Uma viajante de 21 anos, espera passar dois meses no Japão, porém, as coisas saem de seu planejamento.
Ela se envolve com membros de gangues, que viram a vida dela dos pés a cabeça;
AVISO! O capítulo pode conter alguns gatilhos, como:
-Violência sexual;
- Violência física e verbal.
Se você for sensível à este tipo de conteúdo, por favor não leia!
Dia 02 de Outubro- 2024
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Eu quero morrer, aliás, eu preciso morrer.
Depois de ontem, acho que nunca mais eu vou conseguir me olhar no espelho, ou me aproximar de alguém sem sentir nojo, já me contaram sobre essa sensação, mas nunca pensei que algum dia eu poderia senti-la de forma tão real, e não apenas por compaixão com uma vítima desse sentimento.
Deitada em uma cama, que antes era desconhecida por mim, vejo ao meu lado aquele demônio.
Com muita dificuldade, eu me levanto do leito, sentindo minhas pernas fraquejarem diversas vezes. Após me retirar daquele cômodo tão sombrio, vago pelo enorme corredor que leva em direção aos meus aposentos. Caminhando lentamente por conta da dor que sinto em minha região íntima e especialmente em minhas coxas, lembro-me de cada detalhe daquela noite assombrosa.
Aquelas mãos asquerosas passando por cada parte do meu corpo, que antes nunca tinham sido tocadas por ninguém, os gritos de agonia, a dor, o sangue, e o pior de tudo, aquela sensação horrível de um membro sendo introduzido sem minha permissão, arrancando toda a inocência que um dia eu tive.
Percebo estar sangrando entre minhas pernas, mas ignoro, eu só preciso chegar ao "meu quarto" o mais rápido possível.
Passando em frente à cozinha, meus membros fraquejam, e não consigo manter o equilíbrio, caindo da maneira mais ridícula existente, consigo ouvir uma risada feminina, como se a mulher se deliciasse com a cena deprimente que acabara de ver.
Tento me levantar, já sentindo o vômito subindo por minha garganta, mas ao mesmo tempo, não parece que vai sair nada de dentro de mim, isso é nojo, repulsa.
Com muito esforço, consigo finalmente levantar e seguir meu caminho, chegando finalmente ao tal cômodo, que logo entro, fechando a porta rapidamente, e se tivesse a chave, trancaria com a mesma agilidade com que a fechei.
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Dia 07 de Outubro- 2024
Ele apareceu no meu quarto, esse do qual eu não ouso sair desde o evento ocorrido à 5 dias atrás, não tenho comido quase nada, tirando os pequenos lanches que Yuuji tem me trazido escondido, já que aparentemente, a mulher antes desconhecida, nomeada de Meimei, proibiu que qualquer um além de Satoru ou ela, se aproximassem de mim, apesar de que até poucos segundos atrás eu não tinha visto nenhum dos dois.
Ele fez aquilo de novo, estava bêbado, e talvez drogado, estava cheirando à álcool e maconha, dizendo coisas emboladas, e depois de se derramar dentro de mim, me bateu até que eu perdesse a consciência.
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Dia 13 de Outubro- 2024
De novo, aquilo aconteceu de novo.
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Dia 17 de Outubro- 2024
De novo.
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Dia 29 de Outubro- 2024
- Então, primeiro você seduz o Satoru, e finge não gostar de dar pra ele, e depois seduz o pequeno Yuuji para que ele te traga comida, você é até bem esperta pra uma putinha desse nível.- É ela, a tal Meimei.
Eu não tenho forças nem pra responder, desde que me lembro, a única coisa que tenho feito além de ficar deitada sentindo dores e me lamentando, é chorar nos braços de Itadori, e conversar com ele, apesar de toda essa merda, ele é um garoto bom, e creio que todos os seus amigos também sejam, ele cuidou de mim, como um irmão mais velho cuida de sua irmãzinha.
Mas, ele foi descoberto, e sabe se lá o que pode acontecer com ele agora.
- Você não vai nem ao menos me responder? Deve estar com a garganta desgastada de tanto ser feita de banheiro não é?- Ela solta uma risada, como se toda aquela situação fosse apenas um mero filme de comédia, em que eu sou o alvo de todas as piadas.- Quem me dera estar em seu lugar, me diz, o pau dele é maravilhoso né, eu sempre quis prova-lo, mas ele só gosta de megeras como você e aquela vadia da Ieiri.
Pela primeira vez, olho nos olhos daquelas mulher, ela possui cabelos brancos, olhos escuros, e um sorriso cínico no rosto, que parece aumentar ao ver meu rosto exausto tão claramente.
- Ele...- Engulo em seco- Fez isso com outra mulher?- Sinto lágrimas se formarem em meus olhos, só de pensar que outra pessoa passou pelo mesmo que eu e talvez até por pior, me faz me sentir uma merda, por que ele fez isso com a gente?
- Hã!? Você achou mesmo que seria exclusiva? Está realmente chorando por isso ein.- Ela se aproxima de mim segurando meu queixo com sua mão esquerda.- Você é uma putinha bem ciumenta não acha?- Ela aproxima mais ainda nossos rostos, encostando nossos narizes e misturando nossas respirações- Eu espero que o gosto do Gojo ainda esteja na sua boca, sua vagabunda.
Em um movimento brusco, ela invade minha boca com sua língua, vasculhando cada canto do meu interior, como se procurasse por algo.
Se eu não fizer nada agora, não sei se vou ter outra oportunidade.
Agarro minhas mãos em seu cabelo, como se fosse me aprofundar em seu beijo, mas ao em vez disso, o puxo com força, distanciando nossos rostos.
Tiro minha mão direita do seu cabelo, e desfiro um forte tapa em seu rosto.
- O que você fez com o Yuuji sua vaca!?- Digo em tom ofegante, já que fazia um tempo que eu não conseguia usar minha força para nada.
- Vai se foder sua vadia!- Ela diz tentando se soltar.
Despejo socos em seu rosto, aproveitando toda a raiva que acumulei nesse tempo, e que por conta do meu estado emocional não consegui usa-la antes.
Quando a mulher parece finalmente perder a consciência, sinto o sangue da mesma escorrer pelas minhas mãos, suspiro levemente soltando um pequeno sorriso de alívio.
Saio daquele cômodo, indo em direção à cozinha, que à tanto tempo eu não visitava.
Chegando lá, vejo o Itadori, e os seus colegas.
- Yuuji, que bom que você está bem, a Meimei foi no meu quarto e falou sobre você, eu fiquei com tanto medo dela ter feito algo contigo.- Meus lábios estão doendo, a mulher os mordeu enquanto me beijava, e a minha aparência não é a das melhores, consigo me ver pelo reflexo que a geladeira faz, nunca estive tão feia e desleixada, mas isso pouco importa agora.
Vou em direção ao garoto de cabelos rosa, que parece estar surpreso por me ver fora daquele quarto, ele me abraça rapidamente, e quando vou devolver o gesto, sinto meu corpo enfraquecer, e a última visão que tenho antes de desmaiar, é Satoru, brigando com aquele garoto que me segurava nos braços de forma tão delicada.