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ESTE CAPÍTULO CONTÉM CONTEÚDO SENSÍVEL(como agressão física e verbal)!

NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS!

A minha casa, o lugar na qual eu lutei para conquistar estava virado de cabeça para baixo. O sorriso que estava em meu rosto desapareceu. Meus olhos se arregalaram, em seguida meu telefone despencou da minha mão. Agora nenhum ar entrava pelo meu nariz, apenas pela minha boca.

Copos de vidro estavam quebrados no chão, assim como meus pratos e tigelas de porcelana. A mesa de jantar caída no chão. Entrei mais a fundo na casa - na qual eu nem reconhecia - e fui para o quarto.

Meu armário que tinha espelhos nas portas estava quebrado e a porta pendurada. Quando eu ia entrar no quarto senti uma mão pesada e grande em meu ombro, me impedindo de andar.

Com os batimentos acelerados eu virei o rosto para trás e quem estava ali era Sora. Sua mão direita estava sangrando, especificamente onde se localizada os ossos metacarpos. Logo pensei que alguém havia invadido o apartamento.

- Onde você estava?...

- E-Eu.. Sora. O que aconteceu aqui? Você está bem? - me virei para ele.

- Onde você estava?! - alterou seu tom de voz agora.

- Eu fui à uma festa.. Com Maki e Nobara depois do trabalho.

- Estava me traindo não estava?

- O quê?

- Eu sabia. Eu sabia! - gritou.

- O-O quê?! Sora! Eu não te traí! Eu não fiz nada! Eu só bebi um pouco e...

- E o que?! Transou com algum vagabundo?!

- Mas que porra?! Claro que não, Sora! Eu só dancei com as meninas!

Eu estava me sentindo uma bomba de emoções. Me sentia brava, indignada, triste e desrespeitada. Como ele podia pensar algo assim de mim?!

Olhei Sora andar um pouco pelo corredor - bufando - e logo fui atrás.

- Por que diabos você tá achando que eu fiz isso?! - falei alto.

- Por que você não me avisou aonde ia, e não me falou de porra nenhuma!

- Para de gritar, caralho! - minha voz saiu trêmula.

Com essa frase Sora deu um tapa forte em minha bochecha. Senti o local queimar, e graças à isso meus olhos se encheram de água. Paralisei com a mão no rosto, olhando para ele chocada enquanto lágrimas desciam pela minha bochecha. O mesmo parecia arrependido.

Com isso minha ficha caiu.

Quem destruiu meu apartamento foi ele. Sora surtou e destruiu tudo.. e eu poderia ter evitado isso.

Com medo. Eu me afastei do maior, me direcionando até a porta.

- Yuna. Me desculpa meu amor, por favor! Eu não queria!

Apenas ignorei as palavras e peguei meu celular do chão, e saí pela porta.

- Yuna!

Descendo o elevador para o estacionamento, eu olhei que horas eram. 00:24. Tenho certeza que a festa ainda estava rolando. E eu precisava da Nobara agora. Maki está bêbada demais para me consolar, então eu tinha que ir atrás da mulher.

...

Enquanto dirigia mandei diversas mensagens para a ruiva. E ela respondeu todas. E uma delas dizia que a mesma estaria me esperando na frente da casa onde estava acontecendo a festa. O que eu não esperava era ela estar junto com o Yuji.

Me senti completamente envergonhada de ele me ver nesse estado, com o rosto vermelho e rímel completamente borrado. Já Nobara me viu assim tantas vezes que nem dá para contar nos dedos.

A ruiva se aproximou de mim e colocou as mãos nos meus braços.

- O que aconteceu?

- Não quero falar aqui.

- Tudo bem. Vamos para minha casa.

Abri a porta do carro para ela entrar, e ao fechar, dei uma breve olhada para Yuji. O mesmo expressava estar preocupado, apenas ignorei isso e dei a volta no carro assim entrando nele.

Yuji Itadori

Megumi já tinha ido embora. Estava apenas eu e Nobara bebendo e curtindo as músicas enquanto conversávamos.

- Você lembra daquele dia em que eu caí de skate na pracinha? Você riu muito da minha cara - disse a ruiva rindo que pegava o celular pois havia chegado uma mensagem.

- Tantos pretendentes assim, Nobara? - ri.

- Não. É a Yuna. - ela disse num tom sério, completamente diferente do de antes, o que fez meu sorriso desaparecer.

- O que ouve?

- Ela não quer me contar por mensagem. Apenas precisa me ver. Agora.

- Tá, então.. vamos.

- Vou falar pra ela me esperar na frente da casa.

Peguei minhas coisas assim como a ruiva e fomos para fora do local.

Quando Yuna chegou, notei seu olhar completamente exausto e triste. Me pergunto o que aconteceu em tão pouco tempo para ela ter ficado assim.

- O que aconteceu?

- Não quero falar aqui.

- Tudo bem. Vamos para minha casa.

Quando Yuna olhou para mim meu chão desabou. Se tem uma coisa que eu noto em todas as mulheres que aparecem na minha delegacia é que o olhar de todas elas estão pedindo por socorro. E foi isso que eu notei nela. Não sei dizer se foi inconscientemente, mas eu sei de uma coisa.

Eu tenho que ajudar essa mulher.



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cap curto mesmo, sorry

𝑅𝑜𝑚𝑎𝑛𝑡𝑖𝑐 𝐻𝑜𝑚𝑖𝑐𝑖𝑑𝑒 - 𝑌𝑢𝑗𝑖 𝐼𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora