19

3.5K 345 344
                                    

RIO DE JANEIRO📍

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

RIO DE JANEIRO📍

Ouvi uma gritaria do lado de fora do quarto que a Letícia estava internada e franzi o cenho. Não me mexi muito na cama, pra não acordar ela. Logo a porta abriu, e a mãe dela passou, junto com a irmã e três enfermeiras.

Carolina chorava igual criança e dona Sônia tava toda vermelha, com a mão no peito, enquanto tentava se acalmar.

— Viu? Eu disse que ela tava bem. — a enfermeira apontou.

— Santo Deus! — dona Sônia colocou a mão na boca.

— Ela tá sedada? — Carolina perguntou, se aproximando da cama.

— Não, tô tentando dormir. — Lele resmungou e eu sorri de lado, tirando meu braço da sua cintura e me levantando.

— Letícia! Por que eu só fui informada agora que você tá desde ontem nesse hospital? — dona Sônia brigou e me encarou.

— Me olha não pô, sai de casa nas pressas, esqueci até o celular. — me justifiquei e ela suspirou.

— Ai, mãe, que drama. — Leticia se sentou na cama.

— Você quase me matou do coração. — Carol sussurrou, enquanto chorava.

Ana Carolina não tinha o mesmo trauma da irmã, mas ainda sim, era um trauma. Pra Letícia, acredito que seja pior, pelo fato dela estar junto com o pai no carro, e de repente, ter que pular dele em movimento, e ver o carro explodindo com seu pai dentro.

— Eu tô bem. — Lele garantiu, abraçando ela. — Quem ligou pra vocês?

— O Guilherme.

— Vocês duas tem que vir, não tá na hora da visita. — o enfermeiro chamou.

— Vão, eu tô bem.

— Um passo de cada vez, meu amor. Não tenta apressar as coisas. Não vai mais fundo do que é capaz. — dona Sônia disse, e deixou um beijo na sua testa.

— Mãe. — Letícia chamou. — Talvez eu esteja noiva. — ela disse com vergonha, e eu sorri.

— Mentira? Ai meu Deus, não acredito! Posso morar com vocês e ganhar lanche todo dia? — Carolina fez biquinho.

— Engraçadinha. — Lele riu, mas logo parou. — Não. Muito tempo perdido, muita transa pra por em dia. Cê não vai querer estar por perto.

— Calma aí, cara. — ri encarando ela.

— Que nojo. Prefiro continuar morando com a minha mãe, que virou até virgem de novo.

— Quem te disse? — dona Sônia olhou pra ela por cima do ombro e a gente arregalou os olhos rindo. — Tô muito feliz por vocês. Parabéns, meu amor. — fungou deixando um beijo na testa da filha e me deu um abraço. — Cuida da minha filha. — ela me pediu num sussurro.

Jogo sujo | Chico moedasOnde histórias criam vida. Descubra agora