situação inovadora.

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— A onde você guarda o Shampoo?

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— A onde você guarda o Shampoo?

Pisquei os olhos, um pouco perdida em sua silhueta quase que nua, constando apenas uma cueca boxe em seu corpo. Me arrepiei dos pés a cabeça só de ver-lo.

Faltou-me ar inicialmente, e eu não pude deixar de namorar o seu físico, que em modéstia parte, não era nada mal.

Apertei com força as mãos nos lençóis, mordiscando o lábio de baixo. Merda.

— Desfilar de cueca por aí, não é a melhor maneira de se comunicar com alguém.  — Afirmei, e o vi rir baixinho.

— Desculpe, estava quase a tomar banho, mas não vi o shampoo.

Ainda chovia como nunca. São Paulo estava um cáos, e eu, havia ficado receosa em deixar-lo ir para casa naquele temporal. Pedi que ficasse até que a chuva cessasse.

Richard concedeu a minha sugestão sem  reclamar. E agora estava aqui em meu quarto, prestes a usar meu chuveiro, e ainda por cima, o meu shampoo que é mais caro que um rim. Folgado? Nem um pouco.

— Fala baixo, não quero que meus avós acordem e o veja aqui. — Cochichei.

— E por que não?

— Talvez porque você seja um homem desconhecido, no quarto da neta deles em uma madrugada chuvosa, apenas de cueca? — Ironizei e o vi rir.

— É, você tem um ponto.

Em um pulinho sutil,  me levantei do leito.

— Pode ir tomar seu banho, que eu levo o Shampoo em alguns segundos.

O moreno não protestou e logo voltou a entrar no banheiro. Suspirei baixinho, sentindo a tensão do meu corpo abafar. Esse homem queria acabar com minha cabeça. Por que diabos corpo tão atraente?

Droga de pensamentos!

Com o coração acelerado, me levantei da cama e fui até o armário, procurando pelo shampoo. A chuva forte continuava a cair lá fora, e o som do chuveiro no banheiro me lembrava de que Richard estava apenas alguns passos de distância, sob uma fina camada de portas e paredes.

Encontrei o frasco e o peguei, ainda sentindo o resquício da tensão em meus músculos. Mas, antes que eu pudesse me mover em direção ao banheiro, escutei passos se aproximando pelo corredor.

Parei de respirar por um momento, ouvindo cada ruído. Era minha avó. Seu andar era inconfundível, leve e cuidadoso. O pânico começou a tomar conta de mim. Se ela entrasse no quarto e visse o palmeirense... nem queria imaginar a confusão que isso causaria.

Ouvi a maçaneta girar levemente, e em seguida a voz suave e preocupada da minha avó soou do outro lado da porta.

— Você ainda estar acordada, Querida?

Meus olhos se arregalaram e, num impulso, corri para o banheiro, abrindo a porta e entrando de uma vez.

Afinal, se eu estivesse ali dentro, quem estaria no chuveiro, tomando banho aquela hora?

Aposta-Rei - Richard Rios.Onde histórias criam vida. Descubra agora