CAP.: 05 - UM SONHO NO PARAÍSO

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"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos. Pois um sonho sonhado sozinho é só um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade... Assim se podemos sonhar, também podemos tornar os nossos sonhos realidades..."

(Guilherme Leão de Albuquerque)

*Guilherme

Guilherme mal adentra a enorme mansão, que ficava em dos condomínios de luxo mais caros do Rio de Janeiro, e sua mãe já cai em cima dele, o enchendo de perguntas:

- Oh meu filho onde você estava, já liguei na delegacia, nos hospitais e até necrotério, estava muito preocupada com você. Você sabe como essa cidade é perigosa, principalmente pra pessoas como você e seu pai, que mexem direto com esse bandidos.

Guilherme já sabendo do enorme discurso de sua mãe sobre o perigo de sua profissão, e que ele era jovem e bonito demais pra ficar enfurnado em uma delegacia mexendo com traficantes, crime organizado e políticos corruptos. Revira os olhos e fala:

- Mãezinha a senhora sabe que amo muito, e sei da sua preocupação em relação a mim e a papai, mas pode ir esquecendo essa ideia absurda de me levar para a passarela pra desfilar de cueca ou naquelas roupas esquisitas que seus modelos usam, porque eu nunca irei fazer isso. Aliás a senhora já tem o Gustavo, que por sinal adora um holofote e uma mídia. Agora se a senhora me permite...

Marrie interrompe o discurso do filho, percebendo que seu lindo e estressado filho, segurava uma coisa em suas mãos, e que só agora percebera o cheiro bom que emanava daquele embrulho que Guilherme carregava, então ela pergunta:

- O que é isso ai em suas mãos, hein meu gatão? O cheiro parece ótimo !!!! Fala a mãe apertando as bochechas do filho.

- Ah!!... Isso! é só um presente de agradecimento, que recebi de uma doce senhora lá na comunidade da Rocinha... a senhora não quer experimentar, aposto que é melhor que essas saladas e chás esquisitos que a senhora e Amanda vivem tomando, para não engordarem. Fala Gui estendendo o embrulho de bolinhos de dona Lucena para sua mãe, que acaba absorvendo um pouco mais do aroma e fica tentada a comer, mas fala:

- Isso vai acabar com a minha dieta de carboidratos dessa semana, mas tá com um cheirinho ótimo, não vou resistir... passa pra cá. Fala a mãe tomando o embrulho das mãos do filho. Então indo para a cozinha e Guilherme já tentando sair de fininho, sua mãe de repente fala:

- Nem pense que vai me enrolar Dr. Guilherme Leão de Albuquerque, venha já aqui, e me explique toda essa história de favela da Rocinha e onde você passou a noite, porque já sei que não foi na casa de nenhum conhecido ou amigo seu, pois eu, seu pai a Amanda ligamos para todos os conhecidos e ninguém sabia dar notícias de você e seu celular, só dava caixa postal. Então pode começar!... Fala a mãe em tom autoritário, Guilherme a acompanha até a imensa cozinha da mansão. Sua mãe pede para Maria sua empregada e ex-babá, uma senhora de 56 anos que praticamente criou Guilherme como se fosse seu filho, sendo muito amada e respeitada pelo mesmo que desde criança a chama de Bá, e muito amiga de sua patroa Marrie Bourbom, para que ela esquente os bolinhos que Guilherme trouxera da rua, a senhora pega o embrulho, mas antes que chegue ao micro-ondas, se assusta:

- Bá!!!!!! Grita Guilherme, abraçando forte a senhora baixinha e negra, e a levantando do chão como se a mesma não pesasse absolutamente nada.

- Calma meu filho, essa velha aqui não é mais tão jovem quanto antes, quando você era só uma criança... E veja agora Marrie, nosso menino virou essa lapa de homem, nem parece aquele bebezinho frágil e chorão de antes... Fala Maria com Guilherme e depois para sua amiga e patroa.

O DELEGADO E O PRISIONEIRO® (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora