CAP.: 04 - O COMEÇO DE UMA GRANDE AMIZADE?

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"Os grandes amores são que nem as grandes obras, que como as grandes coisas nascem de pequenos e inusitados começos..."

(Lucena)

*Lucas e Guilherme

Sem entender direito o que seu corpo e mente faziam naquele momento em que Lucas estava em seus braços, Guilherme entra na pequena casa onde o rapaz de olhos azuis mora e o coloca sobre um sofá, que fica no meio da sala fazendo a divisão entre a sala e a cozinha. Olha tudo ao redor, e constata que de fato a vida de Lucas e de Dona Lucena não deve ser muito fácil. Ele olha tudo, até perceber num canto em uma pequena estante ali na sala, um porta-retratos com uma foto, onde Lucas aparece feliz abraçando um senhor, que Guilherme não conhecia, mas achava ser o avô já falecido, e dona Lucena, então é retirado de seu devaneio, quando dona Lucena o chama:

- Dr. Guilherme!!!... Dr.?

- Sim!

- O senhor aceita um café, um suco, uma agua? Sei que a casa é humilde, mas quero lhe retribuir de alguma forma. O senhor aceita? Fala Lucena.

- Não quero incomodar a senhora, deve estar muito cansada, o dia foi bastante puxado! ... Aliás sem essa de Doutor ou senhor, pois sou muito jovem e somos amigos. Certo? Fala Lucas.

- Tudo bem Dout.... Guilherme. Vou fazer um café fresquinho e uns bolinhos de chuva, pois sei que Lucas adora e você também vai gostar!!! Fala dona Lucena.

Guilherme olha para Lucas, que levantas os braços em rendição e fala:

- Cara é melhor tu aceitar logo esse café e esses bolinhos, se não ela não deixa você ir embora daqui hoje...

Dona Lucena vai para a cozinha e de lá começa a fazer o café, o cheiro de café e dos bolinhos sendo fritos invadem toda a casa, o cheiro era maravilho, e Guilherme acabou comentando:

- É parece que são bons mesmo, esses bolinhos, pois pelo cheiro já dar pra se ter um ideia, o cheiro tá muito bom...

- Cara tu não faz ideia... a casa lota de criança quando minha vó resolve fazer bolinhos para a criançada...

- Verdade?

- Você precisa ver... Minha vó ama crianças. E o maior sonho dela é que a encha de bisnetinhos para ela paparicar. Fala Lucas para Guilherme que começa a encarar Lucas, com um semblante mais sério.

- O que foi? Falei alguma coisa que desagradou o senhor?

- Não claro que não... E já disse somos amigos, não precisa me chamar de senhor, apenas Gui. Ok?

- Beleza então, vou te chamar assim!!

- Alias além do meu celular, o que aconteceu com minha bicicleta? Pergunta Lucas.

- Sua bicicleta ficou toda amassada e empenada, com o acidente, não servia mais para nada, não tinha concerto, ... então a joguei fora.

Lucas abaixa a cabeça, e Guilherme então percebe o semblante triste do rapaz, e fala:

- O que foi, algum problema? É a bicicleta?

- Não... não tem problema nenhum, é que foi meu avô que me deu aquela bicicleta, uns meses antes dele falecer, era uma lembrança que eu tinha dele, entende? Além do mais era meu único meio de transporte, tanto para eu ir para escola, quanto para o trabalho... e sem ela vai ficar bem puxado...

        Guilherme percebe no semblante do garoto o quanto a bicicleta era importante, tanto pelo valor material, quanto pelo valor sentimental, então começa a se arrepender de ter entregue a bicicleta naquele ferro velho, e começa a elaborar um plano para deixar Lucas mais animado, pois sente uma profunda necessidade de fazer aquele rapaz sorri.

O DELEGADO E O PRISIONEIRO® (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora