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Quando Aemond recebeu a notícia pela primeira vez de que Daerys estava retornando, sua primeira reação foi sentir euforia, mas era uma euforia oculta

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Quando Aemond recebeu a notícia pela primeira vez de que Daerys estava retornando, sua primeira reação foi sentir euforia, mas era uma euforia oculta. Para todos os efeitos, tudo o que ele sentiu foi apenas desconforto. Naquela noite em que sua mãe o avisou sobre as atividades do castelo em poucos dias, aquela foi apenas uma das milhares que ele dormiu mal.

Era uma rotina para ele; ele removia o tapa-olho depois de um longo dia, massageava a área com água morna, deitava-se no travesseiro e não dormia. Isso acontecia porque muitas vezes havia um latejamento no local onde ele tinha um olho, como se fosse uma dor que nunca desaparecia, mesmo depois de anos de perda. Isso se tornava uma dor de cabeça excruciante.

Os problemas de sono assombravam o príncipe há anos, e ele se recusava a tomar chás que o deixavam incapacitado, como seu pai costumava ficar. Os problemas de sono também atormentavam sua irmã, Daerys, há anos, trazendo pesadelos vívidos para sua mente cansada.

Ela arrancou o olho de Aemond — mesmo que tenha sido em uma tentativa de defendê-lo — e, por causa disso, ele nunca seria capaz de reconstruir a emoção que existia entre eles. Portanto, ele deveria estar feliz porque, depois de dois dias deprimentes, ela estava indo embora novamente e tudo voltaria a ser como antes, certo? Errado, ele não estava.

Ele estava se sentindo incompleto novamente, vazio.

E enquanto ele observava, da sacada de um dos corredores, a mesma garota esgueirar-se pelos arbustos do jardim perto do Represeiro, seu corpo estava rígido, sua postura indicando desprezo. Ela estava curiosa, seus movimentos revelavam sua curiosidade. Ela não era tão alta quanto ele, mas seu cabelo comprido era o que mais chamava a sua atenção. A maneira como ela se movia quando não estava nervosa demonstrava uma graça e uma postura dignas de uma princesa, além da maneira como seu cabelo estava sempre enfeitado com alguma coisa e seus vestidos feitos de tecido rico.

Ela era linda, fascinante... mas também era patética e irritante.

Cuidadosamente, discretamente, o príncipe se encostou no pilar da varanda, seu único olho observando-a com uma indiferença sem igual, tentando entendê-la. O príncipe deveria tê-la deixado ir, era a coisa certa a fazer, era a melhor coisa a fazer. Mas, em vez disso, ele decidiu recorrer à experiência, um momento de fraqueza que teve quando pediu a Helaena que a convencesse a ficar. Ele sempre soube como as duas mantinham contato mesmo quando ela estava longe, trocando cartas, ele sabia o quanto elas se adoravam. Além disso, Helaena era a única pessoa com quem ele se abria, deixando a armadura para trás e sabendo que ela nunca contaria nada para ninguém.

𝐒𝐎𝐔𝐋 𝐎𝐅 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃, aemond targaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora