"Quando o amor se torna uma prisão, a fuga é a única saída."
Felix, um jovem pai, está preso em um relacionamento tóxico com um marido obsessivo. Sua única luz é sua filhinha de oito meses Felicity. Mas quando a violência alcançar um ponto crítico...
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O recanto estava envolvido por uma aura de paz, como se o tempo tivesse parado. A luz suave que filtrava pelas cortinas criava um refúgio acolhedor, onde o mundo exterior parecia desvanecer-se. A chuva continuava a cair, com um som constante e tranquilizador, uma melodia que se misturava ao silêncio, criando uma harmonia perfeita.
Dentro daquele santuário, o ar frio cedia lugar ao calor radiante da presença compartilhada. O silêncio era uma entidade viva, envolvendo pai e filha em um abraço tácito, como se ambos estivessem imersos em seus próprios universos.
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Quando Felix falou, sua entonação era como uma carícia, suave e doce, capaz de acalmar até a alma mais inquieta. O som de sua voz foi como um despertar, trazendo Hyunjin de volta à realidade.
- Hyunjin? - chamou, com um tom suave e baixo.
Felix emergiu do sono, seus olhos se abrindo lentamente como pétalas de uma flor. O véu da sonolência ainda o envolvia, mas seu olhar se fixou imediatamente no homem que estava parado à sua frente. Os cílios do loiro tremiam, como se estivessem dançando ao ritmo de um silêncio tenso.
Hwang congelou; seu corpo estava rígido como uma estátua. Seu rosto era um mapa de emoções: surpresa, preocupação e um traço de medo dançavam em seus olhos. As sobrancelhas se franziram, formando uma linha determinada, enquanto os lábios se comprimiam em uma linha fina.
Ele se virou lentamente, como se rendendo a uma força invisível. Um sorriso nervoso emergiu em seu rosto, uma tentativa de aplacar o julgamento que esperava encontrar nos olhos do mais novo.
- Sim? - Hyunjin respirou fundo, tentando relaxar. - Seu sorriso nervoso se ampliou enquanto tentava justificar-se.
- Está tudo bem com você? - o loiro perguntou, ainda com os olhos pesados de sono. Sua voz estava suave e carregada de preocupação.
Mas, em vez de desaprovação, o sardento o observou confuso e temeroso. Seus olhos castanhos, ligeiramente inclinados, pareciam querer decifrar um enigma, como se buscassem desvendar um segredo escondido.
