CAPÍTULO 30 - Estava com saudades

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MORRIGAN GWENDOLYN ROUX.

ME LEMBREI DE UMA MANHÃ FRIA DO INVERNO HÁ POUCOS DIAS. COMO O VENTO GELADO CORTAVA por minha janela em meu quarto no Queens, como meu rosto esfriava e minhas mãos tremiam enquanto o aroma do café quente — algo que só tia Morgana e Brighid bebiam — invadia minhas narinas. E, ao mesmo tempo, me afundava na satisfação de estar apreciando os flocos bonitos de inverno caindo sobre os céus, mesmo com meu coração batendo em uma leve ansiedade ao me recordar de como gostava dos lábios de Perseus contra os meus — como gostava do jeito que ele me beijava. Mesmo que tivesse acontecido uma única vez, ainda me embriagava me recordando do píer de canoagem. De seus dedos em meus fios ruivos. De seu abraço em meu corpo, me puxando para mais perto de si. E isso era como estar em uma constante euforia e encantamento. Perseus era minha euforia favorita — que fazia um sorriso involuntário surgir em meu rosto, que me trazia a sensação de estar flutuando, e ao mesmo tempo, uma ansiedade doce fazia meu estômago revirar em expectativa toda vez que o via.

Porém, me sentia vazia no mesmo instante em que Perseus me enchia de sentimentos bons. Pude senti-lo às minhas costas, nos dois cuidando da retaguarda um do outro enquanto encarava o alvo do meu vazio. Ao mesmo tempo em que me sentia ligada à Perseus Jackson, me sentia também desligada do mundo ao meu redor. Estava apática. Não queria saber de nada do rosto transfigurado em queimação à minha frente, não tinha mais qualquer sentimento além do real e profundo desinteresse. Indiferença. Pois, para mim Alabaster tinha se tornado um verdadeiro pusilânime — que revela uma fraqueza moral, um covarde, medroso e fraco, mesmo que ter me degolado para quebrar meu feitiço de Tabu por completo tenha sido uma puta coragem e idiotice.

Não me importava mais como agiria em relação a Alabaster. Não me importava de pegar leve, na verdade, iria pegar bem pesado com meu irmão. Ainda mais quando ele freneticamente tentava conjurar feitiços que mesclavam pura magia negra — tão assombrosa que retorcia as sombras ao seu redor — em Perseus atrás de mim, suas írises repletas em um azul neon de sua magia.

O ar estava denso com a aura de batalha e a energia mágica que vinham de Alabaster e eu. O vento uivava em meus ouvidos, carregando um cheiro de ozônio de relâmpagos que cortavam fortemente as nuvens que rescendiam acima da maldição do titã — e, claro, os raios brilhavam por toda a colina, mas esses vinham de Thalia. A filha de Zeus foi direto para Luke, as írises azuis faiscando em eletricidade. O poder de seu escudo era tão grande que os guardas-costas do filho de Hermes, as mulheres-víboras, fugiram em pânico, deixando o caixão de ouro para trás e sozinho. Mas, apesar da aparência doentia, Luke ainda era rápido com a espada. Ele rosnou como um animal selvagem e contra-atacou Lia. Quando sua lâmina, Mordecostas, encontrou com Aegis, uma bola de raios surgiu entre eles, fritando o ar com fios azuis de energia.

DEARG ● Percy Jackson.Onde histórias criam vida. Descubra agora