios. Um dia, ouvimos um rugido aterrorizante que fez até as árvores tremerem. Era um dragão! Ou pelo menos, achávamos que era. Corremos para o local de onde vinha o som e lá estava ele, um dragão enorme, com escamas brilhantes e olhos incandescentes. Todos ficaram paralisados de medo, menos eu. Peguei minha espada e, com toda a coragem que consegui reunir, avancei para enfrentar a fera. O dragão rugiu novamente, e eu senti o calor de suas chamas. Mas, quando estava prestes a atacar, percebi algo estranho. O dragão não se movia, não piscava, e suas chamas não queimavam nada ao redor. Cheguei mais perto e toquei suas escamas. Para minha surpresa, elas eram frias e duras como pedra.Foi então que percebi a verdade: o dragão era uma ilusão! Uma armadilha criada por algum mago travesso para assustar os viajantes. Todos riram aliviados quando descobriram a verdade, e eu fiquei conhecido como o gnomo que enfrentou um dragão de pedra. E assim, meus jovens, aprendi que nem tudo que parece assustador é real. Às vezes, nossos medos são apenas ilusões que precisamos enfrentar com coragem e um pouco de humor.
Os gnomos ao redor da fogueira riram e aplaudiram a história do Senhor Alfredo, agradecidos por mais uma noite de boas histórias e companheirismo.
Depois disso, Eldrin prepara Elara para dormir. Foi um dia cansativo para todos.
— Dorme bem pequena Elara, a partir de amanhã vou te ensinar a se defender com espadas e se comunicar melhor— disse Eldrin depois de um bocejo.
Elara vira pro lado e adormece no saco de dormir. Eldrin bota mais uma lenha na fogueira e logo também adormece.
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O Legado da Magia - A Jornada de Elara
FantasíaEssa história se passa em uma época em que a raça humana ainda não tinha evoluído, e estava apenas começando a andar em pé. Neste tempo, existiam vários reinos mágicos pelo mundo. No coração da floresta amazônica existiam duas raças de seres que não...