CAPÍTULO 19 - Voltando ao terror

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MORRIGAN GWENDOLYN ROUX.

ESTAVA PRESTES A ME JUNTAR AOS CAMPISTAS DE HERMES NA PRIMEIRA FILEIRA DA ARQUIBANCADA QUANDO UMA SOMBRA ENORME ATRÁS DE MIM ME CHAMOU ATENÇÃO. Quando me virei, analisei como Tyson, o ciclope, estava nervoso e tentando se encolher para não chamar atenção — o que era meio em vão, o cara era realmente grande. Com seus um metro e noventa era impossível não o notar, os ombros largos na camiseta extra GGG do acampamento e cabelos castanhos lhe davam um ar de criança inocente. O grande e único olho castanho estava com lágrimas grossas na linha d'água.

Engoli a seco, me sentindo tão nervosa quanto o ciclope. Me arrependia um pouco da maneira grosseira que o tratei inicialmente, como fui cautelosa e agressiva — quer dizer, ele era tão inocente que me fazia sentir culpada. No fundo, Tyson me lembrava como era Brighid mais nova, como ela tinha esse ar inocente, o máximo que eu tentava preservar com o pai que nós tínhamos. Acho que acabei preservando demais Brighid, porém, tudo o que sempre quis era que a única coisa boa na minha vida ficasse segura. Amo tanto minha irmã e sempre quero que ela fique segura. E acontece que, por minha causa, Brighid também não via maldade nas pessoas... Pelo menos até Luke e como nosso "amigo" prometeu uma família. Como o filho de Hermes nos traiu e acabou sendo a primeira decepção na vida de Brighid Roux. Luke era um traidor, mas o ciclope era inocente demais da conta, beirando a ingenuidade. Gentil e dócil, quase infantil, exatamente como uma criança de sete anos. Muito diferente de Luke ou do maldito ciclope que encontramos. Estava na hora de deixar Brighiid ver como o mundo era, mal e bom, tirar suas próprias conclusões.

Não posso protegê-la para sempre... Mais do que ninguém sei disso, me lembro todos os dias da dor de uma queda em vermelho que me espera. Se eu tiver que ir, tenho que encontrar uma forma de deixar para Brighid o máximo de aprendizado e lembranças felizes entre nós. Não quero que ela veja meu rosto em uma foto e chore. Quero que minha irmã saiba que sempre a amei e que a queria segura. Que ela tenha uma vida cheia de memórias alegres, uma vida longa, diferente da minha.

Tyson não tinha culpa de Thalia ter "morrido". Tenho que parar de associá-lo a isso ou essa será minha ruína. Não posso deixar minha raiva e vingança tomarem conta de mim — já o deixei me dominarem no instante em que lancei um feitiço poderoso de silêncio nos campistas. E tinha que me redimir pela forma como tratei Tyson. Por minha irmã, mas, acima disso por mim mesma. Brighid não tinha o mesmo pensamento dos campistas, apesar de ainda ser cautelosa com o ciclope —, mas sei que é só porque ela tinha aprendido a não confiar de primeira. Luke a tinha ensinado uma lição, no final das contas. Vejo o modo como minha irmã defende o ciclope, como deixa pequenos chocolates para Tyson quando o vê triste. Era o que ela mais fazia na última semana — tentar levantar o astral de um ciclope, mas com medo demais de se aproximar. Brighid estava receosa com Tyson, pois, tinha medo de se apegar, de outra traição, mesmo vindo de um "monstro"...

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