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RIO DE JANEIRO📍

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RIO DE JANEIRO📍

Foi uma luta pra conseguirmos sair do orfanato. Eu não queria, a Letícia também não. A Kaylane saiu arrastando a gente pra fora. Depois de brincarmos o dia inteiro com o Caleb, ver seus olhinhos tristes, quando estávamos vindo embora, quebrou meu coração.

A gente estava tão distraído, que nem notei que não tínhamos almoçado e só tínhamos fumado uma vez, antes de sair de casa.

— Você é uma destruidora de sonhos. — Lele murmurou pra Kaylane, que riu.

— De lares. — afirmei e ela gargalhou.

— Hm, tá bom, papais do ano. Me digam, rolou a conexão cósmica?

— Pra caralho. — suspirei e encarei a Letícia, que me olhava.

— É ele que vocês querem? — Kaylane perguntou, mais uma vez, mesmo já sabendo a resposta.

— É, com certeza. — Lele disse baixinho, apertando a minha mão.

— Tá, beleza. Amanhã, assim que eu acordar, eu vou entrar com o pedido da guarda dele. E vou no cartório marcar o casamento de vocês. Depois de amanhã, a gente pode voltar aqui, se vocês quiserem.

— A gente quer. — respondi a ela, que riu.

— Ok. O juíz não vai nem ver o pedido, se vocês não forem casados. Então quanto mais rápido se casarem e de fato forem morar juntos, mais rápido vão estar com a família unida e feliz que tanto querem.

— Quanto tempo pode levar esse processo, Kaylane?— Letícia perguntou.

— Alguns meses. Mas eu sou boa no que eu faço, confio no meu potencial, e já fiz isso outras vezes. Tá, que é a primeira vez que eu juntei um casal, mas vai dar certo.

— Mano, não é querendo botar pressão e nem porra nenhuma, mas espero que cê saiba que nossa família tá nas suas mãos. — avisei, dando os ombros e ela me encarou.

— Cê jura que não tá querendo botar pressão?— Kaylane riu fraco. — Vou pegar o carro. — saiu andando.

— A gente vai ter um filho. — sussurrei, encostando minha testa na dela e senti suas mãos no meu pescoço.

— É. Vamos ter um filho. Ele é tão lindo, você viu? — Leticia sussurrou de volta, enquanto sorria.

— Vi, amor. — deixei um selinho na sua boca e encostei meu queixo no seu ombro. — Ele é perfeito. — senti meus olhos arderem e funguei.— Não vou ir lá pra sua casa hoje não, tá? Tenho que resolver um bagulho. — disse me afastando dela.

— Resolver o que? Vai me deixar sozinha? — ela fez um biquinho, deixando os ombros caírem.

— Não, nega. Já dormi lá ontem pô.

— E o que que tem? Leva suas coisas logo pra lá. — Lele cruzou os braços e eu sorri, encarando ela.

— Beleza, essa semana a gente vê as coisas da mudança. E eu fico lá no teu AP, até achar essa porra de senha e conseguir uma casa maneira pra gente. Tá? — deixei um selinho do biquinho dela.

Jogo sujo | Chico moedasOnde histórias criam vida. Descubra agora