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RIO DE JANEIRO📍

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RIO DE JANEIRO📍

Eu acordei ansiosa, nós iríamos pela segunda vez no orfanato. Mas diferente da primeira vez, eu esperava que desse tudo certo e que o Chico não desistisse mais uma vez. Encarei ele, que dormia com o rosto no meu peito e o braço na minha cintura.

Passei a mão no rostinho dele, que nem se mexeu. Me remexi saindo da cama e deixei ele abraçado no meu travesseiro. Fui pro banheiro, fiz minhas higienes e tomei um banho. Tomei um dos meus remédios de rotina e fui fazer o café.

Eu estava tão nervosa e ansiosa pro restante do dia, que a cada minuto, me pegava arrancando as pelinhas do lado das unhas e me repreendia, lembrando do quanto tenho ficado estressada no tratamento da maldita síndrome de escoriação.

Mordi o lábio inferior e coloquei todo o café que tinha preparado numa bandeja, levando em direção ao quarto em passos cuidadosos.

Eu tava levando café na cama pra alguém?

Parei de andar com esse pensamento.

Comecei a ficar assustada pela forma que eu estava agindo.

Mas amar alguém é isso, né? Não só palavras, mas também atitudes.

Não sei, nunca cheguei nessa parte.

Dei os ombros e segui em direção ao meu quarto.

— Amor? — chamei baixinho, mas ele nem se mexeu. — Amor? — nada. — Francisco, levanta logo nessa porra. — falei alto e irritada, o vendo se sentar na cama, me olhando confuso.

— Que isso, cara. Pô nega, não se acorda ninguém assim não. Cadê o carinho? — Chico franziu o cenho e passou a mão no rosto.

— Trouxe café na cama pra você e cê tá dizendo que eu não sou carinhosa? — arqueei uma sobrancelha e ele encarou a bandeja na cama, antes de me olhar e sorrir todo bobo.

— Fez café da manhã na cama pra mim, amor? — Moedas segurou a minha mão e me puxou pra cama, vindo pra cima de mim.

— Para, vai derrubar as coisas.— dei risada e ele me encarou sorrindo.

— Esperei muito por isso. — Chico falou baixinho. — Mas não é só isso. Tem coisa pra caralho que eu quero viver contigo ainda. Isso aqui? — ele riu baixo. — Isso aqui não é nem um terço.— me deu um selinho.— Te amo. — sorri, ao ouvir as duas palavrinhas e senti meu coração acelerado.

— Ama? — passei meus braços pelo seu pescoço.

— Amo. — outro selinho e se afastou, indo em direção a bandeja.

— A gente nunca conversou sobre preferências. — me sentei e peguei o pote de uvas.

— Como assim? — Chico perguntou de boca cheia e o cenho franzido.

Jogo sujo | Chico moedasOnde histórias criam vida. Descubra agora